Karate Do São Paulo SP: PSICOPEDAGOGIA E ESPIRITUALIDADE Agência de Modelos e Publicidade - Pesquisas relacionadas a politica brasileira politica brasileira atual historia da politica brasileira governo lula governo brasileiro cultura brasileira economia brasileira politica brasileira 2009 politica brasileira 2010 PARTIDOS POLÍTICOS registrados no tse Área Responsável: Seção de Gerenciamento de Dados Partidários (SEDAP) Secretaria Judiciária - SJD/TSE Telefone: (61) 3316-3446 E-mail: sedap@tse.gov.br Fechar| Histórico dos partidos políticos (arquivo pdf) | Bancada na Câmara (eleição e posse) | Bancada no Senado Clique na sigla do partido político para ter acesso aos dados do diretório nacional da agremiação (endereço, telefone, fax, e-mail, site), bem como ao estatuto e suas alterações, e eventuais normas complementares. 0001 SIGLA NOME DEFERIMENTO PRESIDENTE NACIONAL Nº 1 PMDB PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO 30.06.1981 VALDIR RAUPP, em exercício 15 2 PTB PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO 03.11.1981 ROBERTO JEFFERSON MONTEIRO FRANCISCO 14 3 PDT PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA 10.11.1981 CARLOS LUPI 12 4 PT PARTIDO DOS TRABALHADORES 11.02.1982 JOSÉ EDUARDO DE BARROS DUTRA 13 5 DEM DEMOCRATAS 11.09.1986 JOSÉ AGRIPINO MAIA 25 6 PCdoB PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL 23.06.1988 JOSÉ RENATO RABELO 65 7 PSB PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO 01.07.1988 EDUARDO CAMPOS 40 8 PSDB PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA 24.08.1989 SÉRGIO GUERRA 45 9 PTC PARTIDO TRABALHISTA CRISTÃO 22.02.1990 DANIEL S. TOURINHO 36 10 PSC PARTIDO SOCIAL CRISTÃO 29.03.1990 VÍCTOR JORGE ABDALA NÓSSEIS 20 11 PMN PARTIDO DA MOBILIZAÇÃO NACIONAL 25.10.1990 OSCAR NORONHA FILHO 33 12 PRP PARTIDO REPUBLICANO PROGRESSISTA 29.10.1991 OVASCO ROMA ALTIMARI RESENDE 44 13 PPS PARTIDO POPULAR SOCIALISTA 19.03.1992 ROBERTO FREIRE 23 14 PV PARTIDO VERDE 30.09.1993 JOSÉ LUIZ DE FRANÇA PENNA 43 15 PTdoB PARTIDO TRABALHISTA DO BRASIL 11.10.1994 LUIS HENRIQUE DE OLIVEIRA RESENDE 70 16 PP PARTIDO PROGRESSISTA 16.11.1995 FRANCISCO DORNELLES 11 17 PSTU PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES UNIFICADO 19.12.1995 JOSÉ MARIA DE ALMEIDA 16 18 PCB PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO 09.05.1996 IVAN MARTINS PINHEIRO* 21 19 PRTB PARTIDO RENOVADOR TRABALHISTA BRASILEIRO 28.03.1995 JOSÉ LEVY FIDELIX DA CRUZ 28 20 PHS PARTIDO HUMANISTA DA SOLIDARIEDADE 20.03.1997 PAULO ROBERTO MATOS 31 21 PSDC PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA CRISTÃO 05.08.1997 JOSÉ MARIA EYMAEL 27 22 PCO PARTIDO DA CAUSA OPERÁRIA 30.09.1997 RUI COSTA PIMENTA 29 23 PTN PARTIDO TRABALHISTA NACIONAL 02.10.1997 JOSÉ MASCI DE ABREU 19 24 PSL PARTIDO SOCIAL LIBERAL 02.06.1998 LUCIANO CALDAS BIVAR 17 25 PRB PARTIDO REPUBLICANO BRASILEIRO 25.08.2005 MARCOS ANTONIO PEREIRA 10 26 PSOL PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE 15.09.2005 AFRÂNIO TADEU BOPPRÉ 50 27 PR PARTIDO DA REPÚBLICA Agência de Modelos: DanDee - Agência de Modelos: DanDee :: (Agência de Modelo) :: Artistas e Modelos para Eventos, Agencia de modelos para desfile | Agencia de modelos para Comercial de TV, Agencia de Moodelos Recepcionistas | Agencia de elenco de Modelos, Agencia de Modelos e Atores | Agencia de modelos Infantis | Mapa do Site Tags: BLUMENAU, SANTA CATARINA, BRASIL, PREFEITURA MUNICIPAL, CAMARA DE VEREADORES, DEPUTADOS, SENADORES, PREFEITOS, GOVERNADORES, PREFEITO, GOVERNADOR, OAB, FORUM, TSE, TRE, TRIBUNAL DE CONTAS, TRIBUNAL DE JUSTIÇA, IGREJAS, ONGS, PADRES, PASTORES, ESPIRITAS, ESPIRITUALISTAS, : PMN, PSL, PTB, PMDB, DEM, PSC, PSDB, PP, PRB, PT, PDT, PSDC, PCdoB, PR, PSB, PTdoB, PL, PV, PFL, DEMOCRATAS, PPS, PRONA Top Friendly Free SitesSublime Directory Babes Diary Bad Girl Nextdoor Petite Nympha Fox HQ Hottystop Nude Paradise Babes & Bitches Peaches Fantasy Porn Pin Dirty Pinks Image Post More Babes Big Boobs Alert Sensual Arousal Lets do Porn Busty Nude Babes Teen Boat! 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Enquanto a ARENA reunia os políticos favoráveis ao regime militar, o MDB reunia a oposição, embora controlada. Felizmente, esse sistema bipartidário não existe mais e desde o início da década de 1980, nosso país voltou ao sistema democrático com a existência de vários partidos políticos. Veja abaixo a relação dos principais partidos políticos em funcionamento na atualidade e suas principais idéias e características. PDT - Partido Democrático Trabalhista Criado em 1981, o PDT resgatou as principais bandeiras defendidas pelo ex-presidente Getúlio Vargas. De tendência nacionalista e social-democrata, esse partido tem como redutos políticos os estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Nestas regiões, tem o apóio de uma significativa base eleitoral popular. A principal figura do PDT foi o ex-governador Leonel Brizola, falecido em 2004. O PDT defende como idéia principal o crescimento do país através do investimento na indústria nacional, portanto é contrário às privatizações. PC do B - Partido Comunista do Brasil Fundado em 25 de março de 1922, o Partido Comunista do Brasil foi colocado na ilegalidade na época do regime militar (1964 a 1985). Mesmo assim, políticos e partidários do PC do B entraram nas fileiras da luta armada contra os militares. O PC do B voltou a funcionar na legalidade somente em 1985, durante o governo de José Sarney. Este partido defende a implantação do socialismo no Brasil e tem como bandeiras principais a luta pela reforma agrária, distribuição de renda e igualdade social. A principal figura do partido foi o ex-deputado João Amazonas. PR - Partido da República Criado em 24 de outubro de 2006 com a fusão do PL (Partido Liberal) e PRONA (Partido da Reedificação da Ordem Nacional). O Partido Liberal entrou em funcionamento no ano de 1985, reunindo vários políticos da antiga ARENA e também dissidentes do PFL e do PDS. O partido tem uma proposta de governo que defende o liberalismo econômico com pouca intervenção do estado na economia. Outra importante bandeira dos integrantes do PR é a diminuição das taxas e impostos cobrados pelo governo. DEM - Democratas - Antigo PFL (Partido da Frente Liberal) O PFL foi registrado em 1984 e contou com a filiação de vários políticos dissidentes do PDS. Apoio e forneceu sustentação política durante os governos de José Sarney, Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso. Atualmente faz oposição ao governo Lula. Suas bases partidárias estão na região Nordeste do Brasil, embora administre atualmente a cidade de São Paulo com o prefeito Gilberto Kassab. Em 28 de março de 2007, passou a chamar Democratas (DEM). Os partidários defendem uma economia livre de barreiras e a redução de taxas e impostos. PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro Fundado em 1980, reuniu uma grande quantidade de políticos que integravam o MDB na época do governo militar. Identificado pelos eleitores como o principal representante da redemocratização do pais, no início da década de 1980, foi o vencedor em grande parte das eleições ocorridas no período pós regime militar. Chegou ao poder nacional com José Sarney, que tornou-se presidente da república após a morte de Tancredo Neves. Com o sucesso do Plano Cruzado, em 1986, o PMDB conseguiu eleger a grande maioria dos governadores naquelas eleições. Após o fracasso do Plano Cruzado e a morte de seu maior representante, Ulysses Guimarães, o PMDB entrou em declínio. Muitos políticos deixaram a legenda para integrar outras ou fundar novos partidos. A principal legenda fundada pelos dissidentes do PMDB foi o PSDB. PPS - Partido Popular Socialista Com a queda do muro de Berlim e o fim do socialismo, muitos partidos deixaram a denominação comunista ou socialista de lado. Foi o que aconteceu com o PCB que transformou-se em PPS, em 1992. Além da mudança de nomenclatura, mexeu em suas bases ideológicas, aproximando-se mais da social-democracia. Suas principais figuras políticas da atualidade são o ex-governador do Ceará Ciro Gomes e o senador Roberto Freire. PP - Partido Progressista (ex-PPB) Criado em 1995 da fusão do PPR (Partido Progressista Reformador) com o PP e PRP. Tem como base políticos do antigo PDS, que surgiu a partir da antiga ARENA. O PPB defende idéias amplamente baseadas no capitalismo e na economia de mercado. Seus principais representantes são o ex-governador e ex-prefeito Paulo Maluf de São Paulo e o senador Esperidião Amin de Santa Catarina. PSDB - Partido da Social-Democracia Brasileira O PSDB foi fundado no ano de 1988 por políticos que saíram do PMDB por discordarem dos rumos que o partido estava tomando na elaboração da Constituição daquele ano. Políticos como Mario Covas, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Ciro Gomes defendiam o parlamentarismo e o mandato de apenas quatro anos para Sarney. De base social-democrata, defende o desenvolvimento do país com justiça social. O PSDB cresceu muito durante e após os dois mandatos na presidência de Fernando Henrique Cardoso. Atualmente, é a principal força de oposição ao governo Lula. PSB - Partido Socialista Brasileiro Foi criado no ano de 1947 e defende idéias do socialismo com transformações na sociedade que representam a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos brasileiros. Principal representante político : Miguel Arraes. PT - Partido dos Trabalhadores Surgiu junto com as greves e o movimento sindical no início da década de 1980, na região do ABC Paulista. Apareceu no cenário político para ser uma grande força de oposição e representante dos trabalhadores e das classes populares. De base socialista, o PT defende a reforma agrária e a justiça social. Atualmente, governa o país através do presidente Luis Inácio Lula da Silva. As principais metas do governo Lula tem sido : crescimento econômico, estabilidade econômica com o controle inflacionário e geração de empregos. PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado Fundado em 1994 por dissidentes do PT. Os integrantes do PSTU defendem o fim do capitalismo e a implantação do socialismo no Brasil. Tem como base os antigos regimes socialistas do Leste Europeu. São favoráveis ao sistema onde os trabalhadores consigam mais poder e participação social. PV - Partido Verde De base ideológica ecológica, foi fundado em 1986. Os integrantes do PV lutam por uma sociedade capaz de crescer com respeito a natureza. São favoráveis ao respeito aos direitos civis, a paz, qualidade de vida e formas alternativas de gestão pública. Lutam contra as ameaças ao clima e aos ecossistemas do nosso planeta. PTB - Partido Trabalhista Brasileiro Fundado no ano de 1979, contou com a participação de Ivete Vargas, filha do ex-presidente Getúlio Vargas. No seu início, pregava a volta dos ideais nacionalistas defendidos por Getúlio Vargas. Atualmente é uma legenda com pouca força política e defende idéias identificadas com o liberalismo. PCB - Partido Comunista Brasileiro Fundado na cidade de Niteroi em 25 de março de 1922. Defende o comunismo, baseado nas idéias de Marx e Engels, e tem como símbolo a foice e o martelo cruzados. As cores do partido são o vermelho e o amarelo. É um partido de esquerda, contrário ao sistema capitalista e ao neoliberalismo, defendendo a luta de classes. É também conhecido como "Partidão". PSOL - Partido Socialismo e Liberdade Fundado em 6 de junho de 2004, defende o socialismo como forma de governo. Foi criado por dissidentes do PT (Partido dos Trabalhadores). É um partido de esquerda, contrário ao sistema capitalista e ao neoliberalismo. Tem como cor oficial o vermelho e como símbolo um Sol. PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro - obteve registro definitivo em 18 de fevereiro de 1997. PT do B - Partido Trabalhista do Brasil - obteve o registro definitivo em 11 de outubro de 1994. PTN - Partido Trabalhista Nacional - refundado em 1995. PTC - Partido Trabalhista Cristão - obteve registro definitivo em 22 de fevereito de 1990. PSL - Partido Social Liberal - obteve registro definitivo em 2 de junho de 1998. PSC - Partido Social Cristão - obteve o registro definitivo em 29 de março de 1990. PSDC - Partido Social Democrata Cristão - obteve registro definitivo no TSE em 5 de agosto de 1997. PMN - Partido da Mobilização Nacional - fundado em 1984. PRP - Partido Republicano Progressista -obtenção do registro definitivo em 22 de novembro de 1991. PHS - Partido Humanista da Solidariedade - fundado em 20 de março de 1997. PRB - Partido Republicano Brasileiro - fundado em 25 de agosto de 2005. 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Beauty PG Cuties PG Dreams PG Fantasy PG Glamour PG Home PG Models PG No.#2 PG Teens Porno Magnet Porn Forums Celeb Fan Forum Exposed Thongs Porn Overload Wet Russian Teen You gotta love Ukraine teens like seen on Armour Angels. 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He picks the best angles, perfect lighting and combines the experience of a professional photographer with a sense of perfect erotic sensuality as can be seen on his awesome nude art site Hegre Art Nudes. Shaved Latina Pussy Don't you wanna see hot Latina pussy from Latin America and not just those American Latinas from Florida and California? How about some real genuine and authentic Peruvian teen pussy pictures with shaved vaginas? That's hard to find, but there is a new site on the market: Real Latina Teens. The site shows hot Latina amateur teens from Peru and Ecuador in hotel room strips. First topless, then nude and some of them play with dildos, too. These Latina teens are hot and fresh, but a little shy. No wonder, as many of them are genuine first timers and pose nude for the first time. Hot Teen Ass Sometimes I see a hot teen picture and I know you will love to see it on my sexy teen picture blog. 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All teen nudes are in great quality. That's how I like hot teen pictures: sexy amateur models with fresh faces shot by professional photographers (and not the other way around LOL). This is fun to watch as every girlie bit is visible in highest resolution. Hot Colombian Teen Gigi Spice appears to be an innocent looking Latina cutie. Big brown eyes and looks like a school girl. Hehe, she is cute, but certainly not innocent at all. The totally horny Colombian babe is a bi-sexual porn machine. She loves to have lesbian fun with other Latin teen babes and she is into hardcore porn with many lovers. Oh, and when she is alone by herself, she loves to masturbate with or without a vibrator until she is squirting her juices. Don't believe me? Trust me, she is a real find! Hot Thai Teen Thai women are known to be some of the most beautiful females from Asia. Why is that? Basically, because they are slim or petite with perfect body proportions, just like Thai teen amateur model Noi Kanya. 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Teen Cutie Outdoor It's summer time and I really enjoy the fresh hot teen nudes from outdoors. Natural daylight and a the hot sun beams give a great natural look to European teen model skin. A perfect exmaple are the newest nudes from Femjoy, a spiffy nude art site with plenty sexy teen pictures. I bet you want to see more hot outdoor pictures, don't you?!? Teedy Bear Nudes Nena Blue is a pretty artsy European nude site satisfying demand for themed nudity sets. It's actually a sorted mix of various scenes that include playful locations, artistic use of light and shadow, high resolution close ups and use of sexy outfits and uniforms. It's not just a sexy girl in the nude, but Nena Blue updates try to stimulate erotic fantasy rather than just putting nameless flesh on a table. I like it a lot for it's incredible sensuality. Every hot teen picture set is a piece of art with each image showing something different. I am so tired of sites where all pictures just look alike. 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Maybe she has had some Asian blood in her family some generations ago? I hope you agree with me, she is a real hot and beautiful model! Wild Thai Teen Thailand is well known for being a prime sex tourism destination. Why is that? Because Thai teens are wild and crazy chicks who love to dress sexy. Not much different than hot teens from other countries you may argue, but there is a difference: Thai girls don't just tease, they want to have sex and sex and sex - as available from most Thai girl friends on Thai Girls Wilde. This new Asian teen porn site shows Thai amateur girls and Bangkok Ex-Girlfriends in candid nude images as well as home grown camcorder sex sessions. Wanna see more Thai Girls? Check out this list of Thai Porn sites. Nudes from Paris: Sonja Since Paris is the fashion capital of the world, there has to be a large number of beautiful girls around? Sonja is one of them. This cute French teen just got casted for e nude shooting by an erotic production company in Paris. 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Sexually very curious with innocent babe bodies and insatiable sex drive. Those are sexy teens you want to see on hot nudes. Busty Ukraine Teen Hot teen Olya turned 19 years. The sexy hot Ukraine amateur model is a curious teen model who poses for nude outdoor pictures on David's Nudes, a nude art collection of East-European babes. She got a bit speck around her waste and real nice natural boobs with lovely pink nipples. A highly adorable hot next door babe. She loves to show off her big boobs measuring 94 cm. Doesn't she look lovely in front of the young corn field? Hey, her Ukrainian vagina is shaved to perfection for a smooth landing of your horny tongue. Sexy Filipinas Hot teens and sexy amateurs from the Philippines are featured on Go to Phil, a website formed by leisure travelers and travel sex connoisseurs from around the globe. The site features a very active message board for members sharing nudes of their Filipina girlfriends. Most of the sexy Filipina girls are 18 to 20 year hot teens with warm personalities and highly desirable bodies. While the usual images shared on the message board and in member's albums are of average Asian amateur quality at best, there is a feature reserved for the more attractive and hot teens from the Philippines. The Girl of the Month. It's active for over 6 years and offers plenty of hot teen pictures of Filipina ladies in the nude. After I visited GotoPhil for the very first time in 1998, I was so flattened that I jumped on an airplane to Manila as I wanted to have sex with as many Filipina girls as possible. Man, ever since I am addicted to Filipinas. Hot Ass I couldn't sleep last night. I was tossing and turning around and just could not fall asleep? What to do? I switched on my laptop and looked for some hot teen pictures. And look what I found: a cute teen ass! Not much more to say about it except that is exactly the type of ass I was dreaming about once I switched of my computer again. Hope you can sleep well when you click on that hot teen ass, now. Petite Blonde Brazilian teens are awesome! While you see a lot of dark skinned beauties in the rural areas of the huge South American country, the chicks in big cities like Rio and Sao Paulo come in all shapes and sizes just like Francesca, a beautiful petite blonde teen. Many of today's top models come from Brazil, just like celebrity model Giselle Buendchen. Tall blonde females are not a rarity at all in the streets of Sao Paulo and luckily most of them are not shy at all. Posing for nudes is like cooking Spaghetti for lunch or dinner. Have fun with petite blonde Francesca from Beauty is Devine, a really hot teen model from Brazil. Hot Polish Teens Everybody knows Russia, Czech Republic and Hungary have hot teen models and erotic models. But what about Poland? This catholic stronghold in Eastern Europe is under rated when it comes to nude girls. I have visited Poland and was very pleasantly surprised about the friendliness of Polish teens. They are not shy at all. When they like to have fun they get a bit drunk and do very wild things. Polish girls are very natural and curious. Usually, most of them are a bit more chubby and many of them are very busty. Bunny Magazine is a unique online magazine depicting nude Polish teens and amateurs. Some of them are lesbian, too. Lingerie Latina Sexy Paola is a fresh amateur from Argentina. She is a little shy for her first shoot for Glam Deluxe, but she loves the elegant lingerie her photographer has bought for her. It's a trick of many photographers who shoot fresh amateurs for the very first time. They provide them a piece of expensive lingerie and give them the promise to keep it if they can photograph them while taking it off. It worked like a charme with Paola, like it did with any other Latina amateur before. She tookit all off later on and posed with her Latina amateur teen body in full nudity on Glam Deluxe, one of South America's newest nude art websites. Asian Girls I have a crush on Asian teens! They are awesome: petite, nice boobs, silky long hair, fresh looks and very charming personalities - perfect exotic beauties. However, most Asian porn sites portrait Asian teens like filthy prostitutes. What a shame. But there are a lot of webcam and sex chat sites around that have real Asian amateurs online. One of the best Asian chat sites imho is Asian Babe Cams. There are constantly over 300 Asian teens from the Philippines and Thailand online at any given time. Basic membership is free and allows you to browse the portfolios of all chat girls. Text chat is free, too. Only when you want to take a performer to a private chat your account needs to be loaded and you can ask the Asian teen of your choice to slide down her panty :-) Be warned: webcams can become very addictive. Ever since I discovered Asian Babe Cams I keep on going back there to enjoy the charming Asian girls. I have even traveled as far as to the Philippines to meet up with some of them. This was a great experience. French Newcomer Lou is an adorable French teen. She is perfectly shaped, full of sexual curiosity and ready to jump start a career in adult films with French porn producer John B. Root and his website Explicite Debutantes. This website from Paris is filming their freshest French newcomers. Most of the shoots are taken in a typical casting couch environment in a small attic video and photo studio in the outskirts of the French capital Paris. As said, Lou is the newest French teen to appear on Explicite Debutantes. She can bee seen stripping and giving her first blowjob in front of a rolling camera. The footage is of great quality and you wish Lou were the stunt cock in this sensual oral sex scene. Of course she is great girlfriend material. I alwaas dreamed of having a French girlfriend and Lou looks pretty much like the French teen of my wildest sexual fantasies. Bonita When porn started to drive the growth of the internet a lot of fresh amateurs and teens appeared on the scenes. Amsterdam, Prague and Amsterdam became a melting pot of the best porn newcomers on the planet. The old American and Scandinavian porn producers that always used the same models and porn stars lost their attraction as fresh teen models from Eastern Europe stole their show. The incredible amount of female talent from Prague and Budapest casting agencies was overwhelming and Dreamstash was right in the middle of it. Dreamstash always got the freshest girls, many of whom advanced to became real big porn stars like Piper Dawn later on. On Dreamstash they started out as innocent 18 and 19 year old teams who were just able to present their flawless bodies and smile. They had no idea about the business part and that's what made them so adorable. Teen Lovers Are you tired of all those 25 year old girls that appear on so called teen sites? Yeah, me too! That's why I started this little nifty Hot Teen Pictures Blog to show you some great teen porn resources from around the globe. I took this site over just recently. It was dedicated to present free teen porn sites like Teen Facials, Cheerleader Piss and Small Tits. As you can see those sites are very dated so we will be presenting you some more teen porn and erotic teem pictures very soon. Bookmark and come back when you have a chance. FTV Girls Anne Admin | 12/28/2009 | 4:40 pm We spot this girl at a fancy resort near the holidays, and watch how gorgeous and sexy she is! Surely a girl like her won’t do FTV? As we talk to her, we learn that she is a homely southern girl, with a very naughty side! Flashing her breasts and toying with herself at the resort, we have an intimate dinner date with her at a fancy restaurant. We then go to her hotel room and watch her put on several sexy dresses for us. What a flawless nude figure! She then starts masturbating in the dress we met her in, and pulls out a large pink vibrator, masturbating to a strong orgasm. Then we get some shocking extreme… she starts fisting herself! The next day, we watch her jogging by the canal, wow is she athletic. She does some exercises, then flashes her breasts, and leads us back home. Fixing herself up, she masturbates with the Vibrating, which only turns her on further. She wants the biggest, and she takes on the FTV Monster Toy… deep! It looks so easy for a 5’2? petite girl! Then she does a hard fisting session… seeing is believing! Spreading herself wide, gaping wide, we see deep, as well as some milky juices that flow out. In the bed, she gives her breasts a hard massage, then moves to her butt — but its all about fingering herself anally. Not enough for her, she finds a large glass toy, and gives herself a very deep penetration. Up close and in your face, she then forces four fingers into her vagina while the toy is inside anally, and moves the toy around using her hand inside her vagina!! Again, seeing is believing on this one! On the third day, she’s visiting a hardware store to buy a water hose… and flash everywhere! Going to a public car wash, she strips down to her bikini, then completely naked as she washes the car, and fingers herself… Then using the water hose, she stuffs it inside her, and makes her vagina squirt water in a big gush! More kinky on the way, she takes a wine bottle, stuffs it inside her, and rides it deep, to the wide part! Then she even pushes it in deep the back end first! What, she does it anally too?? Enjoy this gorgeous, sexy, personable, and very extreme girl — you’ll only see her here, on FTV Log entries Home Big tit sluts dildo fuck themselves at Busty Solos Nubile Teen Models - Fresh and exposed Very hot MILF model goes Gonzo! Nasty Porn Hot Spots Endulge in the forbidden pleasures of a fetish goddess in heat Hot Sluts Go Hardcore Reality Porn Pass A huge collection of true reality porn sites. What ever trips your trigger, you will find right here. Teens, MILFs, Asians, Lesbians and even nasty ass cum sluts, it's all here in one place. Visit Reality Porn Pass Here and check out the tons of free sample clips then get get your unrestricted pass to the nastiest porn online. Hustler Mega Pass Hustler has been fulfilling your nastiest fantasies for decades. 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After an interview at a restaurant (and flashing her full breasts there) she goes to the mall with Liz. She she starts flashing everywhere, at the stores, bathrooms, and change rooms, even the parking lot! Back home, she picks the largest vibrator we have (the Big Pink Toy) and to our surprise, takes it hard and deep! Hard deep pounding gets her very juicy and wet, then with the help of a clitoral vibrator she has a very strong orgasm! Notice the strong vaginal contractions as it all happens. She puts on a cute pink outfit, then has Liz massage her breasts. Her breasts are so big that four hands are needed to complete the job! Love watching those breasts bounce. Some really hard breast massage… Then its back to the Big Pink Toy, this time Liz uses it on her, pounding her hard and fast… and Meilani loves all of it! What an intense scene. She needs that egg vibrator once again, and finishes with another strong orgasm. On her second day visit, she’s looking even hotter than before, and she gives us another thorough hard breast massage. Using another vibrator, she has another long, strong orgasm with contractions seen very clearly. She decides to play with some ben-wa balls, pushing them deep inside, and pulling them out… with it her milky wet juices! Then some sensual extreme closeups of her clit and extreme gaping for all the good details. In a sexy dress & heels, she poses for us, then plays with cucumbers… First one goes in very deep, she takes it so far it goes missing!! Then she tries two, managing to double stuff herself! With a load of honey, she gives herself a sticky breast massage, making her hands stick to her big breasts. Then as a hot secretary with her hair up, she stripteases, and then uses the Vibraking toy! She ends up on the floor with strong, convulsive orgasms that gets her whole body a workout. Then she experiments with the FTV Monster Toy, pushing it as deep as she can go… but settling for the Big Ten Toy. More hard pounding and then a very deep ride on the Big Ten, for an incredible finale. Enjoy Meilani, she’s a cutie teen who is a Total First Time Video Girl, and exclusive to FTV Busty Teen Model Brooke Gets all Naked and Messy with Custard on Her Big Boobs! Admin | 10/21/2009 | 10:15 pm A super busty hot blonde teen model, Brooke is gonna rub creamy custard all over those big boobs and that sexy belly, oops! Click Here to see more hot pics from this set! Meet Hot Model Angel from SpunkyAngels She Has Perfect Tits! Admin | 10/20/2009 | 7:51 pm Angel from SpunkyAngels.com is just that, an “Angel from Heaven”. Look at those perfect tits! Young firm boobies, a sweet smooth pussy, and a hot ass! This lovely brunette also sports some cool hair! Damn, her nipples are perfect! Click Here – to see more hot pics of Angel from this set! The Very Cute Cindy Cupcakes all Nude on her Bed! Admin | 10/17/2009 | 3:19 am New hot model Cindy Cupcakes is all naked playing on her bed! Such a hot girl with braces, cute lil pink thingies in her hair and puffy nipples! Cindy looks jailbait, but barely passes as legal! Look at that sweet young pussy, ya just want to eat her up! Click Here – to see more hot pics of Cindy Cupcakes from this set! Cindy Cupcakes Nude: Little Cindy Cupcakes strips out of her clothes and shows her tight perfect pussy Admin | 10/15/2009 | 3:40 pm Published in Hot Girls | No comments Tags: braces, Cindy Cupcakes, cute boobs, Hot Girl, nude model, perfect pussy, perky nipples, sweet pussy, teen model, tight pussy, tight twat, Young model Teen Model Mia is a True Hot Blonde! Admin | 09/28/2009 | 3:15 pm Hot teen model Mia from Met Art looking very sweet and jailbait-ish with that hot little ass… Another all natural beautiful girl modeling nude with a great photographer! 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Escola de Artes Marciais: Te Ashi Do, Mestre Pepi (Arno Éder Pöpper) Categoria Soke Shihan 10 Dan Hanshi

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terça-feira, 12 de junho de 2012

PSICOPEDAGOGIA E ESPIRITUALIDADE

PSICOPEDAGOGIA E ESPIRITUALIDADE
Psicologia: Reflexão e Crítica, 2003, 16(2), pp. 379-388
Disponivel em: . Acesso em 21 fev 2012.
As Idéias Psicopedagógicas e a Espiritualidade no Karate-Do
segundo a Obra de Gichin Funakoshi
Cristiano Roque Antunes Barreira 1
Marina Massimi
Universidade de São Paulo, São Paulo
Resumo
O karate é uma forma de luta com origens remotas, pouco conhecidas e marcado desenvolvimento na ilha de Okinawa do
arquipélago japonês. Outrora praticado às escondidas, no século XX Gichin Funakoshi tornou-o público e o difundiu. Partiu de
Funakoshi a denominação karate-do, “o caminho das mãos vazias”, que dá um caráter doutrinário à arte que deveria servir, mais
do que como mera forma de luta, ao desenvolvimento da personalidade. Procura-se fazer um resgate teórico das idéias
psicopedagógicas e da espiritualidade próprias do karate sob a luz dos paradigmas culturais de maior influência no pensamento
de Funakoshi. Observa-se claramente a influência e complementaridade entre confucionismo e zen-budismo além da herança
prática do bushidô que permitem compreender o pensamento de Funakoshi acerca da espiritualidade e transmissão do conhecimento.
Palavras-chave: Karate; idéias psicológicas e psicopedagógicas; esportes de combate; espiritualidade.
The Karate-Do Psychopedagogic Ideas and Spirituality According to Gichin Funakoshi’s Work
Abstract
Karate is a fight practice whose beginnings are unknown, but which developed highly in Okinawa, an island of the Nipponic
archipelago. In early times, karate used to be a secret practice. It became a public practice in the twentieth-century, by the practice
of Gichin Funakoshi, who named it karate-do, or ‘the way of empty hands”. In doing so, he gave a doctrinal character to the art
of karate, so that it could serve to develop a sense of personality and not just a way of fighting. In this study, we present a
theoretical survey of the psychopedagogical ideas and spirituality of karate through the perspective of the cultural paradigms
contained in Funakoshi’s thought. The influence and complement of Confucian philosophy and Zen-Buddhism, in addition to the
practice influenced by bushido, was made evident. This allows us to understand Funakoshi’s thought regarding psychopedagogical
ideas and spirituality.
Keywords: Karate; psychological ideas; combat sports; spirituality.
A expansão do karate pelo mundo ocorreu rápida e
entusiasticamente século XX afora. Os gérmens dessa
expansão são devidos a Gichin Funakoshi que após levá-
lo da ilha de Okinawa ao Japão foi, por todo o trabalho
realizado em vida e continuado por seus discípulos, tido
como o fundador do karate moderno. Em seus livros
sustentou que essa forma de combate sem armas,
praticada por militares e, sobretudo, civis, antes de incitar
à violência seria, se adequadamente ensinada, uma arte
para a educação e aperfeiçoamento da personalidade do
praticante. Talvez a transmissão dessas idéias, na mesma
linha educacional proposta por Jigoro Kano2 , tenha sido
responsável pelo respeito com que o karate ainda hoje é
visto.
1
Endereço para correspondência: Rua Faveiro, 35, 14040 130, Ribeirão
Preto, SP. Fone: (16) 6308356. E-mail: crisroba@usp.br; mmarina@ffclrp.usp.br
2
O mestre que criou o Judô ‘lapidando’ o jiu-jitsu, que era usado como
técnica para brigas de rua.
Nascido em Okinawa em1868 e morto em Tóquio,
ilha central do arquipélago japonês, em 1957, a vida de
Gichin Funakoshi pode ser resumida em termos de seus
esforços pela divulgação de sua arte e pelo reconhecimento
desta como método educacional. Provindo de família
com parcos recursos econômicos e fortemente apegada
às tradições locais, tornou-se professor primário em 1888
graças ao aprendizado dos clássicos chineses dado sob
supervisão de seu avô materno e de seu professor de
karate, Yasutsune Azato. Na década de 1920, após liderar
uma demonstração de karate diante do Imperador, o
interesse do público nipônico pela misteriosa forma de
luta floresceu intensamente e Funakoshi acabou por se
estabelecer em Tóquio. Seguiu aquela década ensinando
para poucos alunos e sustentando-se com dificuldades,
trabalhando, inclusive, como zelador em um pensionato
para estudantes. No final dos anos 1920, começava a
ensinar em Universidades e os anos 1930 presenciaram
os que são chamados os anos de ouro do karate. O
aumento do número de praticantes, sobretudo de jovens,
reforçou sua ênfase sobre o aspecto educacional,
conforme o enfoque examinado neste trabalho. A guerra
380
Cristiano Roque Antunes Barreira & Marina Massimi
contra a China e, finalmente, a Segunda Grande Guerra
tiveram sua influência sobre o karate, mormente a última,
após a qual o número de praticantes caiu drasticamente. O
retorno do crescimento deu-se sob um novo espírito,
marcado pelo belicismo e pouco acompanhado por
Funakoshi que permaneceu, no entanto, como personagem
reverenciado. Em seus últimos anos ensinava para
pouquíssimos alunos, isso devido à sua idade avançada e
métodos então tidos como antiquados, fatores que não
atraíam praticantes. Funakoshi pouco viu da explosão
internacional abrangida pelo karate. Apesar do novo espírito
perpretado pelo karate pós-guerra, a foto de Funakoshi é
exposta maciçamente nas paredes das academias de karate
mundo afora que, mesmo sem conhecer profundamente
sua história e suas idéias, reverenciam-no como o pai do
karate.
O pensamento de Funakoshi, inclusive suas idéias
psicológicas, foi transmitido inicialmente no contato com
seus alunos que, por suas vezes, cuidaram para manter vivo
e retransmitir o que Funakoshi considerava a essência do
karate. Pode-se pensar que hoje, mais de quatro décadas
após sua morte, sua obra escrita esteja contribuindo para a
perpetuação de seu pensamento. Se o tempo distancia seu
pensamento de nós, as diferenças culturais de suas origens o
afastam ainda mais, não só no âmbito dos países ocidentais
mas também no próprio Japão que há tempos passa por
intensas transformações internas.
O contexto de origem do karate e de outras formas de
combate no Japão feudal era extremamente influenciado
por uma mentalidade religiosa que sustentava desde a
moralidade e leis, até a estratificação e hierarquia social. Essa
mentalidade provinha, sobretudo, do xintoísmo, a religião
nativa do Japão, do confucionismo e do budismo – esse
último, no caso das artes, essencialmente em sua forma zen.
O passar do tempo e a distância cultural têm contribuído
para a incompreensão e perda das idéias psicológicas
contidas no pensamento de Funakoshi. Nesse processo, suas
concepções acerca de atitude e de moralidade, por serem
normalmente ligadas mais à ação e comportamento, sofrem
desgastes menos intensos do que as idéias que correspondem
a um pensamento psicopedagógico e a uma espiritualidade
próprias da prática do karate-do.
O objetivo dessa pesquisa é localizar e compreender,
conforme os parâmetros que as originaram, as idéias
psicológicas, referentes especificamente ao pensamento
psicopedagógico e à espiritualidade, contidas na obra escrita
de Gichin Funakoshi. O resgate das idéias psicológicas, que
fazem com que o karate sirva ao aprimoramento do caráter
e personalidade, pretende contribuir para que não se perca
o que é tido por Funakoshi como a essência do karate –
não sua técnica, mas suas contribuições à formação do
homem.
Utilizando-se de métodos próprios da historiografia
das idéias psicológicas (Massimi, 1998; Massimi, Campos
& Brozek, 1996), esta pesquisa trata de contextualizar a
origem de tais idéias procurando compreender o karate
em seu universo sócio-cultural. De acordo com esse
método a ênfase sobre o conteúdo examinado é seguido
do reconhecimento de aspectos que o influenciou e o
originou, na busca por uma compreensão de seu sentido.
Assim, o conteúdo examinado é aquele reconhecido
como sendo as idéias psicopedagógicas no karate a partir
da obra de Gichin Funakoshi. A análise desse pensamento
é realizada através dos referenciais paradigmáticos que,
entende-se, devem ter exercido grande influência em sua
produção e desenvolvimento. Os documentos escolhidos
para esse fim foram produzidos antes ou durante o
período de vida de Gichin Funakoshi3 . O motivo de
escolha dos documentos nessa periodização, é que ela
abrange tanto potenciais influências diretas sobre o autor,
como também produções contemporâneas a ele, o que
encerra o risco de anacronismos históricos e garantem,
pela temática, uma leitura devidamente fundamentada.
Abaixo o texto divide-se em duas partes intituladas
Aprender com o Corpo e A Arte do Vazio, seguidos de uma
conclusão.
Aprender com o Corpo
Funakoshi afirma que:
o karate-do não pode ser assimilado pelos olhos e pelos
ouvidos; ele precisa ser vivido e compreendido através do
treinamento físico. Por isso, mesmo se você se dedicar
somente ao ten no Kata4 e o praticar com todo o coração até
dominá-lo, posso assegurar, sem nenhuma reserva, que você
chegará a compreender o verdadeiro significado do karate-do.
(Funakoshi, 1998, p. 12)
Diversos fatores poderiam ter originado a idéia exposta
acima. Sem dúvida alguma, a principal fonte deve ter sido
a própria experiência de Funakoshi. Todavia, reconhece-
se que também refletem algumas das influências culturais
por ele recebidas. Uma delas é o confucionismo, que
“recusa a tudo o que seja abstrato e apenas teórico”
(Doeblin, 1940, p. 16). O conhecimento depende de algo
além do pensamento racional, principalmente quando tem
3
listam-se livros de Funakoshi que são examinados e os que são utilizados
como referênciais teóricos: Funakoshi (1975/1994, 1988, 1973/1997), Sasaki
(1995), Suzuki (1969/1992), Doeblin (1940), Herrigel (1975/1995), Musashi
(1984/1996) e Tzu (1983/1997).
4
ten no kata é uma prática de exercícios de técnicas simples do karate.
Psicologia: Reflexão e Crítica, 2003, 16(2), pp. 379-388
As Idéias Psicopedagógicas e a Espiritualidade no Karate-Do segundo a Obra de Gichin Funakoshi
uma aplicação física: “Ensine a estratégia ao seu corpo”
(Musashi, 1996, p. 73) escreveu o samurai Miyamoto
Musashi que tem, em seu ‘Go Rin No Sho’ (‘O livro de
cinco anéis’), um dos documentos mais representativos
do bushidô (‘caminho do guerreiro’, espécie de ideologia
dos samurais desde o Japão feudal). Já no Zen, minimiza-
se o valor das idéias por si mesmas, das idéias que não
estejam ligadas à prática, por isso elas devem estar ‘no
corpo’: “As idéias abstratas que não se reflitam na vida
prática são consideradas sem valor. A convicção tem que
ser ganha através da experiência e não através de
abstrações” (Suzuki, 1992, p. 144). A experiência de Eugen
Herrigel como aprendiz do Zen, fez-lhe perceber que
sua busca por algo místico também não poderia ficar no
âmbito do pensamento verbal:
Eu compreendera que não havia outro caminho que
conduzisse ao misticismo, a não ser o da própria vivência e
do sofrimento. Se faltam essas premissas, fica apenas o
inconseqüente palavrório. (Herrigel, 1995, p. 26)
Reforçando a idéia de que a aprendizagem depende
muito mais da experiência, da vivência, do próprio
sofrimento, o pensamento de Funakoshi fica ainda mais
claro e direto neste recorte.
Você não pode treinar por meio de palavras. Você precisa
aprender com o corpo. Para suportar a dor e a aflição enquanto
se esforça para se disciplinar e polir, você precisa acreditar que,
se os outros podem, você também pode. Pergunte-se, “O
que está me detendo? O que estou fazendo errado? Está
faltando alguma coisa no meu modo de ver a situação?” Isso
é treinamento nas artes marciais.
Aspectos importantes que outras pessoas nos ensinaram
podem ser esquecidos rapidamente, mas a essência do
conhecimento adquirido com dificuldade e sofrimento jamais
será esquecida. (Funakoshi, 1998, p. 48)
Esse texto aproxima-se do pensamento de Musashi,
escrito séculos antes:
A palavra não consegue explicar o Caminho com todos os
seus detalhes, mas ele pode ser apreendido intuitivamente.
… Apenas lendo esse livro você não atingirá o Caminho da
Estratégia. Absorva o que vai escrito aqui. Não se limite a ler,
memorizar ou imitar, mas, para penetrar no princípio e tê-lo
gravado em seu coração, estude, estude muito. (Musashi,
1996, p. 55)
Você pode aprender como vencer através da estratégia da
espada longa, mas isso não pode ser explicado apenas por
escrito. Será preciso praticar muito a fim de saber como vencer.
Tradição oral: “O verdadeiro Caminho da Estratégia é revelado
na espada longa”. (Musashi, 1996, p. 72).
Psicologia: Reflexão e Crítica, 2003, 16(2), pp. 379-388
381
Nesses textos a ênfase está na prática como maneira
real de se aprender, sugerindo que a aprendizagem não
seja algo que venha de fora para dentro, mas deva ser
estimulada, possa ser facilitada, provenha do interior de
si próprio, só assim se tornará uma experiência real: “A
menos que brote de ti mesmo, nenhum conhecimento é
realmente teu. É apenas uma plumagem emprestada”
(Suzuki, 1992, p. 117). A transmissão do conhecimento
verdadeiro, de um para o outro, dependeria então de
uma espécie de “maturação” interna daquele que aprende.
O mestre ensina a partir do que é experienciado pelo seu
aprendiz: “O mestre pode mostrar-lhe algo de que tinha
ouvido falar muitas vezes, mas cuja realidade só agora fica
tangível, em virtude de suas próprias experiências”
(Herrigel, 1995, p. 56).
Considera-se também que a aprendizagem ocorre
verdadeiramente através da dificuldade. Isto teria seus
resultados refletidos na vida diária ocasionando a ‘força
mental’, ou persistência, necessária para superar obstáculos
ao longo da vida:
… pense na vida de cada dia como um treinamento em karate.
Não limite o karate apenas ao dojo, nem o considere apenas um
método de luta. O espírito da prática do karate e os elementos
do treinamento se aplicam a todos e a cada um dos aspectos da
nossa vida diária. O espírito nascido do esforço e do ranger os
dentes de frio no treinamento durante o inverno, ou nascido
do suor no treinamento do verão, pode ser-lhe muito útil em
seu trabalho. E o corpo que se forjou nos chutes e socos da
prática intensa não sucumbirá às provocações de estudar para
um exame difícil, ou de levar a cabo uma tarefa enfadonha.
Alguém cujo espírito e força mental, se fortaleceram através das
lutas com uma atitude de nunca desanimar não deve encontrar
dificuldade em enfrentar nenhum desafio, por maior que ele
seja. (Funakoshi, 1998, p. 51)
Outro trecho de Funakoshi é significativo desta
mesma atitude:
Você descobrirá que o treinamento, feito com uma atitude
implacável e fatal, com o tempo irá beneficiar não somente o
seu estudo do karate, mas também muitos outros aspectos
de sua vida. A vida em si muitas vezes se assemelha a uma
competição com espadas reais. Com uma atitude tíbia para
com a vida – como supor que depois de cada fracasso você
terá sempre uma segunda oportunidade – o que você espera
realizar num curto período de cinqüenta anos? (Funakoshi,
1998, p. 47)
Além de apontar a necessidade de treinar com intensa
seriedade – não se limitando a praticar os exercícios físicos
do karate, mas de praticá-los com sua dimensão
psicológica indispensável – há mais uma vez a relação da
382
Cristiano Roque Antunes Barreira & Marina Massimi
prática com a vida. Compara-se diretamente a luta com a
vida, a necessidade de se passar em ambas as situações,
de luta e de vida, sem deixar escaparem as oportunidades,
pois isso pode significar a derrota e a não realização de
seus potenciais de vida. A atitude para ambas deve ser a
mesma, como diz também o samurai Miyamoto Musashi:
“A essência desse livro é a de que o guerreiro tem que
treinar dia e noite a fim de tomar decisões rápidas. Na
estratégia, é importante tratar o treinamento como parte
da vida normal, sem qualquer mudança de espírito”
(Musashi, 1996, p. 45).
A persistência, o tempo, o treinamento, enfim um longo
processo – “O karate precisa ser criado e aperfeiçoado”
(Funakoshi, 1998, p. 54) – é necessário para o aprendizado
nas artes marciais e na vida: “Passo a passo, atravessa-se
uma estrada de mil quilômetros. Estude a estratégia, ano
após ano, e adquira o espírito do guerreiro” (Musashi, 1996,
p. 73).
Um dos conceitos mais importantes para o treinamento
é o seguinte: “Se você compreende realmente uma única
técnica, você só precisa observar as formas e receber
informações sobre os pontos essenciais das outras. Então,
você terá condições de assimilá-las em tempo relativamente
curto” (Funakoshi, 1998, p. 49).
Sobretudo entre os principiantes há a idéia de que a
quantidade de kata (exercícios práticos individuais que
simulam uma luta), por exemplo, mede o conhecimento
do carateca. Substitui-se a qualidade pela quantidade e há
uma busca pelo rápido aprendizado de vários kata. Como
já visto porém, a idéia de aprendizado no karate, não
está vinculada somente a memorização, mas a uma longa
experiência, à vivência prática. Funakoshi conta que em
10 anos de treinamento com mestre Itosu aprendeu três
kata (a série Tekki), passando mais de 3 anos no
aprendizado de cada um, embora memorizá-los não
levasse mais do que 20 ou 30 minutos. Nesse sentido,
considera-se que o verdadeiro aprendizado depende da
compreensão real da técnica.
O estrategista transforma coisas pequenas em grandes coisas,
como a construção de um grande Buda a partir de um modelo
de trinta centímetros. Não posso escrever detalhadamente
sobre como isso é conseguido. O princípio da estratégia é,
tendo-se uma coisa, conhecerem-se dez mil coisas. (Musashi,
1996, pp. 44-45)
Aproximam-se muito os conceitos de aprendizagem
que parecem estar ligados às longas experiências de vida
dos praticantes de artes marciais. A semelhança do
pensamento provém, dentre outras coisas, da maneira
de ensino dessas artes no Japão entre os samurais.“De
uma coisa aprenda mil coisas” (Musashi, 1996, p. 48). O
aprendizado aprofundado, real, de uma técnica para o
karate, identifica-se com o aprendizado aprofundado de
uma arte para a vida: “Quando se atinge o Caminho da
Estratégia, não haverá mais nada que não se possa
compreender” e “se verá o caminho em tudo” (Musashi,
1996, p. 29). Portanto, o conceito remete à necessidade
da dedicação sincera e aprofundada a uma única coisa,
que então servirá de guia a todas as outras.
Mestre Azato transmite a Funakoshi um costume
realmente antigo, cujas raízes perdem-se aquém do
confucionismo:
Pelo que sei, fui o único discípulo de Mestre Azato, de vez que
ele confiou o treinamento do seu filho mais velho a Itosu.
Uma vez ele me disse: ‘Desde os tempo antigos, as pessoas
perceberam a dificuldade de ser professor dos próprios filhos, e
por isso era prática comum confiarem a educação dos mesmos
a terceiros. Eu lhe ensinarei muitas coisas sobre karate; por
favor, ensine o que você aprender, e do modo como aprender,
a meu filho.’ (Funakoshi, 1998, p. 33)
Um dos principais estudos de Confúcio e do
confucionismo refere-se à história, tradições, costumes e
rituais antigos, como forma de compreensão daquilo que
mantém a harmonia nas comunidades. Sabendo-se que
mestre Azato fora um estudioso do confucionismo, pode-
se supor que essa tenha sido uma das fontes de sua atitude
de encaminhar o filho ao amigo, Mestre Itosu. No trecho
seguinte há o motivo de tal cuidado:
Kung-sun Ch’âu disse: Por que o homem superior não ensina
por si mesmo ao seu filho?
Mêncio replicou: As circunstâncias impedem que ele assim
proceda. O mestre deve ensinar o que é correto. Quando
ensina o que é correto e suas lições não são praticadas, leva-as
adiante com cólera. Quando as leva adiante com cólera, contra
o que devera ocorrer, ofende-se com seu filho.
Os antigos trocavam seus filhos e um ensinava ao filho do
outro.
Entre pai e filho não deve haver reprovações e conselhos para
o bem. Semelhantes censuras levam à desunião e nada é mais
desfavorável do que a desunião. (Doeblin, 1940, p. 140)
Nesse trecho, Funakoshi escreve sobre sua profunda
crença de que o karate, quando ensinado com adequada
orientação, segundo os princípios e valores morais e éticos
do budô, é uma arte que, longe de trazer riscos, só teria a
contribuir, sendo usada somente quando necessária.
Esta arte marcial, quando corretamente compreendida,
ensinada e praticada dentro do seu verdadeiro espírito, é a
antítese do perigo e uma das mais nobres artes marciais
(Budô). Drogas fortes e venenos também são perigosos, no
Psicologia: Reflexão e Crítica, 2003, 16(2), pp. 379-388
As Idéias Psicopedagógicas e a Espiritualidade no Karate-Do segundo a Obra de Gichin Funakoshi
entanto, nenhum médico deixa de usá-los, quando é
necessário. O perigo depende do uso que se faz: quando
devidamente usados, podem trazer resultados valiosos, desde
que o paciente seja informado de sua natureza e uso
adequado. Do mesmo modo, os que aprendem karate-do
devem conhecer sua natureza e serem instruídos no uso
adequado de suas técnicas. O entendimento correto da
natureza do karate e o uso adequado de suas técnicas é o
karate-do. (Funakoshi, citado em Sasaki, 1995, p. 90)
Portanto a compreensão daquilo que envolve o karate,
não só tecnicamente como difundido mundo afora, mas
principalmente em termos de sua moralidade e valores,
seria fundamental para que não se perca de vista aquilo
que objetivava o difusor do karate.
Duas idéias centrais ainda devem ser desenvolvidas. A
primeira é a de que o carateca não é tal apenas no momento
do treino, mas permanece carateca em todos os momentos
de sua vida, o que implica em que sua atitude não deva
mudar nem publicamente, nem intimamente: “…viver karate-
do é a própria vida, tanto pública como pessoal” (Funakoshi,
citado em Sasaki, 1995, p. 92); “ … viva sua vida de acordo
com a ética, quer em público quer em particular. Este é um
princípio que exige a observância mais rígida” (Funakoshi,
1994, p. 116).
A segunda é a de que a relação entre professor e aluno
se estende além da instrução técnica.
Alguns jovens acreditam que o karate possa ser aprendido
somente de instrutores num dojo, mas estes são simples
técnicos, não caratecas verdadeiros. Há um ditado budista
que diz que qualquer lugar pode ser um dojo, esse é um ditado
que nenhuma pessoa que queira seguir o caminho do karate
deve esquecer. O karate-do não é somente a aquisição de certas
habilidades defensivas, mas também o domínio da arte de
ser um membro da sociedade bom e honesto. (Funakoshi,
1994, pp. 109-110)
Conforme o ditado budista que cita, temos um pouco
sobre a relação mestre/discípulo no budismo:
Desde tempos imemoriais, a relação entre mestre e discípulo
pertence às relações elementares da vida e ultrapassa muito os
limites da matéria que ensina. No princípio, a única coisa que
se lhe exige é que imite respeitosamente tudo o que o mestre
faz. Pouco amigo de prolixos doutrinamentos e motivações,
ele se limita a breves indicações e não espera que o aluno faça
perguntas. Observa tranqüilamente suas ações, sem esperar
independência ou iniciativa própria, aguardando com
paciência o crescimento e a maturação. Os dois dispõem de
tempo: o mestre não pressiona, o discípulo não se precipita.
(Herrigel, 1995, p. 51)
Psicologia: Reflexão e Crítica, 2003, 16(2), pp. 379-388
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A arte é estimulada a surgir no homem através da técnica
que, em si, ainda não é arte: “A técnica é transformada em
arte por quem a emprega” (Funakoshi, citado em Sasaki,
1995, p. 91). Toda a concepção de aprendizagem, acima
destacada, faz parte da maneira pela qual pode-se fazer de
uma técnica uma arte através do homem. Todo o processo,
a dificuldade, o empenho a uma área estrita, a dedicação
intensa, física e psíquica, o método de transmissão, fazem
parte da transformação, pelo homem, da técnica em arte.
Longe de querer despertar prematuramente o artista, o mestre
considera como sua missão primordial converter o discípulo
num artesão que domine profundamente o ofício, o que este
fará com a sua habitual e pertinaz dedicação e como se não
tivesse aspirações mais elevadas, submetendo-se ao duro
aprendizado com resignação, para descobrir, com o passar
dos anos, que o domínio perfeito da arte, longe de oprimir,
libera. (Herrigel, 1995, p. 51)
… a criação autêntica só é possível num estado de
desprendimento de si mesmo, durante o qual o criador não
está presente como ele mesmo. (Herrigel, 1995, p. 55)
… se a graça lhe é reservada, o discípulo descobre em si mesmo
que a obra interior que ele deve realizar é bem mais importante
que as obras exteriores, por mais atraentes que sejam, e que
ele deve persegui-la, se quiser ser o artífice do seu destino de
artista.
A obra interior consiste em que o aluno, como homem que é,
como o eu que se sente ser e como homem que se reencontra
uma ou outra vez, se converta na matéria-prima de uma
criação, de uma realização formal, que termina no domínio
da arte escolhida. (Herrigel, 1995, p. 56)
A Arte do Vazio
Poetas do mundo todo cantaram suas canções sobre os
mistérios da meditação que permeia os bosques e florestas, e eu
era atraído pela solidão fascinante de que são símbolo. Talvez
meu amor pela natureza fosse intensificado pelo fato de eu ser
filho único e criança frágil, mas seria exagero de minha parte
considerar-me um “solitário”. Apesar disso, depois de uma
prática intensa de karate, não tinha coisa melhor do que sair e
perambular sozinho. (Funakoshi, 1994, pp. 95-96)
Por aquela época eu já praticava karate há alguns anos, e à medida
que aprofundava meu conhecimento da arte tornava-me mais
consciente de sua natureza espiritual. Usufruir minha solidão
enquanto ouvia o vento assobiando por entre os pinheiros era,
me parecia, um modo excelente de alcançar a serenidade que o
karate exige. (Funakoshi, 1994, p. 96)
A passagem acima é um relato acerca de sua tomada de
consciência dos elementos tidos por Funakoshi como a
384
Cristiano Roque Antunes Barreira & Marina Massimi
verdadeira essência de sua arte. Foi também esse contato
com a floresta de pinheiros que o inspirou a assinar seus
poemas com o pseudônimo Shoto (“ondas de pinheiros”),
que posteriormente deu o nome à sua escola de karate, a
Shotokan (escola do Shoto). Nos quatro quilômetros de
caminhada entre sua casa e a de seu mestre, percorridos
diariamente durante a madrugada em uma época na qual o
karate ainda era praticado sob sigilo, sua experiência com a
arte parece ter-se enriquecido. Essa experiência foi
fundamental para sua percepção acerca da espiritualidade
na arte. Tais palavras, entretanto, não permitem que se tenha
uma medida da importância que a ‘meditação’, realizada
nesses momentos, tenha tido em sua vida. Para o zen o
efeito da meditação não é algo a ser transmitido, pode ser
experienciado:
… cheguei à conclusão de que só quem verdadeiramente se
isola é capaz de aprender o que significa isolamento, e só
quem leva uma vida contemplativa está completamente livre
e desprendido de si para a união com o ‘Deus supradivino’.
(Herrigel, 1995, p. 26)
Fica claro, contudo, que essa experiência tenha
certamente contribuído para o fortalecimento dos valores
morais, éticos e espirituais transmitidos junto ao ensino
das técnicas, que faria com que o desenvolvimento pessoal
ficasse ligado ao conjunto físico e mental. Os alunos das
universidades da época estudavam karate, a
maioria deles, felizmente, com o objetivo duplo de fortalecer
seu vigor espiritual e sua força física … Somente os que têm
um ideal superior acharão o Karate-do interessante o bastante
para perseverar nos rigores que ele requer. Os que persistirem
descobrirão que quanto mais treinarem, mais fascinados
ficarão pela arte. (Funakoshi, 1994, p. 112)
A necessidade de um ideal de desenvolvimento é
ressaltada, pois Funakoshi entende que os valores do karate
permaneçam para toda a vida e para o homem como um
todo (físico, espiritual e moral), não apenas correspondendo
a uma prática física:
Pode-se ter como meta o desenvolvimento da força muscular
dos braços e das pernas ou ainda o equilíbrio e a firmeza da
mente. Há quem deseje aprender a humildade através do
karate. Todos esses objetivos estão relacionados com o
desenvolvimento pessoal. (Funakoshi, citado em Sasaki,
1995, p. 91)
Funakoshi acrescentou à denominação karate a palavra
do, querendo enfatizar o caráter de ‘doutrina’ intrínseco à
arte. Mais do que isso, deixa transparecer estar ciente de
que as características técnicas do karate iriam evoluir e se
modificar com o passar do tempo, porém algo de profundo,
sua natureza, deveria permanecer.
Do, que significa um “caminho” ou “via” para o aprimoramento
pessoal, tem vida própria, quer seja o do de budo, “artes marciais”,
ou o do das várias outras artes. Precisamente por ter vida própria
é que está sujeito ao ciclo inevitável de desenvolvimento e declínio.
Ele está sempre mudando, mas só em sua forma exterior; sua
natureza fundamental permanece imutável. Se o caminho atrai
uma pessoa para percorrê-lo, ele floresce; caso contrário, ele
definha. O caminho do karate pode ser chamado com justiça de
um budo que se manifesta de forma nova e que busca
zelosamente pessoas que por ele sigam. (Funakoshi, 1998, pp.
11-12)
Apesar então das novas manifestações formais, que
Funakoshi sabia serem inevitáveis, a busca pelo
desenvolvimento deveria permanecer para sempre. Sua
concepção de desenvolvimento é a do budismo, acreditando
que isso dependeria de uma nova forma de se colocar e se
dirigir no mundo. Segundo essa concepção há uma pureza
fundamental que é expressa pela ‘vacuidade’ e não é de fácil
compreensão. Provém da experiência e meditação,
acumuladas com o tempo até o momento em que se atinge
o satori:
Essa intuição reconhece, sem nenhuma espécie de meditação,
que o zero é o infinito e que o infinito é o zero. E isso não
constitui uma indicação simbólica ou matemática, mas uma
experiência diretamente apreensível, resultante de uma
experiência direta. Psicologicamente falando, o satori consiste
numa transcendência dos limites do ego. (Suzuki, citado em
Herrigel, 1995, pp. 10-11)
No treinamento marcial o esforço intenso é necessário
porque “só assim conseguirá dar polimento em sua
habilidade, tornar-se liberta do eu e alcançar uma perícia
extraordinária. Seu poder será miraculoso” (Musashi,
1996, p. 76). Portanto, esse sentido de desenvolvimento
parte de um princípio de desprendimento de aspectos
que são entendidos como empecilhos ao crescimento
espiritual:
… os estudantes de karate-do têm como meta não só aperfeiçoar
a arte de sua escolha mas também esvaziar o coração e a
mente de todo desejo e vaidade terrenos. Lendo as escrituras
budistas, encontramos afirmações como “Shiki-soku-zeku”
e “Ku-soku-zeshiku”, que literalmente significam “matéria é
vazio” e “tudo é vaidade”. O caractere ku, que aparece nas
duas admoestações e que pode também ser pronunciado
kara, é em si mesmo verdade.
Assim, embora as artes marciais sejam muitas …, o objetivo
de todas elas é o mesmo que o do karate. Acreditando com
Psicologia: Reflexão e Crítica, 2003, 16(2), pp. 379-388
As Idéias Psicopedagógicas e a Espiritualidade no Karate-Do segundo a Obra de Gichin Funakoshi
os budistas que é a vacuidade, o vazio, que jaz no coração
de toda matéria e na verdade de toda a criação…
(Funakoshi, 1994, p. 47)
O que fica como de natureza fundamental são, portanto,
suas atribuições éticas, morais e espirituais. As atribuições
espirituais advêm de conceitos budistas e estão carregadas
de valores morais, ficando dificultada a separação desses
conceitos. No zen-budismo, considera-se que a moralidade
é decorrência direta do desenvolvimento espiritual não
merecendo portanto uma atenção específica, por isso a
integração desses elementos sempre é dada. Também a difícil
descrição dos resultados espirituais do zen-budismo faz
entender porque, comumente, são eles explicados através
de atribuições morais. Tecnicamente, Eugen Herrigel5 cita
um trecho de um mestre de zen, Takuan, para explicar como
é esse vazio através da esgrima: Assim, tudo é um vazio:
você mesmo, a espada que é brandida e os braços que a
manejam. Até a idéia de vazio desaparece. Desse vazio
absoluto desabrocha, maravilhosamente, o ato puro
(Herrigel, 1995, pp. 85-86).
No zen-budismo, tem-se ainda que a transcendência
da consciência, inclusive da consciência moral que dita o
puro e o impuro, é necessária para se atingir a pureza.
Suzuki cita o Mestre Zen Vimalakirti:
Quando a mente está absolutamente pura, tendes uma mente
purificada, e diz-se que a mente está absolutamente pura
quando se acha acima da pureza e da impureza. Desejais saber
como isso é conseguido? Esvaziai a mente de todas as
condições e então tereis a pureza. Quando isto for alcançado
não acolhais pensamento a respeito, ou voltareis à impureza.
Ao atingirdes o estado impuro não abrigais nenhum
pensamento a seu respeito e então estareis livre da impureza.
Esta é a pureza absoluta. (Suzuki, 1992, p. 78)
No karate o esvaziamento da mente de todas as
condições significa conhecê-las tão profundamente que o
ato que condiciona uma resposta é feito sem a recorrência
ao pensamento consciente. É o ato puro que exige uma
longa jornada de treinamento sem intervalo, para ocorrer a
superação do ato consciente. Esse seria o vazio que é, ao
mesmo tempo, tudo. Funakoshi usa no trecho abaixo uma
metáfora para transmitir a pureza do ato.
Assim como um vale vazio pode ecoar o som da voz, do
mesmo modo a pessoa que segue o Caminho do Karate deve
esvaziar-se livrando-se de todo egoísmo e ambição. Tornar-
5
O alemão Eugen Herrigel é autor do popularizado livro “A arte
cavalheiresca do arqueiro Zen”, tendo estudado o zen-budismo no
período em que lecionou filosofia no Japão.
Psicologia: Reflexão e Crítica, 2003, 16(2), pp. 379-388
385
se vazio interiormente mas reto por fora. Este é o
significado verdadeiro de “vazio” no karate.
Quando a pessoa percebe a infinidade de formas e de
elementos no universo, ele se volta para o vazio, para o vácuo.
Em outras palavras, o vazio não é outra coisa senão a
verdadeira forma do universo. (Funakoshi, 1998, p. 26)
A percepção da infinidade de formas e elementos do
universo corresponderia, na luta, à percepção da infinidade
de gestos e possibilidades, estes, após assimilados, podem
ter uma resposta “pura”, “vazia”, sem a necessidade do
pensamento. Assimilado o universo, ele assim também
se torna “vazio” e esta é a “forma do universo”, a
realidade mais pura.
A segunda conotação do símbolo kara é: como o espelho
límpido que reflete a imagem sem distorção ou o vale
tranqüilo que repete o som, assim também deve o praticante
do karate purificar-se do egoísmo e dos maus pensamentos,
pois só uma mente pura pode compreender, sem distorção,
o que recebe. (Funakoshi, citado em Sasaki, 1995, p. 88)
A atribuição moral ressurge aqui indicando empecilhos
mentais à percepção pura da realidade. O egoísmo e os
maus pensamentos são como nódoas no espelho que o
impedem de refletir a realidade. No zen, propriamente, não
há essa atribuição moral quanto ao egoísmo ou maus
pensamentos. Há, sim, um maior radicalismo em relação
ao próprio raciocínio intelectual, que é tido como
escravizante:
Equivale a reconhecer os fatos como fatos e saber que palavras
são palavras e nada mais. O zen, não raro, compara a mente a
um espelho livre de manchas. Ser simples, portanto, de acordo
com o Zen, significa manter este espelho sempre brilhante e
limpo, pronto a refletir, pura e simplesmente, o que dele se
acercar. (Suzuki, 1992, p. 83)
Esse é mais um argumento contra a realização do karate
à mercê da técnica, isto é, de um karate teórico.
A seguir, temos recortes de trechos nos quais Funakoshi
conta, em dois momentos diferentes, uma mesma história
acerca de um lendário combate resolvido sem troca de
golpes. Os textos abordam as lições tiradas por um dos
protagonistas sobre a situação vivida. Apenas os comentários
referentes à conclusão essencial serão aqui transcritos. Eles
teriam sido feitos por Matsumura Sensei que, desafiado por
Uehara, teria vencido o combate sem golpeá-lo:
Hoje sou um homem mais sábio do que ontem. Sou um ser
humano, e um ser humano é uma criatura vulnerável, que
possivelmente não pode ser perfeita. Depois da morte,
retorna aos elementos –à terra, à água, ao fogo, ao vento, ao
386
Cristiano Roque Antunes Barreira & Marina Massimi
ar. Matéria é vazio. Tudo é vaidade. Somos como folhas
de grama ou como árvores da floresta, criação do universo
não tem vida nem morte. A vaidade é o único obstáculo à
vida. (Funakoshi, 1994, p. 41)
… Em essência, um homem é apenas uma agregação
temporária dos Cinco Princípios e dos Cinco Elementos.
Quando o seu tempo chega ao fim essa forma se desintegra
rapidamente, voltando a ser os elementos terra, água, fogo,
vento e ar. Quando o homem se dá conta da evanescência
de todas as coisas, é fácil ver que não há uma entidade
como o eu e, conseqüentemente, também não existe algo
como o outro. Os seres humanos, como a relva ou as
árvores, ou como tudo na natureza, são apenas agregados
físicos do espírito que permeia todo o universo. Para o
espírito do universo, os conceitos de vida e de morte não
tem sentido. Quando se está livre dos apegos, não há
obstáculos nem empecilhos. (Funakoshi, 1998, pp. 129-
130)
Há uma idéia de desenvolvimento humano nessa
concepção de vida e morte. Essa idéia faz parte da cultura
do zen e do bushidô:
O significado da vida e da morte pela espada se refletia na
conduta habitual da sociedade feudal japonesa; todo aquele
que atingisse a aceitação resoluta da morte, a qualquer
momento de sua vida, seria considerado um mestre da espada.
(Musashi, 1996, p. 17)
A aceitação resoluta da morte teria a força de superar
o ‘aprisionamento’ do homem aos apegos ou aos
sentimentos.
Através de longos anos dedicados à meditação ele descobriu
que, no fundo, a vida e a morte são uma única coisa, e que
ambas pertencem ao mesmo plano do destino. Ele não sente a
angústia de viver, nem o temor da morte. (Herrigel, 1995, p. 88)
Esse seria o auge do desenvolvimento humano, o
alcance do máximo dentro do budô, e significaria o alcance
pleno dos potenciais humanos, pois quaisquer outros
valores seriam pequenos quando defrontados com a morte.
Muitas vezes digo a meus alunos uma coisa que acham confusa.
Digo-lhes: ‘Vocês devem tornar-se fracos, não fortes.’ Logo
querem saber o que quero dizer com isso, pois uma das razões
que os levaram a escolher o Karate-do é a possibilidade de se
tornarem fortes. Não há necessidade de treinamento para se
tornar fraco, dizem eles. Respondo então que o que estou
dizendo é de fato difícil de compreender ‘Quero que encontrem
a resposta dentro de vocês mesmos’, digo-lhes. ‘E prometo-
lhes que vai chegar o momento em que vão compreender
realmente o que quero dizer’.
… Aquele que está consciente de suas próprias fraquezas será
senhor de si mesmo em qualquer situação. Somente uma
pessoa verdadeiramente fraca é capaz de coragem verdadeira.
Naturalmente, um praticante verdadeiro deve aperfeiçoar suas
técnicas através do treinamento, mas nunca deve esquecer
que somente através do treinamento será capaz de reconhecer
suas próprias fraquezas. (Funakoshi, 1994, p. 121)
Logo no início do recorte acima há um trecho que
merece destaque: “uma das razões que os levaram a
escolher o Karate-do é a possibilidade de se tornarem
fortes”. Após tanto tratarmos dos aspectos morais e
espirituais enaltecidos por Funakoshi, perde-se de vista
motivos mais primários, simples que são os que,
comumente, levam as pessoas a buscarem a prática do
karate. Esses na realidade são fundamentais para a
permanência na busca do desenvolvimento, pois “para
que se possa esquecer de si mesmo durante o processo
de realização formal, é preciso que a prática de tal arte
seja atraente” (Herrigel, 1995, p. 48).
O conhecimento da fraqueza, da dificuldade, da falha
seria parte do auto-conhecimento e o início da
possibilidade de transformação. Isso não significa que toda
a falha possa ser corrigida e toda fraqueza fortalecida. O
fato de se ter consciência delas, porém, é tido como metade
da vitória. O trecho indica também o método de ensino
do zen, a compreensão é difícil, mas o momento de
compreender chegará a cada um ao seu tempo e o Mestre
não se adianta aos limites pessoais. Funakoshi parece não
estar tratando de coisas diferentes quando fala de tornar-
se fraco e de tornar-se humilde. Tornar-se fraco seria
suplantar o orgulho e a intenção orgulhosa que não
permitiriam a percepção da realidade sem as distorções
que somos capazes de provocar motivados por tais
elementos. Nesse sentido tem-se que somente quem pôde
suplantá-los, tornando-se ‘fraco’, tem a clara perspectiva
da realidade e pode ter coragem verdadeira. Afinal a
coragem voltada a uma realidade ilusória não pode ser
considerada verdadeira pois facilmente vem abaixo. Captar
a realidade como tal depende da suplantação desses
elementos de distorção – dentre eles o medo da morte.
Esses elementos nos são caros e por isso exigem grande
esforço para superá-los:
O verdadeiro karate-do é um esforço interior para disciplinar a
mente, desenvolvendo uma verdadeira consciência que permita,
ao indivíduo, enfrentar o mundo mais dentro da realidade,
desenvolvendo-se externamente e, ao mesmo tempo,
adquirindo a força que lhe permita enfrentar um animal selvagem.
Portanto, no karate-do, espírito e técnica devem ser uma coisa só.
(Funakoshi, citado em Sasaki, 1995, p. 88)
Psicologia: Reflexão e Crítica, 2003, 16(2), pp. 379-388
As Idéias Psicopedagógicas e a Espiritualidade no Karate-Do segundo a Obra de Gichin Funakoshi
Essa realidade que se pretende apreender depende de
uma vivência menos distorcida de si próprio: “O zen deseja
atacar tempestuosamente esta cidadela de águas turvas e
mostrar que nós, na realidade, vivemos psicologicamente e
biologicamente – nunca logicamente” (Suzuki, 1992, p. 86).
Enfrentar a luta, enfrentar o mundo dentro da realidade,
notando-se que o preparo físico e mental é imprescindível à
capacidade de nela influir – essa é a mensagem.
Todo o processo de desenvolvimento espiritual proposto
no karate-do sob a ótica do zen-budismo, faria com que,
por fim, o conhecimento antes dado de fora para dentro,
agora faça parte intrínseca do homem:
A compreensão da arte, o domínio da técnica e o
aprimoramento das características de coragem, cortesia,
integridade e autocontrole transformam-se na luz interior
que vai guiar o praticante de karate em sua vida diária. Mas
isso requer, pelo menos, dez a vinte anos de prática assídua
e, se possível, toda uma existência devotada ao estudo do
karate. (Funakoshi, citado em Sasaki, 1995, pp. 104-105)
Conclusão
Nas idéias de Gichin Funakoshi sobre a prática como
forma de educar, está a concepção de que a aprendizagem
e o desenvolvimento dependem não só do intelecto (é
importante destacar a relação de equilíbrio mente/corpo),
mas da prática assídua e da própria experiência mental e
física, incluindo-se aí a agonia proveniente dos
treinamentos. Nos resultados foram expostos os conceitos
de desenvolvimento que são baseados intrinsecamente
no zen-budismo. Verificou-se também que, de acordo com
o zen-budismo, o desenvolvimento espiritual dispensaria
atribuições morais, pois essa natureza de valores surgiria
naturalmente como decorrência do crescimento interno.
Nesse sentido não deveríamos tomar a intensa recorrência
à moralidade por parte de Funakoshi como contraditória?
A educação de Funakoshi foi baseada principalmente no
confucionismo – que é uma doutrina moral – portanto
nada mais natural esperar-se que a moralidade fosse centro
de seu ensinamento. De acordo com Sasaki (1995),
Funakoshi procurou um mosteiro zen-budista a fim de
dar este fundamento à prática do karate. Desse modo, a
especificidade do zen no karate de Funakoshi parece ser
posterior à do confucionismo. Apesar disso, esse não é o
único nem o principal motivo da ênfase na moralidade ao
invés da ênfase no desenvolvimento espiritual, que
naturalmente levaria à moralidade. A própria luta e, muitas
vezes, as intenções de se fazer uso do karate em lutas, parecem
ser causas que explicariam a exigência de um controle mais
Psicologia: Reflexão e Crítica, 2003, 16(2), pp. 379-388
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urgente – o inculcamento de regras morais – do que o longo
processo espiritual que levaria à geração espontânea de
moralidade. Assim, o zen fica como fundamento para o
crescimento interior, não baseado na moral e não podendo
substituí-la a tempo de evitar possíveis maus usos do karate.
A moralidade confuciana substitui as rígidas regras dos
mosteiros zen budistas, que servem como forma de
contenção pré-iluminação de possíveis atos inadequados que
pudessem vir a ser realizados em nome do zen. Dessa
maneira, poder-se-ia supor que, após dezenas de anos de
experiência, Funakoshi tenha reconhecido que a moralidade,
pura e simplesmente, fosse um paliativo indispensável para
favorecer o longo processo no qual esta surgiria como fruto
do desenvolvimento espiritual almejado por um karate tido
como modo de vida. O Zen está ainda conceituando
aprendizagem, atuações didáticas e experiências internas.
Considera-se também que para apreender-se a realidade
tal qual ela é verdadeiramente, seria preciso que houvesse
um desprendimento mental. O karate poderia, através do
treinamento, desenvolver a correta apreensão da realidade.
Essa dita liberdade poderia ser expressa na luta e se daria
em dois âmbitos, o do pensamento e o da emoção.
Experimentar em treinamento dificuldades físicas e agonia
enfrentando-as e superando-as, favoreceria enfrentar
semelhantes experiências com mais facilidade em ocasiões
diferentes. Esse é o modelo mais demonstrativo do valor
de manter-se preparado e em constante aperfeiçoamento. O
treino exaustivo e as lutas emocionalmente perturbadoras
servem de experiência para se colocar em prática um
modelo de como lidar na vida com essas mesmas situações.
A perturbação emocional não deve ocorrer, deve-se
manter um equilíbrio mental a fim de que as emoções,
não vindo a ser nem extremamente positivas nem
extremamente negativas, não chegassem a interferir na
ação e na percepção da realidade. O pensamento preso a
preconceitos – derrotistas, por exemplo – também é um
elemento capaz de interferir na percepção da realidade
externa. O pensamento e a emoção deveriam estar em
acordo com a realidade, de forma a não interferir em sua
apreensão, sendo o controle sobre esses dois elementos
a garantia de adequação ao real mesmo quando se trata
com o desconhecido. Assim, em última instância é a
aceitação da morte (que poderíamos chamar no Ocidente
de o maior desconhecido) sem medo, tendo-a como
continuidade não dualística da vida, o mais importante passo
para uma vida mentalmente desprendida. Após superado
este medo, qualquer outro apego a valores torna-se pequeno
e superável, qualquer ação torna-se fácil pois a emoção
paralisante foi superada.
388
Cristiano Roque Antunes Barreira & Marina Massimi
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Recebido: 19/08/2002
1a Revisão: 29/11/2002
Última Revisão: 28/01/2003
Aceite Final: 31/01/2003
Sobre os autores
Cristiano Roque Antunes Barreira é Doutorando no Programa de Pós-Graduação em
Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de
São Paulo.
Marina Massimi é Doutora, é Professora associada da Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Psicologia: Reflexão e Crítica, 2003, 16(2), pp. 379-388
criado por ortiz.pesquisa 19:17:28 — Arquivado em: ACADEMIA —

praticantes de karatê de renome
Alguns praticantes de Karatê de renome ==>
Elvis Presley
Emerson Fitipaldi
Nigel Mansell
Madona
Michael Jackson
Ivo Pitangui (Cirurgião Plástico)
Leslie Straton (Modelo Internacional)
Juan Carlos (Rei da Espanha)
Fernando Collor de Mello
criado por ortiz.pesquisa 18:55:23 — Arquivado em: ACADEMIA —
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DO = CAMINHO ESPIRITUAL = ARTE
Uma Arte Marcial, em sua essência, não é uma mera questão de técnica, mas sim de corpo e espiritualidade altamente desenvolvidos. Não é uma questão de desenvolver o que já foi desenvolvido, mas de recuperar o que foi deixado pra trás. Estas coisas têm estado conosco, dentro de nós, o tempo todo, e nunca foram perdidas ou distorcidas, exceto pela nossa manipulação mal conduzida. Uma Arte Marcial não é uma questão de tecnologia, mas sim de percepção espiritual e treino. - Bruce Lee
Karatê é para viver, e não para matar. - Grande Mestre Yoshihide Shinzato
Percebi a essência do Karatê, ao observar o vento batendo nas folhas dos pinheiros. - Grande Mestre Guishin Funakoshi
O Karatê-Do pode se tornar um agente da educação.
As muitas faces dessa arte marcial podem nortear
a vida de um ser humano. - Sensei Li
Sejam perseverantes! As artes marciais exigem um trabalho de muito fôlego:
o rochedo é mais duro que a água, mas a água desgasta a pedra lentamente.
Só o trabalho paciente traz seus frutos. A regularidade nos treinos é essencial.
Só ela lhes permite progredir. - Hiroshi Shirai
O objetivo fundamental da arte do Karate não consiste na vitória ou na derrota,
mas no aperfeiçoamento do caráter de seus praticantes. - Grande Mestre Gichin Funakoshi
O oponente mais poderoso está dentro de nós mesmos. - Hidetaka Nishiyama
O Karate é um desafio para toda a vida, que é explicado pelo Dojo Kun - caráter, honestidade, esforço, respeito e autocontrole. O estudo das técnicas lhe dá autoconfiança, e esta lhe proporciona autodefesa. Mas autodefesa é um estado mental, e não uma combinação de técnicas. A melhor defesa é evitar conflitos. O Karate não é um estudo sobre lutas, mas sobre pessoas. Kata e kumite são como duas rodas de uma bicicleta. O kata afia o fio de sua espada… enquanto o kumite é usar a espada. - Yutaka Yaguchi
Lutar e vencer todas as batalhas não é a glória suprema. A glória suprema consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar. - Sun Tzu (Filósofo e estrategista)
Em tudo na vida a perfeição é finalmente atingida, não quando nada mais existe para acrescentar, mas quando não há mais nada para retirar. - Antoine de Saint-Exupéry
A bravata não é sinônimo de bravura. A bravura e a valentia são uma questão menos de forma que de espírito. O homem bravo e consciente de seus deveres e da justiça, sabe bater-se pelos seus ideais fazendo dos obstáculos não uma perspectiva de derrota, mas sim um fator estímulo. - Grande Mestre Ginshin Funakoshi
O que você sabe não tem valor, o valor está no que você faz com o que sabe. - Bruce Lee
Quando um homem nasce, és terno e débil, quando morre está duro e rígido. Quando as coisas e as palavras vivem, são suáveis e flexíveis. Quando morre está quebrado e seca. Por tanto a dureza e a rigidez são as companheiras da morte; e a suavidade e a delicadeza são companheiras da vida. - Gogen Yamaguchi
Existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorre-lo. Esta é a essência DO. - André Maraschin
O Karatê não é, nem jamais foi, meramente, uma forma bruta de autodefesa. Pelo contrário, quem quer que realmente domine a Arte do Karatê tomará cuidado para não aventurar-se em situações ou lugares perigosos, onde possa ser forçado a usar a Arte do Karatê - Grande Mestre Guishin Funakoshi
Com o Karate-Do, oferecendo sua ajuda aos outros e aceitando-a deles, o homem adquire a habilidade de elevar a arte ao estado de crença, em que possa aperfeiçoar corpo e alma e assim finalmente chega a reconhecer o significado verdadeiro do Karate-Do. - Grande Mestre Guishin Funakoshi
A vida sem Arte, Filosofia e Poesia fica dificil. - Professor Rodolfo Ortiz
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20/2/12
FOTO REVISTA JUBILEU DE OURO
Colegas.
Precisamos produzir mais uma foto sábado dia 3 de março, impreterivelmente, na quadra do Olympico, 8 horas da manhã, com ou sem chuva, objetivando última possibilidade de foto para Revista Jubileu de Ouro Shorin Brasil que está sendo produzida pela Bueno Editora (Fighter / Master).
Estou encontrando dificuldades para que todos os praticantes do Rio de Janeiro estejam presentes nas fotos objetivando Revista Jubileu (50 anos Shorin-Ryu ShinShu-Kan Brasil).
Reuni fotos de várias ocasiões, mas como somente temos duas páginas na revista, torna-se inviavel incluir muitas fotos para todos estejam presentes em imagem.
Foi aproveitada uma foto conjunta que tiramos na praia de Botafogo; muitos não estiveram presentes.
Alteramos nosso projeto inicial das fotos 3×4 dos responsaveis pelas associações filiadas, enderêços e logomarcas, em função do espaço, privilegiando imagens com todos praticantes de todas associações e relação das associações em ordem alfabetica.
Relacionamos 116 faixas-pretas desde 1966 em ordem alfabética, independente de DANS, o que inviabilizou a inclusão dos não faixas-pretas, por falta de espaço.
Agradeço a colaboração, compreensão e esforço de todos, e com a presença próximo dia 3 de março, impreterivelmente, solicitando que comuniquem-se intensivamente entre si, avisando e lembrando todos praticantes, alguns afastados, objetivando, enfatizando e fortalecendo para que todos estejam presentes nessa data limite para essa derradeira foto conjunta.
É importante que todos levem suas maquinas fotograficas, se possivel profissionais.
Atenciosamente, Abraços, Saudações.
VIVA O JUBILEU DE OURO SHORIN-RYU SHINSHU-KAN BRASIL - 1962 / 2012.
Prof. Rodolfo Ortiz
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19/2/12
FILOSOFIA DAS ARTES MARCIAIS
A importância da filosofia nas artes marciais
Disponivel em: < http://www.bugei.com.br/ensaios/index.asp?show=ensaio&id=303> . Acesso em 19 fev 2012.
(Por Jordan Augusto)
Disponivel em: . Acesso em 19 fev 2012
Ainda que o homem compreendesse por um todo a forma do raciocínio contemporâneo, este deveria compreender os caminhos pelos quais circula a sabedoria humana. Durante dois dias pela semana leciono em uma turma de filosofia onde, muitos professores acadêmicos de importantes universidades de Goiânia tentam entender um pouco mais do raciocínio oriental do zen. Mas de nada valeria este pensamento se o mesmo não fosse compreendido em as forma existencial. Dentro do Bugei estudamos vários aspectos da filosofia que por sua vez se manifesta através do pensamento de antigos líderes do Japão medieval.
Muito já se falou e ainda se fala a respeito da filosofia samurai e suas raízes. Esta, por sua vez, impregnada pelo Budismo, confucionismo e outros, demonstra em aspectos simples uma complexa forma de pensamento para o ocidental.
Se pensarmos de forma moderna e contemporânea, Bacon considerava a filosofia como uma nova técnica de raciocínio que deveria restabelecer a ciência natural sobre bases firmes. Seu plano de ampla reorganização do conhecimento a que chamou Instauratio Magna (”Grande Instauração”), era destinado a restaurar o domínio do homem sobre a natureza que se acreditava perdido com a queda de Adão. O núcleo da filosofia da ciência de Bacon é o pensamento indutivo apresentado no Livro II do Novum Organum, sua obra mais famosa, assim intitulada em alusão ao Organon de Aristóteles. Publicada em 1620, como parte do projeto da Instauratio Magna.. Continha, segundo Bacon, em oposição a Aristóteles, “indicações verdadeiras acerca da interpretação da Natureza”.
O pensamento vigente nas principais escolas tradicionais de koryu, reflete, tal como Bacon em visão específica, as técnicas de combate em si, um pensamento que deve ser resgatado e mantido sobre a estruturação e os sentimentos em valores que compõem a ética samurai.
Para Bacon, o verdadeiro filósofo natural (cientista da natureza) deveria fazer a acumulação sistemática de conhecimentos mas também descobrir um método que permitisse o progresso do conhecimento, não apenas a catalogação de fatos de uma realidade supostamente fixa, ou obediente a uma ordem divina, eterna e perfeita. O saber deveria ser ativo e fecundo em resultados práticos.
O plano compreendia 6 partes ou Seções. A Primeira Seção promoveria uma classificação completa das ciências existentes; a segunda, a apresentação dos princípios de um novo método para conduzir a busca da verdade; a terceira, a coleta de dados empíricos; a quarta, uma série de exemplos de aplicação do método; a quinta uma lista de generalizações de suficiente interesse para mostrar o avanço permitido pelo novo método; a sexta, a nova filosofia que iria apresentar o resultado final organizado num sistema completo de axiomas.
Ainda semana escutei de um renomado professor a infeliz frase de que filosofia era coisa para fracos e que jamais perderia tempo com estas bobagens.
Dentro deste viés, se analisarmos de forma profunda, podemos dizer é que num caso deste tipo que Sócrates está a pensar. Se ainda houvesse dúvidas, pense-se naquilo que Ménon disse e que Sócrates tentou pôr sob a forma de um argumento: “Como podes tentar descobrir o que isso [a virtude] é, Sócrates, quando não fazes a mínima idéia do que isso seja? Como podes ter por objetivo descobrir algo sobre o qual nada sabes?” Isto significa que não podemos usar uma concepção ampla de conhecimento para interpretar a terceira premissa. Vamos ter de fazer uso de uma concepção estrita de conhecimento. De acordo com esta concepção, “conhecer X” é definido como “saber alguma coisa sobre X” (0,01% já chega). Como esta concepção é menos exigente do que a anterior, a terceira premissa já funciona: se não conhecemos X (isto é, “se não sabemos absolutamente nada sobre X”, porque se soubéssemos nem que fosse só uma migalha percentual, já podíamos dizer que conhecíamos X) então não podemos inquirir acerca de X.
Isto leva-nos a duas conclusões: a) o paradoxo que Sócrates tenta apresentar tem a espinha partida, por assim dizer, já que o significado de “conhecer” muda da segunda para a terceira premissa e b) o argumento é omisso em relação a uma situação fundamental: aquela em que não somos nem completamente ignorantes, nem completamente sábios. Sócrates está em maus lençóis! Nesta altura, podíamos tentar dar-lhe uma ajudinha (fazê-lo não é heresia nem desrespeito, como os continentais parecem sugerir). Tal como está, o argumento é inválido, isto é, não é lícito inferir a conclusão das premissas. Só seria válido se o puséssemos mais ou menos assim, sendo X o objeto da nossa investigação (X pode ser qualquer coisa):
Ou a) já sabemos tudo o que há para saber sobre X, ou b) não sabemos absolutamente nada sobre X, ou c) sabemos alguma coisa sobre X, mas não tudo.
Se já sabemos tudo o que há para saber sobre X, então não podemos inquirir acerca de X.
Se não sabemos absolutamente nada sobre X, então não podemos inquirir acerca de X.
Se sabemos alguma coisa sobre X, mas não tudo, então não podemos inquirir acerca de X.
Logo, inquirir acerca de X é impossível.
Desta maneira, o argumento já fica válido (independentemente da forma como definirmos “conhecimento”), mas as premissas 3 e 4 fazem afirmações tão fortes que acabam por arcar com a plausibilidade do argumento. E isto faz Sócrates voltar à estaca zero, porque parece que a única coisa que conseguimos fazer foi expor, de forma clara, a posição dele — mas agora as premissas 3 e 4 precisam de muito trabalho de casa para ficarem minimamente atraentes. A premissa 3 era a famigerada premissa do argumento na sua fase inicial que eu atrás disse que iria analisar depois — e à qual, agora, também podemos acrescentar a premissa 4. O problema que estas premissas levantam para Sócrates é o seguinte: se inquirir acerca de X é impossível, então como é que ele explica que nós saibamos o que quer que seja? Ele está bem ciente disto e diz que a resposta é que tudo o que sabemos agora já o sabíamos antes de nascer — esta é a sua famosa teoria de que aprender não é senão recordar. Mas isto não o leva a lado nenhum, porque podemos relançar o problema: então e como é que a nossa alma pôde vir a inquirir sobre o que quer que fosse lá no sítio onde estava antes de entrar no nosso corpo? Sócrates já não nos disse que inquirir acerca do que quer que seja é impossível em todos os casos? Portanto, as coisas parecem difíceis para o lado do Sócrates. E o mais provável é que ele não consiga dar resposta a isto.
O Livro II do Advancement of Learning e os livros II a IX do De Augmentis Scientiarum contêm a divisão das ciências, uma sistematização minuciosa de todo o conhecimento humano, a primeira depois de Aristóteles. Bacon começa com uma distinção das três faculdades — memória, imaginação e razão — às quais consigna respectivamente Historia, “Poesia”, e filosofia. História tem um sentido particular significando todo o conhecimento, todas as disciplinas da ciência. “Poesia”, as crendices ou “falsa História” e é considerada irrelevante.
A História supre a matéria prima para a Filosofia, em outras palavras, para o conhecimento que pode ser indutivamente derivado dela, das descrições em que ela consiste. Aqui Bacon faz duas distinções gerais. A primeira entre o conhecimento divino e o secular. O divino vem da revelação e corresponde a teologia natural ou racional, e seu objeto são as provas da existência de Deus. A outra é entre disciplinas teóricas e práticas, ou seja, entre ciência pura e ciência aplicada ou tecnologias, ou ainda “arte”.
Se deixarmos todo este pensamento de lado e passarmos para a metafísica, sobre o prisma das artes marciais, podemos exaltar um ponto de vista polêmico — livre arbítrio.
A definição de livre arbítrio, ao nível do senso comum, parece implicar (entre outras coisas, talvez) aquilo a que podemos chamar o princípio das possibilidades alternativas. Parece que quando dizemos que alguém fez algo livremente, estamos a dizer que, embora essa pessoa tenha feito uma coisa, podia, se assim o tivesse escolhido, ter feito outra. Estamos na fila do refeitório e estamos em dúvida sobre se havemos de escolher a maçã ou a laranja. As pessoas à nossa frente vão avançando, apercebemo-nos de que temos que fazer uma escolha depressa, senão quem está atrás de nós começa a reclamar. Vamos para a maçã. Já na mesa, arrependemo-nos. “Uma laranja é que me saia agora bem”, dizemos. “Se tivesse esticado a mão um pouco mais para a direita, era isso que estava a comer agora, e podia muito bem tê-lo feito.”
É sabido que o caminho marcial de cada um, independente se este concorda ou não com o ponto de vista pessoal, só tem o seu devido valor quando de fato é capaz de completar o indivíduo em suas necessidades, ou seja, ser feliz. É fato que nenhum caminho pode ser considerado melhor que o outro, haja vista que em todos encontraremos fatores positivos e negativos
O princípio das possibilidades alternativas é um bom candidato a desempenhar um papel importante na definição de liberdade. Mas há quem não o aceite. Um exemplo famoso é Harry Frankfurt. De acordo com ele, é possível pensar em contra-exemplos ao princípio das possibilidades alternativas, isto é, é possível arranjar casos onde agimos livremente, apesar de não termos tido a possibilidade de agir de outra maneira.
Assim sendo podemos analisar que Decartes e Bacon, contemporâneos, propõem dois caminhos diversos para a busca do conhecimento, o dedutivo e o indutivo e representam os dois pólos do esforço pelo conhecimento na idade moderna, o racional e o empírico.
“És curioso e coscuvilheiro, bisbilhoteiro e intrometido. Não tens vergonha de ser, até nos defeitos, tão pouco masculino? Sê homem. — E esses desejos de saber da vida dos outros, troca-os por desejos e realidades de conhecimento próprio”.
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DESCRIÇÃO XINTOISMO
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ise Jingu - Honden em Naiku, principal dos santuários xintoístas japoneses.
Xintoísmo (em japonês: 神道, transl. Shintō) é o nome dado à espiritualidade tradicional do Japão e dos japoneses, considerado também uma religião pelos estudiosos ocidentais. A palavra Shinto (”Caminho dos Deuses”) foi adotada do chinês escrito (神道),[1] através da combinação de dois kanjis: “shin” (神?), que significa “deuses” ou “espíritos” (originalmente da palavra chinesa shen); e “tō” (道?), ou “do”, que significa “estudo” ou “caminho filosófico” (originalmente da palavra chinesa tao). Os termos yamato-kotoba (大和言葉) e Kami no michi costumam ser usados de maneira semelhante, e apresentam significados similares.[1][2]
Torii no santuário de Itsukushima
O xintoísmo incorpora práticas espirituais derivadas de diversas tradições pré-históricas japonesas, locais e regionais, porém não surgiu como instituição religiosa formalmente centralizada até a chegada do budismo, confucionismo e daoísmo no país, a partir do século VI.[3] O budismo gradualmente se adaptou, no Japão, à espiritualidade nativa, como por exemplo na inclusão do kami, componente da crença xintoísta, entre os bodisatvas (bosatsu).
As práticas xintoístas foram registradas e codificadas pela primeira vez nos registros escritos históricos do Kojiki e Nihon Shoki, nos séculos VII e VIII. Ainda assim, estes primeiros escritos japoneses não se referem a uma “religião xintoísta” unificada, mas a práticas associadas com as colheitas e outros eventos dos clãs relacionados às estações do ano, aliadas a uma cosmogonia e mitologia unicamente japonesas, que combina tradições espirituais dos clãs ascendentes do Japão arcaico, principalmente das culturas Yamato e Izumo.[2]
O xintoísmo caracteriza-se pelo culto à natureza, aos ancestrais, pelo seu politeísmo e animismo, com uma forte ênfase na pureza espiritual, e que tem como uma de suas práticas honrar e celebrar a existência de Kami (神?), que pode ser definido como “espírito”, “essência” ou “divindades”, e é associado com múltiplos formatos compreendidos pelos fieis; em alguns casos apresentam uma forma humana, em outros animística, e em outros é associado com forças mais abstratas, “naturais”, do mundo (montanhas, rios, relâmpago, vento, ondas, árvores, rochas). Considerado como consistindo de energias e elementos “sagrados”, o Kami e as pessoas não são separados, mas existem num mesmo mundo e partilham de sua complexidade interrelacionada.[2] O xintoísmo moderno apresenta uma autoridade teológica central, porém não tem uma teocracia única. Consiste, atualmente, de uma associação inclusiva de santuários locais, regionais e nacionais de variada significância, em importância e história, que exprimem suas diversas crenças através de práticas e idiomas semelhantes, adotando um estilo semelhante no vestuário, arquitetura e ritual, que data dos períodos Nara e Heian.[2]
O xintoísmo tem atualmente cerca de 119 milhões de seguidores no Japão,[4] embora qualquer pessoa que pratique algum tipo de ritual xintoísta seja contado como tal. Geralmente aceita-se que a ampla maioria do povo japonês participe de algum tipo de ritual xintoísta, ao mesmo tempo em que a maior parte também pratica o culto budista aos ancestrais. No entanto, ao contrário de muitas das práticas religiosas monoteístas, o xintoísmo e o budismo tipicamente não exigem daqueles que os professam que sejam crentes ou praticantes, o que torna difícil contabilizar cifras exatas com base na auto-identificação com alguma crença, entre os habitantes do país. Devido à natureza sincrética das duas religiões, a maior parte dos eventos relacionadas à “vida” ficam a cargo dos rituais xintoístas, enquanto os eventos relacionados à “morte” ou à “vida após a morte” ficam a cargo dos rituais budistas (embora isto não seja uma regra); assim, é costumeiro, por exemplo, no Japão, registrar uma criança ou celebrar seu nascimento num santuário xintoísta, enquanto os preparativos para um funeral costumam ser ditados pela tradição budista.
Existem santuários xintoístas em diversos outros países, incluindo os Estados Unidos, Brasil, Canadá, Nova Zelândia, Austrália e Países Baixos, entre outros, e está em vias de expansão para se tornar uma religião global, especialmente com o surgimento de ramos internacionais dos santuários shinto.
Origens
O xintoísmo tem raízes muito antigas nas ilhas japonesas. Sua história registrada remonta ao Kojiki (712) e ao Nihon Shoki (720), porém os registros arqueológicos datam de um período significativamente mais antigo. Ambas as obras são compilações de tradições mitológicas orais já existentes. O Kojiki estabelece a família imperial como o alicerce da cultura japonesa, na condição de descendentes de Amaterasu Omikami. Existe também uma genealogia de criação e aparição dos deuses, de acordo com um mito de criação. O Nihonshoki estava mais interessado em criar um sistema estrutural de governo, política externa, hierarquia religiosa e ordem social interna.
Existe um sistema interno de desenvolvimento xintoísta que configura as relações entre o xintoísmo e outras práticas religiosas ao longo de sua história; os Kami (”espíritos”) internos e externos. O Kami interno ou ujigami (uji significa “clã“) favorece a coesão e a continuação dos papeis e padrões estabelecidos; e o hitogami, ou Kami externo, traz inovação, novas crenças, novas mensagens e alguma instabilidade.
Os povos jomon do Japão utilizavam-se de habitações naturais, ainda não conheciam o cultivo de arroz, e frequentemente eram coletores-caçadores; a evidência física de suas práticas rituais é de difícil documentação. Existem muitos locais que contêm estruturas rituais de pedra, e conhecem-se práticas funerárias refinadas, além dos antigos Torii, que indicam a continuidade do xintoísmo arcaico. Os jomon tinham um sistema tribal baseado em clãs, similar a muitos dos povos indígenas do mundo. No contexto deste sistema, as crenças locais desenvolveram-se naturalmente, e quando a assimilação entre os clãs ocorreu, as crenças de tribos vizinhas acabaram por influenciar as outras. A um certo ponto passou a existir um reconhecimento de que os ancestrais criaram as gerações presentes, e a reverência aos ancestrais (tama) tomou forma. Havia algum comércio entre os povos indígenas das ilhas japonesas e o continente, bem como diversas migrações, o que aumentou o crescimento e a complexidade da espiritualidade dos povos locais, através de sua exposição a novas crenças. Esta espiritualidade, no entanto, ainda era centrada no culto às forças naturais, ou mono, e aos elementos naturais dos quais todos dependiam.
A introdução gradual de organizações religiosas e governamentais metódicas a partir da Ásia continental, começada por volta de 300 a.C., plantou as sementes das mudanças reativas que ocorreriam no xintoísmo arcaico, ao longo dos 700 anos seguintes, em direção a um sistema mais formalizado. Estas mudanças foram dirigidas internamente, pelos diversos clãs, frequentemente como forma de um evento cultural sincrético direcionado às influências externas. Eventualmente, à medida que os yamato conquistaram o poder, um processo de formalização se iniciou. A gênese da casa imperial japonesa, e a criação subsequente do Kojiki, ajudou a facilitar a continuidade necessária para este desenvolvimento a longo prazo. O xintoísmo apresenta hoje em dia um equilíbio entre as influências externas do budismo, do confucionismo, do taoísmo, das religiões abraâmicas, do hinduísmo e de crenças seculares que, embora tenha tido conflitos em seu desenvolvimento, aparenta atualmente ser natural e não-exclusivo. Em períodos mais modernos o xintoísmo desenvolveu também novas formas e suas próprias subdivisões, e até mesmo expandiu-se para além das fronteiras do Japão, tornando-se uma religião global.
Xintoísmo e budismo
O Budismo foi introduzido no século VI e trouxe graves consequências para o Xintoísmo. Vindo da Coreia, apresentado ao imperador, o Budismo, apesar de algumas resistências iniciais, acabou por triunfar, tendo servido para a consolidação do poder imperial, com o apoio dos governantes locais.
Apesar disto, a tendência geral, e mais conforme à mentalidade do Oriente, foi a de fundir as duas religiões, mas sob a égide do Budismo.
Durante longos séculos, o Budismo impôs a sua influência, sobrepondo-se à religião tradicional, que porém não desapareceu.
Face ao domínio duma religião estrangeira desde logo vários pensadores e sacerdotes procuraram manter a dignidade e o papel desempenhado pela religião tradicional. Na Idade Média, vários destes pensadores fizeram uma união entre os dois tipos de divindades, mas em sentido contrário ao já referido: os budas eram na verdade kami encarnados, que assim deixavam o seu estado original para descerem à terra.
Nos sécs. XVI-XVII, viveu-se um momento de renascimento da cultura japonesa, com o consequente afastamento de influências estrangeiras. Apesar de o Budismo não perder substancialmente o seu terreno, ficou agora relegado para segundo plano, a favor de uma tendência nacionalista que se afirmava, e que atingiria o seu ponto culminante no período seguinte.
No âmbito da ideologia profundamente nacionalista da era Meiji, a escolha duma religião oficial recaiu naturalmente sobre o Xintoísmo, já antes aclamado como a religião verdadeiramente original do povo japonês, considerado pelo regime como superior a todos os outros.
Criou-se então o chamado Xintoísmo de Estado, uma espécie de sacralização do Estado, ou melhor, laicização do Xintoísmo. De facto, o xintoísmo foi despido do seu carácter religioso para se tornar um dever cívico de reverência ao Estado e ao imperador.
O xintoísmo estatal permaneceu em vigor durante algumas décadas. Como expressão do nacionalismo japonês, exacerbou-se particularmente por ocasião da Segunda Guerra Mundial. Com a derrota do Japão, precipitou-se o seu processo de queda. Em 1946, foi proclamada a nova Constituição, pela qual o imperador foi destituído de todas as prerrogativas divinas e de todo o poder político, tornando-se apenas símbolo da unidade nacional.
Terminologia
No princípio, esta religião étnica não tinha nome, mas quando se introduziu o budismo no Japão durante o século VI, um dos nomes que este recebeu foi Butsudo, que significa “o caminho do Buda”. Assim, a fim de diferenciar do budismo, a religião nativa passou a ser chamada xinto, palavra de origem chinesa, que combina dois caracteres chineses (kanji): “shin” (神?), significando deuses ou espíritos (quando lido sozinho é pronunciado “kami”) e “tō” (道?), que significa caminho filosófico. Assim, xinto significa “o caminho dos deuses”. O nome chinês foi escolhido porque na época apenas o chinês era escrito no Japão, já que não haviam desenvolvido ainda a escrita japonesa.
Tipos de xintoísmo
Reconhecem-se várias expressões do xintoísmo, que são o resultado da evolução histórica da religião, lugar da sua manifestação e prática religiosa dos adeptos.
• Xintoísmo dos santuários: é o conjunto de crenças que se exprimem através das festas e das venerações nos santuários. Praticamente todos os santuários pertencem à Associação dos Santuários (Jinja honchó), fundada em Tóquio no ano de 1946.
• Xintoísmo doméstico: exprime-se nos lares japoneses. Nas casas xintoístas existe em geral um pequeno altar consagrado aos deuses, o kamidana. Em cima deste altar encontra-se muitas vezes um amuleto oriundo do santuário local, do Grande Santuário de Ise e em alguns casos. Nestes altares colocam-se oferendas (saquê, arroz, sal) e recitam-se orações.
• Xintoísmo imperial: é o resultado do desenvolvimento na casa imperial da prática dos ritos e cerimónias do xintoísmo.
• Xintoísmo popular: caracteriza-se pela ausência de uma sistematização doutrinária e de uma organização. É o tipo de xintoísmo praticado essencialmente pelo indivíduo.
• Xintoísmo das seitas: é composto essencialmente pelas treze seitas reconhecidas pelo Estado dos Meiji entre 1876 e 1908. Estas seitas possuem em geral um fundador (homem ou mulher). Até ao fim da Segunda Guerra Mundial, os grupos xintoístas que não pertenciam a uma das treze seitas não eram reconhecidos pelo Estado, o que gerou a integração de muitos desses grupos numa das seitas existentes. Depois da guerra, e tendo sido declarada a liberdade religiosa, alguns grupos estabeleceram-se como organizações independentes.
Escrituras sagradas
O xintoísmo não possui um livro sagrado, como a Bíblia ou o Alcorão. Há no entanto um conjunto de textos sobre os ensinamentos da religião que recebem o nome de Shinten, “escrituras sagradas”, mas não são considerados textos revelados ou de carácter sobrenatural.
• Kojiki (”Anais das coisas antigas”): datado de 712, é o texto sagrado mais antigo, sendo composto por três volumes.
• Nihonshoki (”Crônicas do Japão”): foi redigido em 720 em chinês em 30 volumes. Também conhecido como Nihongi.
• Kogo-shui: compilação das tradições do clã dos Imbe, uma família que junto com a família dos Nakatomi era responsável pelos ritos. A sua redacção foi concluída em 807.
Estes livros apresentam as narrativas míticas da tradição xintoísta. Os mitos descritos referem-se a um caos primordial em que os elementos se mesclam em massa amorfa e indistinta, “como num ovo”. Os deuses surgiram desse caos.
Crenças do Xintoísmo
Kami
Ver artigo principal: Kami
O xintoísmo baseia-se no culto aos kami (神). Esta palavra é frequentemente traduzida por “deus” ou “divindade”, o que não traduz completamente o conceito, dado que os kami pode ser também forças vitais ou espíritos da natureza. Ao contrário dos deuses das outras religiões, os kami não são onipotentes ou oniscientes, possuindo poderes limitados. Nem todos kami são bons. Alguns kami são locais ou conhecidos como espíritos de um local em particular ou a lugares (montanhas, ervas, árvores, vales, rios, mares, encruzilhadas. Outros representam elementos ou processos da natureza, como por exemplo, Amaterasu, a deusa do Sol, Tsukiyomi, deus da lua, Susanoo, deus da tempestade.
Existem kami ligados a fenómenos meteorológicos (chuva, vento (Fujin), trovão…), e kamis associados à vida humana (vestuário, transportes, ofícios, etc.). Incluem-se ainda no conceito de kami os espíritos de homens notáveis, como de certos guerreiros. Os espíritos dos antepassados também são considerados deuses tutelares da família ou do país, motivo pelo qual os ritos fúnebres possuem grande relevo.
Os textos xintoístas referem-se a “oitocentas miríades” de kami (yaoyorozu no kami); este número não deve ser interpretado literalmente, pretendendo-se apenas transmitir a noção de que existem inúmeros kami. Os kami não são perceptíveis pelo ser humano.
Podem ser divididos em dois tipos: os que habitam no céu (amatsukami) e os que habitam na terra (kunitsukami). Os primeiros trazem à terra influências positivas, enquanto que os segundos mantêm-na como ela.
O kami mais eminente é a deusa-sol Amaterasu O-mikami, antepassada da família real japonesa. O seu santuário principal é o Grande Santuário de Ise.
Cosmologia xintoísta
Em relação à estrutura do mundo, existem duas concepções diferentes, que se cruzam e se tomam muitas vezes em paralelo, sem se contradizerem, pois representam duas perspectivas diferentes e complementares.
A primeira delas é vertical e fala de três mundos distintos: a “Alta Planície Celeste”, morada dos kami do céu, de onde eles descem, para dar paz, ordem e felicidade. É um mundo descrito como reflexo do mundo dos humanos, uma espécie de Japão plenamente belo e perfeito; segue-se o “País do Meio da Planície dos Canaviais”, morada dos homens, onde os kami desceram; por último, o chamado “País de Yomi”, subterrâneo, moradia dos mortos, terra de máculas e de pecados, onde habitam os espíritos malignos que influenciam o homem para o mal. Esta tradição é a principal da mitologia xintoísta e reflecte os meios aristocráticos.
A segunda concepção é horizontal, e coloca lado a lado o “País do Meio” e o chamado “País dos Mortos” que, ao contrário do que o nome indica, é uma terra de delícias, situada para além dos mares, onde habitam os espíritos purificados dos antepassados, que visitam este mundo, trazendo felicidade e protecção aos viventes. Esta concepção é de cariz mais popular. Há que notar, mais uma vez, que o Xintoísmo atribui a importância fundamental a este mundo. De facto, tanto kami como antepassados, embora habitem noutros planos, conservam estreitas relações com o mundo dos humanos.
É claro que estas concepções devem ser lidas, não de modo físico, sob o qual se tornariam ultrapassadas, mas de modo metafísico, como na religião cristã.
A natureza
Há que reconhecer que o homem vive graças à natureza, a tudo quanto ela lhe fornece, pelo que a sua atitude deve ser de profunda gratidão e reverência. Mesmo quando a natureza se desenfreia, o ser humano é forçado a reconhecer que muito maiores são os benefícios que dela recebe. O homem, apesar de todo o seu avanço tecnológico, não possui poder pleno, e deve reconhecer a sua humildade, num espírito de coexistência pacífica.
Há inúmeras divindades ligadas a elementos naturais, o que atesta que tudo é governado pelos kami. Logo, a natureza reveste um carácter sagrado, regendo-se por uma vontade e sensibilidade próprias, por uma espiritualidade misteriosa, mais do que propriamente por leis naturais.
Sendo que toda a natureza descende de “kamis” assim como a humanidade, fica claro que tudo está interligado tendo como origem em comum um ancestral divino. Assim sendo o ser humano e a natureza, seus elementos, minerais, vegetais e animais, são parentes.
A vida dessassociada da natureza é incompatível com o Xintô, o ser humano não deve combatê-la ou transformá-la sem necessidade vital. É comum aos praticantes xintoístas o retiro para ambientes onde possam promover a integração com a natureza, uma forma de purificação, elevação espiritual, e oportunidade para reflexão e meditação.
Como já foi dito na introdução, o Xintô e a própria cultura japonesa pregam que sendo a natureza sagrada, sua destruição é indesejável, e não existe o sentimento de hostilidade inerente recíproca imperante no ocidente.
Outra prática bastante disseminada é a deificação de determinados elementos naturais em especial. Como por exemplo a árvore que representa um família ou um rocha que ocupa lugar de destaque em determinada cidade. Principalmente na antiguidade, era tradicional em muitas aldeias a veneração de algum “ícone” que representasse bem seu povoado ou dinastia.
O comportamento xintoísta é tão avesso a interferência no cenário natural, para ele é sagrado e perfeito, que qualquer atividade que implique em utilização ostensiva dos recursos naturais deve ser recompensada no mínimo com a construção de um templo dedicado a natureza.
As Montanhas
As montanhas no Japão são muito numerosas e estão envolvidas nos aspectos da vida diária, é delas que brotam os rios, e são consideradas sagradas. Não são kami em si, mas sim moradias de kami. O território montanhoso é tão respeitado que mesmo hoje em dia, o alpinismo não é uma atividade muito difundida pelo povo japonês, e isso num país onde é difícil ver todo um horizonte livre da presença de montanhas.
É muito comum a construção de templos nessas regiões, assim como cerimônias de deificação e requisição de boas colheitas à “deusa do arrozal” que vive nas montanhas. Nas lendas japonesas as montanhas ocupam lugar de destaque na associação com grandes desafios, buscas e peregrinações.
Moral do Xintoísmo
Como vimos, o homem é considerado como naturalmente bom e puro, participante da natureza dos kami, e que o pecado e a impureza se devem a influências malignas dos espíritos habitantes do mundo inferior. Por isso, o homem recebe directamente dos kami uma componente natural, um ideal celeste a ser realizado nesta vida, modelo de vivência dado e aceite como meta, e que representa a ligação da vida humana à vida divina. Este é o maior conceito moral do Xintoísmo, o chamado michi, termo que significa “caminho”. Trata-se de um ideal de justiça e de carácter, de que ninguém se deve afastar, elemento básico da vida xintoísta e do próprio culto. O michi, obediência ao curso da natureza, reveste-se duma extrema simplicidade e naturalidade.
Para o Xintoísmo, a vida só alcança o seu sentido e a sua finalidade se for vivida na pureza, que é o seu estado natural. A vida que não leva isto em conta é radicalmente antixintoísta e não agrada aos kami que, desgostosos, podem mandar vários tipos de desgraças para avisar o pecador, e até mesmo castigá-lo. Procura-se esse ideal de pureza, tanto corporal como mental e espiritual, que leva o homem à sua plenitude. Embora o homem não possa controlar tudo o que acontece e pode danificar a sua pureza, tem a responsabilidade de procurar viver uma vida autenticamente xintoísta, recta, clara e honesta, segundo a vontade dos kami.
Vítima de forças que lhe escapam, o homem corrompido é alguém que deixou de pertencer, durante algum tempo, ao mundo da bondade e da felicidade, possuindo, porém, o direito de voltar a ele. Por isso, o pecado e a falta moral, embora reconhecidos, revestem um carácter diferente do que têm para os ocidentais.
Aquilo que pode danificar a pureza pode ser de carácter voluntário ou involuntário. As faltas voluntárias são verdadeiros pecados, da responsabilidade daquele que os pratica, e denominam-se tsumi. As faltas involuntárias não fazem, obviamente, a pessoa incorrer em igual responsabilidade, embora ela possa ter contribuído para a situação, devido à sua má conduta ou imprudência. Incluem-se neste grupo as calamidades ou desgraças (wazawai) e as manchas, impurezas (kegari), adquiridas por contactos com elementos como a cadáver, o sangue, as relações carnais, etc. Estes males, como vimos, têm origem no mundo inferior, que envia as calamidades e impurezas e incita aos crimes. Para afastar a sua nefasta influência, realizam-se vários tipos de exorcismos.
Isto, que parece uma confusão entre mal moral e acontecimentos fortuitos, tem a sua justificação no preceito fundamental da pureza que, para muitos pensadores xintoístas, se sobrepõe aos ritos e ao culto.
Tudo isto é a concepção geral acerca da moralidade. No que se refere ao concreto, as concepções morais rigidos do Xintoísmo apresentam bastante pobreza, pois não se encontram códigos morais definidos propriamente ditos, como existem noutras religiões orientais, como o confucionismo, por exemplo. O michi apresenta-se como algo extremamente vago e simples, o que pode levar a pensar que o Xintoísmo rejeita propositadamente qualquer tipo de regras concretas de moral.
Mas, a este respeito, um grande teólogo xintoísta, Motoori (1730-1801), apresenta uma teoria interessante. Diz ele que os homens foram naturalmente dotados pelos kami de conhecimento do que devem ou não fazer, pelo que não precisam de códigos morais. Se necessitassem de tal coisa, seriam inferiores aos animais que, embora em grau inferior, sabem como devem proceder. A ausência deliberada dum código moral no Xintoísmo é, para Motoori, motivo de orgulho, pois significa que aos japoneses basta-lhes seguirem a moral do coração e do espírito puro, neles inscrita pelos kami. Os chineses e outros, por exemplo, com as suas abundantes teorias morais, só mostravam que eram, na verdade, pessoas perversas e depravadas.
Culto
Finalidade do culto xintoísta
As práticas do Xintoísmo têm a finalidade de se dirigirem aos kami, para que escutem a oração dos fiéis. As orações podem ter diversos sentidos: pedidos, muitas vezes relacionados com a vida do dia-a-dia ou com alguma ocasião importante; acções de graças, por um benefício concedido, uma meta atingida, um obstáculo ultrapassado; promessas de acção futura em favor dos homens e da sociedade; tentativas de aplacar a fúria dos kami, irritados por alguma coisa; ou, muito simplesmente, para os louvar, rendendo-lhes homenagem sincera, sem esperar propriamente nada de especial em troca.
Através de vários elementos, os fiéis podem estabelecer relação com os kami, relação muitas vezes de carácter filial, em que uma divindade é tutelar de dada região ou localidade. Os “paroquianos” estabelecem especial ligação com esse kami, que os atende e protege, nos mais variados acontecimentos da sua vida.
Organização sacerdotal
Os santuários têm ao seu serviço um número variável de sacerdotes, que neles oficiam de vários modos. São designados pelo termo kannushi, que significa “pessoa que pertence ao kami”, ou então pelo termo chinês shinkoki, “pessoa cuja profissão é servir a divindade”.
A sua principal função é a de servir e adorar os kami e servir como um elo entre eles e os crentes através da execução dos ritos nos santuários, visando assegurar a proteção do povo japonês e do imperador.
Não costumam falar em público, tendo sido mesmo proibidos disso em 1885, no contexto do Xintoísmo de Estado. Hoje em dia, porém, os sacerdotes pregadores começam a ser apreciados. Não são considerados como chefes ou guias espirituais, mas somente como oficiantes de atos de culto, a pedido dos fiéis e em seu benefício.
O sacerdócio xintoísta é aberto às mulheres. As sacerdotisas têm mesmo tendência a aumentar, encontrando-se algumas à frente de grandes templos. O sacerdócio feminino desenvolveu-se no Japão após a Segunda Guerra Mundial. Para além de sacerdotisas, as mulheres podem ainda ser mikos. Uma miko é uma virgem que leva uma vida monástica, ajudando os sacerdotes a executar os ritos nos templos e executando as danças sagradas. Exercem estas funções durante cinco a dez anos.
Os sacerdotes repartem-se por várias categorias. A mais elevada é a de Princesa consagrada ao kami, uma princesa virgem da família imperial. Atualmente, só existe uma, no santuário de Ise. Em seguida, temos o Grande Sacerdote, à frente de cada santuário, e depois o restante clero, que se reparte por funções diferenciadas.
Hoje em dia, verifica-se uma nova preocupação em revitalizar o Xintoísmo e os santuários, buscando novas tendências, pelo que se tem agora grande cuidado com a preparação intelectual e teológica dos candidatos a sacerdotes. Os regulamentos atuais prevêem vários diplomas possíveis, dos quais pelo menos um é exigido aos sacerdotes, que apenas o obtêm após vários anos de estudo em universidades ou institutos especiais. Hoje em dia a formação de um sacerdote xintoísta é garantida pela frequência de um curso na Universidade de Kokugakuim ou da Universidade de Kogakkan.
Os sacerdotes, uma vez consagrados, mantêm as suas funções habitualmente toda a vida, mesmo não sendo obrigados a exercê-las. Moram fora do santuário, com exceção do Grande Sacerdote. Os sacerdotes xintoístas não são obrigados a levar uma vida de castidade, podendo casar e fundar uma família, o que geralmente fazem.
As vestes sacerdotais apresentam grande beleza artística, de raízes nos séculos passados, mas só são utilizadas nos santuários e em ocasiões especiais na rua. A indumentária para o culto fica completa com um toucado especial e sapatos próprios. Sobre a testa de um “Yamabushi”, coloca-se uma pequena caixa preta chamada “tokin”, que é amarrada à sua cabeça com um cordão preto. Durante as cerimónias, os sacerdotes costumam trazer também uma espécie de ceptro de madeira, que tem um significado purificador, mas sobre o qual não recai qualquer tipo de veneração.
Fora das funções rituais, os sacerdotes não usam qualquer tipo de sinal exterior, que os distinga dos leigos.
Os santuários
Os santuários xintoístas espalham-se por todo o Japão, constituindo lugares privilegiados de culto. Mas, embora surjam por todo o lado, têm geralmente alguma razão especial para existir: um fenómeno natural, um acontecimento histórico ou mítico, a simples devoção pessoal ou o patronato político. Também os há motivados por revelações em sonhos, ou porque simplesmente era necessário um lugar de culto naquele local.
Quando o local de construção de um novo santuário é escolhido, põe-se em prática uma série de ritos, destinados a purificar o lugar e a invocar a presença do kami, para que se digne vir habitar naquele sítio. Se mais tarde for decidido deixar aquele santuário ou mudá-lo para outro lugar, existem os ritos inversos, pelos quais se convida delicadamente o kami a retirar-se.
O santuário encontra-se na base do Xintoísmo. É nesse local que a divindade habita e que escuta os seus fiéis, e é também centro de ligação da comunidade e de partilha de identidade. Neste contexto, podem distinguir-se três grandes tipos de santuários, conforme a abrangência que possuem:
• os de dimensão local, centros de partilha de uma comunidade reduzida, onde se venera o kami da localidade. Este tipo de santuário congrega em torno de si as pessoas da aldeia, que sentem uma filiação comum em relação à divindade. O santuário aparece como local de estreitamento de relações entre kami e paroquianos.
• santuários de tipo particular, mais abrangentes, procurados por motivos concretos e determinados, como o êxito nos negócios ou nos estudos, ou outro tipo de protecção especial. Este género de santuários encontra-se por todo o Japão.
• por último, os grandes santuários nacionais, destino de peregrinação de milhões de pessoas, todos os anos, dos quais o mais importante é o de Ise, já referido, em honra da deusa Amaterasu, e que está directamente ligado à casa imperial.
Além destes, há ainda templos dedicados a kami de guerra, a valores marciais ou em honra de pessoas notáveis, a quem se pedem favores específicos.
O santuário é entendido como um local onde as pessoas se vêm “refrescar” espiritualmente. Neles, está-se em profunda comunhão com a natureza, que abre o homem a uma espiritualidade plena e à identificação pessoal com os kami.
Os templos xintoístas podem assumir as mais diversas formas e tamanhos, mas apresentam certos aspectos em comum. Todos eles são constituídos por um edifício, ou um conjunto deles, inseridos num espaço envolvente, rodeados pela natureza. Têm particular importância as árvores, principalmente a árvore sagrada, sakaki, utilizada em muitos dos rituais.
O espaço em volta do edifício principal é por vezes muito extenso, e apresenta-se dividido em várias partes. Ao longo do caminho, que nunca é em linha recta, encontra-se uma série de diferentes elementos separadores, que marcam também etapas duma caminhada espiritual. São eles:
• os torii, muito característicos dos templos japoneses, que são uma espécie de portais sem porta, constituídos por dois postes verticais e duas traves horizontais. Aparece um de imediato no início do caminho e depois geralmente mais dois, ou mesmo uma grande fila deles. A série de torii repete-se para cada via de acesso ao santuário;
• pontes, por vezes várias, até se chegar ao templo algumas monumentais e muito elaboradas. A água é um elemento purificador, pelo que os cursos de água debaixo das pontes constituem uma eficaz barreira contra toda a impureza;
• barreiras e paliçadas, com portas, que simbolizam a entrada no local sagrado, reservado ao homem puro.
Encontram-se também jardins, lagos, lanternas. Ainda antes de se chegar ao edifício principal, depara-se um tanque de água limpa, geralmente abrigado por um alpendre, no qual os fiéis se lavam, purificando-se de todas as impurezas e pecados, servindo-se, para isso, dumas colheres compridas de bambu, para tirar a água.
É costume também, em ocasiões solenes, libertar aves, peixes e outros animais.
Chegamos, finalmente, ao edifício do templo. Pode haver vários, num mesmo santuário, dirigidos a diferentes kami. Têm geralmente dimensões modestas, não obstante a grande diversidade de tamanhos. São constituídos por três secções:
• uma sala de orações (Haiden) para os fiéis, onde eles dirigem as suas preces ao kami. À entrada está uma grande caixa de madeira, para depositar moedas, e um sino, ligado a uma corda, que serve para advertir o kami da presença do fiel;
• uma sala de oferendas, reservada aos sacerdotes (Heiden);
• uma sala mais pequena (Honden), nunca visitada, considerada a morada física do kami, e onde podem estar depositados objectos simbólicos, como espelhos, jóias ou espadas, invólucros onde reside o espírito da divindade. O espelho, particularmente, é considerado morada privilegiada do espírito divino, e tem origem muito antiga, sendo já mencionado na mitologia japonesa.
Alguns templos prevêem nos seus estatutos serem totalmente reconstruídos periodicamente. É o caso do templo de Ise, reconstruído de vinte em vinte anos. Essa ocasião é rodeada de ritos próprios, para convidar o kami a mudar de residência. Embora reconstruídos, os templos mantêm o estilo do anterior, pelo que os novos não diferem dos antigos e originais.
Alguns santuários possuem também uma espécie de museu, não raras vezes repleto de peças de grande valor, consideradas espólio da divindade.
Os ritos exercidos nos santuários, apesar de muito diversos, apresentam o seguinte esquema: o sacerdote, depois de purificado, invoca o kami. Faz ofertas propiciatórias, de bebidas e alimentos, a que se segue a oferta de jogos, danças e representações, para entreter a divindade. No fim, o kami é convidado a retirar-se, seguindo-se uma refeição fraterna.
Ritos de purificação
A purificação é uma prática fundamental em toda a prática xintoísta. É por ela que o homem se liberta, regressando ao seu estado inicial de pureza, a que tem direito. Para a purificação, que antecede qualquer acto religioso, particular ou comunitário, utilizam-se diversos ritos, que assumem formas diferentes.
Os kami não suportam a impureza, pelo que se exerce sempre um conjunto de práticas purificativas antes do culto propriamente dito, que tornam puros os participantes, os objectos e as oferendas. Os ritos de purificação assumem três formas distintas:
• o misogi, que consiste na purificação por meio da água. A água é tida como poderoso elemento purificador, crença já muito antiga, pois é referida na mitologia: o deus Izanagi, depois de fugir dos infernos, banhou-se na água dum rio, para se purificar das imundícies contraídas naquele lugar. Ao banhar-se ou lavar-se na água, o fiel xintoísta obtém a purificação das impurezas, tanto das voluntárias como das involuntárias. Pela água, purifica-se o corpo e a alma. O misogi é depois estendido a níveis sucessivamente superiores: o coração, o meio envolvente, a alma;
• o harai, que é um tipo de purificação algo próximo do exorcismo. É realizado por um sacerdote, que agita sobre o que deve ser purificado ramos da árvore sagrada, sakaki, ou uma vara com tiras de papel penduradas, ónusa e joga-se um punhado de sal. Por este meio, obtém-se a purificação de todas as manchas, corporais e espirituais, bem como o afastamento de todas as influências malignas.
Duas vezes por ano, no fim de Junho e de Dezembro, realiza-se uma purificação solene, ou grande exorcismo, o chamado o-harai. No recinto do santuário, reúnem-se muitas pessoas, que recebem umas tiras de cânhamo ou de papel branco (kirinusa). Depois de recitar a oração de purificação, o sacerdote agita a vara com os papéis, enquanto as pessoas agitam também as suas tiras. Estas tornam-se objectos de substituição, contendo todas as impurezas, e são lançadas a rios ou ao mar. Nalguns santuários, um exercício semelhante é feito com papéis recortados em forma humana (hitogata), que a pessoa passa pelo corpo, depois de neles ter escrito o nome;
• o imi, que é um período de jejum a ser realizado antes das cerimónias. Tem duração diferente, conforme a importância do rito. Consiste em abster-se de determinados alimentos e bebidas, bem como de palavras e acções menos próprias. É um período de recolhimento pessoal, evitando todo o tipo de impureza, sem se ouvir música e sem se preocupar com assuntos que causem fadiga ou sofrimento. Este tipo de purificação é principalmente realizado pelos sacerdotes, que se retiram para outro lugar e fazem abluções. Após este tempo, qualquer pessoa está apta a participar nas cerimónias mais importantes.
Culto individual
Templo xintoísta de Jyuniso.
Na sua vida diária, todo o fiel xintoísta tem a obrigação de prestar homenagem aos kami, o que pode ser feito nos mais variados lugares e ocasiões, desde a casa até ao templo passando pelo campo ou pela rua.
Revestem uma importância particular as visitas aos santuários, que podem ser realizadas com diferentes objectivos: prestar contas, louvar, agradecer ou rogar. Todos os fiéis têm como dever ir visitar periodicamente o kami e relatar-lhe o que lhe tem acontecido na vida diária, não no intuito de pedir perdão, mas para simples informação. É comum também agradecer graças recebidas ou louvar simplesmente o kami. O pedido de graças faz-se geralmente em favor de outra pessoa ou da sociedade, pois considera-se de mau tom pedir para si próprio. As orações também não devem ser muito longas, complexas, para não aborrecer o kami. Muitas vezes, são os sacerdotes os encarregados de transmitir as preces às divindades, devendo saber interpretar, por sinais diversos, se a oração foi ou não bem recebida. A adivinhação é um rito que também acompanha frequentemente o rito individual: faz-se através de varetas numeradas, dentro duma caixa, que correspondem a predições e conselhos.
Põem-se em prática também uma série de rituais específicos, entre os quais o mais característico é o bater das palmas. Depois de reverências solenes, diante do templo do kami, o devoto bate várias vezes as palmas, finalizando de novo com reverências. Este gesto parece destinar-se a atrair a atenção da divindade, mas o seu sentido não se esgota simplesmente aí.
As ofertas feitas são geralmente de ramos de sakaki, a que se prendem tiras de papel.
Em sua casa, os fiéis têm geralmente um pequeno altar doméstico (kamidana), onde colocam vários amuletos: um do santuário local, outro do grande santuário nacional de Ise, e mais algum, conforme as devoções e preferências. Todas as manhãs, são feitas oferendas: saquê (aguardente de arroz), arroz, sal. Acende-se uma lamparina e fazem-se orações aos kami.
Um outro costume é o das peregrinações. Os japoneses apreciam peregrinar, ganhando méritos pela austeridade e pelas privações. Mas é claro que hoje em dia as viagens são muito mais confortáveis. É hábito ter um livrinho, onde se registam os emblemas dos vários santuários percorridos, assim como adquirir amuletos, que servem de recordações.
Festas
A religião xintoísta comemora um grande número de festas, com uma grande variedade de costumes e de motivos para celebrar. Não raramente, verifica-se um grande intercâmbio entre religião e estado civil: várias festividades xintoístas são feitas feriados, e vice-versa. As festas dividem-se em dois grupos: as comunitárias, respeitantes à população em geral, e as particulares, de âmbito mais pessoal e familiar.
Diversos tipos de ritos festivos são celebrados nos santuários. Cotidianamente, fazem-se cerimónias de oferendas, de manhã. No primeiro dia de cada mês também há ritos próprios. Estes são ritos de dimensão modesta.
Reisai
Cada santuário, uma ou duas vezes por ano, celebra uma data festiva, relacionada com o kami ou com o seu templo. O dia em que é celebrada a festa pode ter múltiplos significados: pode corresponder ao dia de fundação do santuário, a um dia importante na sua história ou ser um dia associado à divindade do santuário.
Durante estas festas ocorre geralmente uma procissão dos kami, razão pela qual as festas são também chamadas de shinkó-sai (”Festa da Procissão dos Deuses”) ou togyo-sai (”Festa da Augusta Travessia”). Os kami são instalados num carro (hóren) ou num palanquim (mikoshi) e são passeados pela aldeia ou cidade.
Junta-se muita gente, que agita ramos de árvore e estandartes, fazendo daquele acontecimento algo muito colorido e vistoso. Estabelecem-se locais de paragem, para o kami descansar. A finalidade deste acto é simplesmente entreter e divertir a divindade, pedindo-lhe, ao mesmo tempo, que continue a dispensar a sua protecção. Estas festas são também ocasião para jogos, artes e danças, tendo especial significado para o estreitamento de laços entre kami e paroquianos, e destes entre si.
Festas da Primavera
São várias as festas da Primavera (haru matsuri). No dia 17 de Fevereiro desenrola-se a festa Toshigoi-matsuri no palácio imperial e em todos os santuários do Japão, durante a qual é feita uma prece que solicita boas colheitas e a prosperidade do país.
Festas do Verão
Estas festas (natsu matsuri) são essencialmente urbanas e tem como principal objectivo afastar as calamidades.
Uma das festas de Verão mais conhecidas é o Festival de Gion que se desenrola no santuário Yasaka em Quioto no mês de Julho e que inclui uma marcha com carros ricamente decorados. Segundo a tradição esta festa teria surgido no começo da época Heian, num tempo marcado por grande número de epidemias; para afastá-las os demónios aos quais se atribuíam estas doenças realizavam-se orações.
Outra importante festa é a do Rei Celeste (Tennó-matsuri) que tem lugar no santuário Tsushima situado na cidade com o mesmo nome (em Aichi). Na véspera da festa ocorre uma cerimónia na qual todas as impurezas são colocadas em canas que são largadas no rio. No dia da festa vários barcos, decorados com lanternas, deslizam pelo rio Tenno ao som de música e à luz de fogos-de-artifício.
Festas do Outono
As festas do Outono (aki matsuri) servem para agradecer às divindades pela existência de uma colheita abundante.
No santuário de Ise, a 17 de Outubro, decorre o importante rito do kanname-sai (”cerimónia da prova”), durante o qual as primícias das colheitas dos cereais são oferecidos à deusa Amaterasu. São também feitas oferendas das primeiras espigas de arroz cultivadas pelo imperador e pelos agricultores das províncias.
A 23 de Novembro, é o dia de Agradecimento pelo Trabalho, com novas ofertas e orações pela prosperidade do Japão.
Feriados
• O Ano Novo, em que os fiéis acorrem aos santuários, para a primeira peregrinação do ano
• O dia da Fundação da Nação, a 11 de Fevereiro, data tradicional da subida ao trono do primeiro imperador (660 a.C.), em que se ora pelo progresso do império
• O dia do Respeito pelas Pessoas Idosas, a 15 de Setembro, em que se apela ao amor e agradecimento aos mais velhos
• O aniversário do imperador, actualmente a 23 de Dezembro, em que se ora por ele e pelo país
• Outros feriados, todos eles com ritos especiais: os equinócios; o Dia do Respeito pela Natureza (29 de Abril); o Dia da Constituição (3 de Maio); o Dia das Crianças (5 de Maio); o Dia do Desporto (10 de Outubro), o Dia da Cultura (3 de Novembro).
Xintoísmo e ciclo de vida
Os vários momentos da vida humana, muitas vezes ligados a ritos de passagem, são ocasião para realizar um tipo de festas de motivação mais pessoal, realizadas no seio da família. São ocasião de agradecimento, de pedido e de renovação de propósitos para com os kami.
Primeira apresentação no santuário
A primeira apresentação no santuário ou hatsumyia mairi consiste em levar ao santuário local os recém-nascidos para serem apresentados às divindades. No caso dos meninos a apresentação ocorre no trigésimo primeiro dia e nas meninas no trigésimo terceiro dia (embora possam ocorrer variantes locais quanto ao número de dias). No passado era hábito a criança ser levada ao santuário pela avó, porque se considerava que a mãe estava impura por ter dado à luz, mas hoje em dia a criança é muitas vezes levada pela mãe.
Shichigosan
No dia 15 de Novembro as famílias deslocam-se aos santuários com os filhos para agradecer aos kami o fato destes gozarem de saúde e para orar pelo seu crescimento. As crianças que acompanham os pais são os meninos de três e cinco anos e as meninas de três e sete anos. O nome do festival deriva precisamente da idade das crianças: shichi(sete), go (cinco) e san (três).
Celebração da maturidade
A 15 de Janeiro celebra-se a festa da Idade Adulta (Seijin Shiki). Nesse dia os jovens com vinte anos reúnem-se nos santuários para receber uma bênção, embora a festa também possua um carácter estatal, com cerimónias nas prefeituras. A Constituição japonesa atribui a maioridade aos jovens que atingiram os vinte anos.
Outros momentos
• votos por um parto fácil: no quinto mês, a mulher grávida coloca no ventre um cinto de tecido branco, purificado, para proteger o feto, e ora pela criança que vai nascer;
• as festas chamadas de sekku, que para os meninos é no dia 5 de Abril, em que se estendem estandartes em forma de carpa, se fazem bonecos em figura de guerreiros e se oferecem bolos. Para as meninas, é no dia 3 de Março, em que se colocam bonecas sobre um estrado e se oferecem bebidas, doces e bolos;
• a entrada na vida activa, que é ocasião para o jovem agradecer aos kami, comprometendo-se a dar o seu melhor para o serviço da sociedade;
• o casamento, que é celebrado numa cerimónia muito solene, na presença de um sacerdote, que inclui oferendas, orações e promessas aos kami, seguindo-se um banquete;
• a expulsão das maldições. Certas idades são consideradas nefastas, sujeitas a desgraças: 35, 42 e 61 anos para os homens e 19, 33 e 37 anos para as mulheres. Nessas alturas, um sacerdote realiza um exorcismo próprio e recomenda bastante prudência, pois as dificuldades ameaçam acumular-se;
• as festas de longevidade: certos aniversários são comemorados com uma festa familiar e uma visita ao santuário. É o que se faz no 60º, 70º, 77º, 80º, 88º, 90º e 99º aniversários.
Influências
A tradição religiosa do xintoísmo é anterior ao budismo, que posteriormente foi introduzido no Japão no século VI. O contato entre as duas religiões modificou ambas. Os budistas adotaram divindades xintoístas, e estes, que consideravam seus deuses espíritos invisíveis e sem formas precisas, aprenderam com o budismo a erigir imagens e templos votivos. Proclamou-se inclusive que as duas religiões eram manifestações diferentes da mesma verdade, o que originou uma tendência sincretista. Ambas religiões representam a religiosidade japonesa e os japoneses chegam a praticar os ritos de ambas tradições de acordo com a natureza da ocasião (por exemplo, preferem rituais xintoístas para rituais de nascimento e casamento e rituais budistas em eventos fúnebres).
Algumas das novas religiões japonesas tem forte influência xintoísta.
O xintoísmo não pretende converter, por isso sua expansão fora das ilhas japonesas limitou-se geralmente a descendentes de japoneses.
Ver também
A Wikipédia possui o portal:
Portaleligiã

• Santuário de Itsukushima
• Mitologia japonesa
• Animismo
• Religiões do Oriente
Referências
1. ↑ a b SOKYO, Ono. Shinto: The Kami Way. 1st ed. Rutland, VT: Charles E Tuttle Co, 1962. 2 p. (OCLC 40672426) ISBN 0-8048-1960-2
2. ↑ a b c d RICHARD PILGRIM, Robert Ellwood. Japanese Religion. 1st ed. Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice Hall Inc, 1985 pages. ISBN 0-13-5092282-5
3. ↑ “BOCKING, Brian. A Popular Dictionary of Shinto. 1st ed. Lincolnwood, Illinois: NTC Contemporary Publishing Company, 1997. vii p. ISBN 0-8442-0425-0
4. ↑ Centro de Estudos de Países da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos
Ligações externas

O Wikiquote possui citações de ou sobre: Xintoísmo
• Kokugakuin University Encylopedia of Shinto (em inglês)
• Religion & Ethics - Shinto (em inglês)
• Shinto: the faith of Japan (em inglês)
• Religiosidade Japonesa no Brasil (em português)
• Templo Xintoista do Brasil (em português)



Textos míticos Kojiki • Nihon Shoki • Fudoki • Kujiki • Kogo Shūi • Hotsuma Tsutae • Nihon Ryōiki • Konjaku Monogatarishū • Shintōshū

Mitos da criação
Kotoamatsukami • Kamiyonanayo • Kuniumi • Kamiumi • Izanami • Izanagi • Watatsumi

Mitologia de Takamagahara Amaterasu • Susanoo • Tsukuyomi • Ame-no-Uzume

Mitologia de Izumo Yamata no Orochi • Hare de Inaba • Ōkuninushi

Mitologia de Hyuga Tenson kōrin • Ninigi • Konohanasakuya-hime • Hoderi • Hoori • Toyotama-hime • Ugayafukiaezu

Era humana Imperador Jimmu • Tagishimimi • Kesshi Hachidai

Locais míticos Ryūgū-jō • Takamagahara • Amano-Iwato • Yomi • Izumo • Ashihara no Nakatsukuni • Hyūga

Xintoísmo • Kami • Os Sete Deuses da Sorte

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Xintoísmo
” O êxito nunca é uma dádiva
e sim uma conquista “.
Marden
Disponivel em: . Acesso em 19 fev 2012.

Templo O Shintoismo (Xintoísmo) é uma religião essencialmente japonesa e que retrata bem a maneira de ser daquele povo. Não é fácil se admitir que ela condicionou a imagem da maneira de ser do povo japonês ou se foi o inverso, a maneira de ser desse povo que condicionou os aspectos do Shintoismo. Pessoalmente aceitamos mais esta segunda possibilidade, pois que aquela religião não tem um fundador nem um texto que possa ser tido como escritura sagrada. Na verdade essa religião foi se construindo a partir de uma variedade imensa de costumes, e cujo panteão é composto por um aglomerado de deidades inerente a cada região, a cada clã e mesmo a determinados lugares e pessoas.


O Xintoísmo é a religião japonesa mais antiga, o seu início é obscuro, mas tudo indica que já existia na metade do primeiro milênio a.C., mas que somente a partir do sexto século d.C., quando o povo japonês começou lentamente a integrar com as demais civilizações continentais, foi que os registros foram sendo conhecidos fora do Japão. Naquele período existia como uma mistura amorfa de cultos relacionados com a adoração à natureza, com a fertilidade, com métodos de adivinhação, devoção aos heróis, e ao shamanismo.
O Shintoismo, portanto, foi se constituindo a partir da junção de tudo o que referimos antes, por isto se trata de uma religião que não teve um fundador como aconteceu com o Budismo, o Cristianismo, o Islamismo e outras. Por esta razão também tem qualquer cânon de escrituras sagradas, nem uma filosofia religiosa explícita, ou um código moral específico. Suas raízes estão fixadas apenas em práticas religiosas pré-históricas. Na verdade o Xintoísmo derivou da adoração japonesa de deuses terrestres e ancestrais desde o começo da sua história quando todo clã tinha seu próprio deus (Ujigami).
Os deuses do Shintoismo são em grande número, cerca de oito milhões de deidades. Também é muito elevado o número de santuários dedicados às deidades do shinto e que começaram a ser erguidos a partir do 3º e 4º séculos.
O Xintoísmo confere qualidades divinas ao Sol, aos astros, e também a locais específicos tais como rios, lagos e lugares de grande beleza natural como bosques, fontes, pedras, montanhas, como acontece com referência ao Monte Fuji (Montanha Sagrada do Japão).
No panteão das deidades do Shinto também estão incluídos elementos abstratos como a fertilidade, o crescimento, a beleza, a produtividade, etc. incluindo-se a alma de pessoas importantes tais como guerreiros, líderes, poetas. Nesta relação inclui-se a família imperial (A deusa Amaterasu de quem acreditam descender a família imperial) assim como também um imenso número de divindades ancestrais de clãs (uji).
Um outro aspecto do Shintoismo, com referência às deidades, compreende a adoração em santuários (jinja) estabelecidos em honra a elas e nos quais determinadas deidades podem residir. Afirmam que uma deidade pode também residir em objetos (Shintai objeto sagrado no qual o kami reside).
Talvez o símbolo mais universalmente conhecido seja o Torii, trata-se de um portal composto por dois suportes verticais e dois horizontais pintados de vermelho e que é colocado na entrada dos templos demarcando a área sagrada do santuário e sob o qual os devotos costumam passar.
Há datas especiais de adoração, momentos importantes relativas ao ciclo da vida de indivíduos (nascimento, mocidade, matrimônio, e mais recentemente, e até mesmo de exames de entrada escolares). Também há as datas festivas (matsuris) relativas aos diversos períodos anuais, tais como o ano novo, o advento do plantio do arroz, o solistício do verão, o início da colheita, e assim por diante.
Existe um número imenso de santuários xintoístas. Há santuários de importância nacional, como o Santuário Principal de Ise, consagrado a Amaterasu, e associado com a família imperial, pelo que se constitui um centro nacional de peregrinação, mas o número de santuários é fabuloso, especialmente porque normalmente cada família tem seu próprio, e até mesmo cada pessoa em particular. As famílias costumam ter um “matsuri” especial relativo à sua própria história e fundação.
Em muitas ocasiões os santuários estão repletos de devotos que buscam bênçãos para suas fortunas, e purificações que são conferidas pelos sacerdotes.
No período de Heian (710 - 1185 d.C.) o Xintoísmo sofreu grande influência do Budismo Indiano. Assim certos kami foram criados como manifestação de Budhas. Grandes influências da cultura chinesa se fizeram sentir sobre o Xintoísmo, tanto quanto do Confucionismo.
Durante o período de Tokugawa (1603 - 1868), as seitas budistas se tornaram instrumentos do regime feudal, por isso o Xintoísmo passou a ser considerado cada vez mais como a fonte exclusiva da identidade japonesa, em detrimento de outras ideologias estrangeiras e a partir daí a influencia budistas e confuncionista decresceu.
A palavras Xintoísmo quer dizer modo dos deuses, cuja essência é “kami”.
Os xintoísta dizem que tudo tem seus próprios espíritos os quais eles chamam “kami”. Até mesmo um homem se torna Kami quando ele morre. Dizem que existem oito milhões Kami no mundo, mas tendo-se em mente que a palavra milhões apenas significam “muitos” por isto o número de Kami é considerado muito superior àquela quantidade. Dizem que o Espírito Divino é encontrado em todas as coisas quer sejam nas coisas do céu quer da terra. Pensando assim para os xintoístas existem os “kami” das montanhas - especialmente o Monte Fuji - do sol, da lua, dos planetas, das estrelas, e até mesmo das plantas, dos animais, dos seres humanos. Também há um “kami” de uma cerejeira que floresce, de uma árvore bonsai, dos jardins formais, e do Sakaki (a árvore santa). Podemos ver que os “kami” num certo sentido são equivalentes aos elementais da natureza citados por outras doutrinas.
De um modo geral o xintoísta reconhece o Sol como um irmão querido; as montanhas, como irmãs; os animais, como irmãos; as flores, como irmã, e assim por diante.
Entre os inúmeros “kami”, há aqueles que são responsáveis pela boa colheita e tem o nome de “Fuku-nenhum-kami” e também os que trazem desastres, chamados de Magatsu-Kami. Por isto dizem ser importante se invocar Fuku-nenhum-Kami e repelir Matatsu-Kami.
No xintoísmo existem muitos festivais anuais, praticamente cada efeméride, cada fase do calendário anual (Primavera, inverno, outono, verão) é assinalada com um deles e ligados aos festivais existe um número expressivo de canções e danças compondo rituais específicos.
No Japão cada aldeia tem seu próprio santuário de shinto no qual é divinizado o kami mais importante na aldeia. Algumas divinizaram kami da água (Ryu-jin ou um espírito de dragão); outras, o kami de uma velha árvore, e assim por diante. Quando um membro importante de uma aldeia morre, ele pode ser aceito como um Kami secundário.


O Xintoísmo aceita o mundo material como bom em contraposição ao Budismo que o considera mal. Estes conceitos opostos resultam do Xintoísmo ser dualista e o Budismo Monista, como discutiremos noutra palestra.
Segundo os xintoístas foram os “kami” que criaram as ilhas de Japão e que a deusa do sol Amaterasu foi à mãe do primeiro imperador que foi enviado a terra para fundar a dinastia imperial. Esta convicção era sagrada e se tornou a base de Xintoísmo Estatal, e como conseqüência o Imperador se tornou símbolo da unidade da nação. Esta tradição foi que determinou o respeito pelas autoridades do estado, especialmente pelo Imperador e a sua família. Este tem sido um conceito sempre foi muito arraigado na cultura japonesa e que fez com que o Xintoísmo fosse a religião oficial do Japão por muito tempo.
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Autor: José Laércio do Egito - F.R.C.
email: thot@hotlink.com.br





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CAMPO ENERGETICO UNIFICADO
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
ma entrevista com John Hagelin
Por Dennis Hughes, Share Guide Publisher
Disponivel em: . Acesso em 19 fev 2012.
John Hagelin, Ph.D. é uma autoridade mundial sobre os fundamentos da consciência humana. Sob a orientação de Maharishi Mahesh Yogi, ele tem dado grandes contribuições na reformulação sistemática da antiga ciência Vêdica da consciência. Perito na teoria do Campo Quântico Unificado, a contribuição científica do Dr. Hagelin no campo das partículas físicas e cosmologia inclui alguns dos mais citados trabalhos em Física.
Ele é o co-desenvolvedor daquilo que é agora considerado a principal candidata a Teoria do Campo Unificado, e dedica-se a aplicar as últimas descobertas científicas acerca da compreensão das leis naturais para o benefício individual e da sociedade. Em 1992, Dr. Hagelin aceitou ser presidente do recentemente formado Partido da Lei Natural (Natural Law Party). Sob a sua liderança, o partido se tornou o primeiro “partido alternativo” a alcançar “status” de partido nacional na Comissão Eleitoral Federal e ter seu candidato presidencial qualificado igualmente aos fundos federais
The Share Guide: Nós todos sabemos que o mundo está num estado frágil hoje, em muitos níveis. Que passos nós podemos dar como indivíduos para promover a saúde de nosso planeta?
Dr. John Hagelin: O impacto de nossas ações, individualmente e coletivamente, é inconcebivelmente vasto. Nós todos podemos apreciar, em alguma extensão, o impacto ambiental do comportamento poluidor. Mas, baseado naquilo que sabemos sobre o universo, o verdadeiro impacto de nossas ações é amplo demais. Por exemplo, a teoria do caos estabelece que nossos muitos minutos de ação podem ter incalculáveis largos efeitos. Isso coloca uma grande carga de responsabilidade em todos. Exercitar a consideração do senso comum e tomar cuidados com nosso ambiente é um bom começo. Mas se nós realmente queremos proteger nosso planeta contra os efeitos negativos do comportamento humano, devemos fazer nosso pensamento e ação, espontaneamente, ficar de acordo com a Lei Natural. Devemos alinhar nosso comportamento com a Inteligência Universal que governa o universo e sustenta milhões de espécies na Terra. Felizmente, é natural um comportamento espontâneo alimentador da vida, a fisiologia do cérebro humano dificilmente está conectada à experiência da Iluminação (os mais elevados estados da consciência em que nós diretamente experimentamos e nos tornamos conectados com a Inteligência Cósmica, ou Campo Unificado na terminologia da física moderna). O desenvolvimento de nosso potencial cerebral total e a resultante expansão da compreensão humana como Ser Universal, devem ser o alvo da Educação hoje.
The Share Guide: Campo Unificado é outro termo para a Consciência Cósmica?
Dr. John Hagelin: O Campo Unificado é o mais profundo nível da realidade física descoberto pela Ciência. É um campo universal de inteligência da Natureza que governa o vasto universo em perfeita ordem. Consciência Cósmica é o estado de Iluminação, um estado de consciência humana em que a mente individual experimenta (e se identifica com) a inteligência universal. Nesse estado, o ego individual expande-se para se tornar o Cosmos. Todos os indivíduos são indivíduos Cósmicos e suas ações são suportadas espontaneamente por toda a vida.
The Share Guide: Estou interessado na conexão entre a meditação individual e o Campo Unificado. Como isso se dá, em relação com a prática de meditação diária? E como isso se transforma em criação de paz no mundo?
Dr. John Hagelin: A conexão é simples. Durante a meditação, a consciência rapidamente se expande para uma experiência de consciência universal (o Campo Unificado). A consciência individual se identifica temporariamente com a consciência universal no mais simples estado de consciência, o estado que os fisiologistas chamam “pura consciência”. Entretanto, nem todas as técnicas de meditação atingem essa experiência de pura consciência. Minhas observações foram com práticas de meditação que facilitam esta experiência fundamental de uma maneira eficaz e eficiente. Entre essas práticas está a Meditação Transcendental (MT) desenvolvida por Maharishi Mahesh Yogi, extensivamente procurada e amplamente praticada. Ela é segura, altamente eficaz e universal; funciona para pessoas de todas as convicções religiosas e culturais.
The Share Guide: Na palestra que você deu ano passado em São Francisco, você disse que “grupos de meditação agora são uma tecnologia comprovada para a paz, ao mesmo tempo em que nossa tecnologia de armamento pode assegurar a destruição”. Por favor explique!
Dr. Hagelin:
Mais de 50 estudos, publicados nos mais apreciados jornais científicos, têm demonstrado repetidamente que grupos de meditação podem vencer a violência e a guerra, em áreas de conflito. Neutraliza as tensões religiosas, étnicas e políticas em seu início, que são o combustível social do conflito. Já é demonstrado que previne o terrorismo global e reduz o crime, a violência doméstica e todas as negatividades nascidas do estresse social agudo.
The Share Guide: Muitos de nós entendemos que a meditação desenvolve nossa invencibilidade natural às idas e vindas de nossa vida diária. Mas desse estado de calma, como funciona o “princípio da proporcionalidade” do grupo de meditação?
Dr. Hagelin:
Quando dois alto-falantes próximos emitem o mesmo som, estas ondas sonoras se somam construtivamente. Eles produzem um volume equivalente a quatro alto-falantes (o quadrado do número de alto-falantes que são dois). Este é um princípio universal de comportamento de onda. Quando uma ondulação no Campo Unificado é gerada por indivíduos em proximidade física íntima, o poder das ondas combinadas deles/delas cresce como o quadrado do número de indivíduos. Isto é o que a pesquisa confirma. Por causa disto, grupos relativamente pequenos podem ter um impacto social enorme. Realmente, 8,000 indivíduos meditando juntos por períodos extensos podem transformar eventos mundiais. Isto tem sido rigorosamente demonstrado.
The Share Guide: Eu sei que você está trabalhando em um plano para colocar isto em ação. Por favor discuta o programa em que milhares de pandits vão meditar durante o ano todo na Índia!
Dr. Hagelin: 8.000 especialistas em meditação, em dedicação exclusiva, podem mudar o destino de civilização. Isto tem sido amplamente demonstrado. Estamos aumentando o número para 40.000 apenas por um fator de segurança. Um pandit védico é um meditador que, além de sua prática de Meditação Transcendental pratica o Vôo Iogue, práticas avançadas de promoção da paz que são tecnologias avançadas da antiga sabedoria Vêdica conhecidas como Yagyas. Estes Yagyas reforçam o impacto da paz mundial obtida pela meditação. Tenho levantado fundos para estabelecer esse grupo permanente de 8.000 a 40.000 de meditadores profissionais, em dedicação exclusiva, na Índia, onde é muito rentável. Obtivemos cerca de US$ 90 milhões, que é suficiente para sustentar quase 8.000 pessoas. Uma vez conseguindo reunir e treinar esse grupo, prevejo que vislumbraremos um mundo totalmente novo. Espero consegui-lo até Primavera de 2003. Rezo para que América e o mundo possam evitar qualquer confronto desastroso até lá.
The Share Guide: O que é o Vôo Iogue?
Dr. Hagelin: É uma técnica avançada de Meditação Transcendental derivado do Yoga Sutra de Patañjali. Durante a prática, o corpo, involuntariamente, começa a saltar, a partir da posição de lótus, num esforço espontâneo para voar. Historicamente, essa prática tem sustentação na habilidade corporal de flutuar e voar. É praticada hoje porque pesquisas demonstram que essa é a mais poderosa técnica de redução do estresse e conflito social. É uma tecnologia para a paz mundial.
The Share Guide: O que você quer dizer quando diz que a meditação é um quarto estado da consciência, distinto dos três estados conhecidos: vigília, sonho e sono? E, por favor, fale sobre o quinto estado, consciência transcendental ou iluminação!
Dr. Hagelin: Pura Consciência, a experiência direta do Campo Unificado, é um quarto estado de consciência, fisiologicamente e subjetivamente diferente da vigília, sonho e sono. Essa descoberto e publicado pela primeira vez em 1970, por Robert Keith Wallace e colaboradores. Mas, em primeiro lugar, essa experiência é um estado temporário. Com a prática regular de meditação, a experiência de consciência universal se torna permanentemente estabelecida, de forma que a percebemos durante a vigília, o sonho e o sono. Isso, então, constitui um quinto estado da consciência humana, tradicionalmente conhecido como Iluminação. Neste estado de 24 horas de felicidade, todas as ações estão em plena sintonia com a Lei Natural, que espontaneamente dá suporte à vida.
The Share Guide: Muitas pessoas são céticas quanto ao conceito de que grupos de meditação têm um efeito na paz mundial, e podem não aceitar os estudos citados em sua lista de pesquisas. Como você responde a esse ceticismo?
Dr. Hagelin: Não se trata de mera opinião. O método científico possui métodos incontestáveis de estabelecer fatos científicos, através de rigorosa experimentação. A eficácia de grupos de meditação em reduzir o crime e a guerra tem sido extensivamente estudado e rigorosamente estabelecido, mais do que qualquer fenômeno na história da ciência social. É um fato científico; não existe nenhum espaço para argumentação!
The Share Guide: Como nós percebemos, quando meditando, que não estamos conectados com nosso Self e sim com a Consciência Cósmica?
Dr. Hagelin: A experiência de Pura Consciência é auto-evidente e óbvia. Tal como acontece quando você desperta e sabe que está acordado. Se você não está absolutamente certo que você está acordado, existem chances de você estar sonhando. Da mesma forma, se você não tiver certeza de que está experimentando a Pura e Ilimitada Consciência, você provavelmente não a estará. Pode ser o momento de tentar um sistema mais eficaz de meditação.
The Share Guide: Você recomenda o conceito de “por entre parênteses” na sua atividade diária períodos de meditação de manhã e à noite. Isso lhe permite relaxar na sua natureza eterna por meio da meditação e desempenhar ações em todo o mundo deste ponto vantajoso.
Dr. Hagelin: Sim, é uma rotina maravilhosa. A experiência regular da Pura Consciência é necessária para estabilizá-la, através disso, alcançar a Iluminação.
The Share Guide: Você tem sido candidato presidencial. No livro ‘Uma Razão para Votar’, você é totalmente otimista quando declara que o maior épico da historia Americana será ‘a história de um povo que exigiu de seu governo, e de seu país, a partir de um ponto bem estabelecido, uma auto-serviência da oligarquia político industrial e de seus patrocinadores corporativos que, acima de tudo, procuram preservar seus status quo. Você também declara que essa é a ‘história de um povo que retorna a seu país pelos princípios da Lei Natural sobre a qual foi fundado’. Mas muitos de nós, onde quer que olhemos, vemos que nossos líderes agem fora da Lei Natural. Como nós, como indivíduos, podemos mudar a maré dos atuais acontecimentos que conduzem à degradação social e ambiental?
Dr. Hagelin: Infelizmente, como nação, tendemos a ter o governo que merecemos. É justamente o karma, especialmente numa democracia, onde nós é que elegemos o governo. Por isso, não podemos esperar um governo melhor a menos e até que despertemos as massas. É nisso que eu estou pessoalmente focalizado hoje, sobre o aumento da consciência coletiva da nação e do mundo. Isto pode soar como uma tarefa impossível, mas é mais fácil do que parece. Não é realmente necessário esclarecer a todos, ou mesmo alcançar a todos. Podemos alçar nosso poder, por intermédio daqueles que estejam acordados, podendo exercer uma influência desproporcional sobre a sociedade. Este é o poder da meditação coletiva. Grupos com experiência no Campo Unificado, de nossa realidade cósmica comum, potentemente estimulam este campo universal e têm um profundo efeito sobre o despertar de todos. Ele criam indomáveis ondas de positividade e paz. Cada grupo de meditação, repetidamente, demostrou reprimir a violência social e até mesmo a guerra aberta em áreas de conflito, como o Oriente Médio. Para mais informação sobre isto, vocês podem ler o excelente livro ‘Paz Permanente’ (Permanent Peace) de Robert M. Oates ou visitar o seu site www.createpermanentpeace.com.
The Share Guide: Você disse, em sua palestra de São Francisco, que nós devemos exercitar nossa Criatividade Cultural em nossa influência política. Para isso teremos que, na esfera política, aderir a um partido alternativo como o Partido Verde ou o Partido da Lei Natural, em vez de tentar reconstruir o Partido Democrático. O livro ‘Destruindo o Partido’, de Ralph Nader, mostra o quanto as probabilidades estão amontoadas contra esses partidos, mas eu tenho ouvido você dizer repetidamente que ‘os partidos alternativos empurram a nação para novas direções’. Você poderia cuidadosamente elaborar isso?
Dr. Hagelin: Noventa por cento de todas as idéias que nós gostamos em nossa democracia, originalmente, vieram de partidos alternativos. Esses partidos têm um poder que é desproporcional ao seus tamanhos. O Partido Democrático, durante décadas de liderança na Casa branca e no Senado, tem demonstrado a sua fidelidade a interesses particulares. Hoje, é demonstrado sua impotência em face a um Partido Republicano que intimida pela guerra. Mas a militância política sem uma profunda transformação em nossa consciência nacional, é também insuficiente para efetuar mudanças substanciais. Nós necessitamos mirar para a causa base da inércia e corrupção na política. Temos que elevar a consciência coletiva da nação.
The Share Guide: Existem outros partidos alternatives sérios além do Partido Verde e do Partido da Lei Natural? E o Partido Libertário e o Partido Reformista?
Dr. Hagelin: Esses partidos têm idéias que merecem ser ouvidas. De todos esses partidos, entretanto, o Partido da Lei Natural tem a mais completa e abrangente plataforma de estudos e soluções sustentáveis em harmonia com a Lei Natural,acrescido de um elenco de ativistas dedicados verdadeiramente maravilhoso. (Para mais informações visite www.naturallaw.org)
The Share Guide: Quais são suas sugestões de referência (livros e websites) e como nós podemos ficar informados do atual trabalho de meditação em grupo?
Dr. Hagelin: Meu livro, Manual for a Perfect Government, é conciso e ainda suficientemente compreensível. Recomendo um exame minucioso do Projeto para a Perpétua Paz Mundial, no website www.maharishi.invincibledefence.org. E, como mencionado antes, recomendo o livro Permanent Peace em www.createpermanentpeace.com.
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ENERGIA VITAL
O Ki e o Densho Butsu no Kami
Disponivel em: . Acesso em 19 fev 2012.
Outros exercícios dissipam sua energia, ao contrário o Densho Butsu no Kami que acumula e fortalece o interior. Com uma ênfase profunda em respirar e em usar o imaginário mental, o Densho Butsu no Kami integra a mente e o corpo, e é muito eficaz em aliviar o stress.O ki é um termo japonês que se refere a energia cinética como criadora do universo e a mola propulsora que movimenta as ações no campo material e espiritual. Conseqüentemente, um mestre de Densho Butsu no Kami é um mestre no armazenamento e circulação da energia KI.

Raciocinar dentro do paralelo conhecido como Ki, era a razão principal dos praticantes das artes que envolvem a energia como um todo. Porém, só recentemente se tornou conhecido no ocidente.
Não é fácil definir o Ki unicamente como energia cinética ou universal.
O Ki é o agente ativo da criação que se renova a cada ato ou momento.
Muitas são as coisas que possuem a polaridade yin e, conseqüentemente yang, alcançando através do Ki a energia da harmonia perfeita. Desta maneira, o Ki passaria a ser conhecido como energia vital que se estende ao amor de Deus e suas manifestações.
Se não há Ki, há morte. Como um princípio animador o Ki faz o mundo funcionar. Seria certo então afirmar que se existe Ki há vida.
O ki sustenta o vento e a chuva, ele pode ser sentido como calor ou frio, e ele até mesmo forma as montanhas e rios. Neste sentido o Ki torna-se energia universal.
A energia cinética que impulsiona as coisas como o sopro divino ou a intuição também é denominada Ki, que de forma condutora proporciona a chegada da mensagem até o seu ideal desejado.
Se respirarmos profundamente e fortemente durante alguns segundos e posteriormente fecharmos os olhos prestando a atenção em nosso organismo, sentiremos alterações e supostas vertigens. Neste momento, o Ki está atuando no seu interior como forma real e aparente.
Essa energia que aparentemente torna-se a condutora das intenções bonitas e benéficas, também carrega a polaridade negativa, que pode ser absorvida se não estiver devidamente equilibrada no seu interior.
Um exemplo disso são as explosões de ira que se manifestam nos jovens que ainda não conseguiram amadurecer o interior e se harmonizar com as situações.
Todo o cultivo desta energia envolve a coordenação da sua intenção na mente, enviando ao corpo através da respiração que é enviada ao hara transformando-a em Ki.
O Ki tem suas origens no Japão pré-histórico, representado por exercícios de orações religiosas e respiração simples. Aqueles movimentos simples evoluíram lentamente através da observação do mundo natural e foram classificados dentro de teorias religiosas (O-Chikara) como os oito tesouros. Estes deram a ascensão ao ki dentro da medicina, que utiliza os mesmos princípios que a medicina chinesa tradicional (porém, nesse caso específico, utiliza-se apenas a energia corporal sem usar agulhas), e estão se tornando mais aceitados e populares cada dia. Os métodos antigos envolviam o profundo estudo do eu interior através da respiração e posturas específicas que agem especificamente sobre cada chakra. Segundo grandes estudiosos:
• aumenta sua energia e vitalidade além de dar o controle do peso;
• força e resistência das configurações (lubrifica junções, relaxa os músculos);
• concentração dos aumentos e a habilidade de focalizar a mente;impede a ação de doenças de cunho psicológico e interior (restaura o contrapeso de yin / yang, mantém a circulação do KI);
• promove benefícios no modo de como você envelhece (coordenação, flexibilidade e contrapeso aumentados: as ajudas impedem quedas, acidentes, artrite);
• abaixa a pressão de sangue (prevenção da doença e do curso do coração);
• Impulsiona o sistema imune (prevenção do frio e do febre). As ajudas aliviam a dor crônica. Prolonga uma vida feliz e saudável.
* Maiores informações podem ser encontradas no livro “Ki - Vivendo em Harmonia com as Energias” e “Haragei - A Força que Vem de Dentro” , de Jordan Augusto.
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UNIVERSIDADE DA PAZ
PIERRE WEIL
RESUMO BIOGRÁFICO
Testemunhos importantes sobre Pierre Weil
Disponivel em: . Acesso em 19 fev 2012.
Robert MULLER (prêmio UNESCO de Educação para a Paz; ex-Vice-Secretário-Geral da ONU e Chanceler da Universidade da Paz de Costa Rica).
“A Universidade da Paz, criada pelas Nações Unidas em Costa Rica, manifesta o seu reconhecimento a Pierre Weil, pelo trabalho que ele desenvolve à frente da Fundação Cidade da Paz e da Universidade Holística Internacional de Brasília.
A contribuição de Weil é notável, no que concerne um tema fundamental de nossa época: a educação para a Paz.
Como ele enfatiza em sua obra, após séculos ou mesmo milênios de silêncio, a educação para a paz floresce afinal sobre o nosso planeta.
…Pierre Weil e eu próprio, somos profundamente gratos à UNESCO por sua benevolente aceitação dessas experiências de ensino universal…
…Eu próprio, após longas reflexões e observações, fui levado a pesquisar uma abordagem holística…Foi esse esforço de síntese que me valeu o Prêmio de Educação para a Paz da UNESCO, em 1989…
Em nome da Universidade da Paz, envio os meus sinceros agradecimentos a Pierre Weil e à UNESCO. Queira Deus que essa obra venha a ser a chave de ouro duma nova educação no limiar do terceiro milênio”.
Resumo do Prefácio ao livro “A Arte de Viver em Paz”, Edição brasileira

Kaisa SAVOLAINEN ( Diretora da Seção de Educação Humanista, Cultural e Internacional - UNESCO) Paris
“…A Arte de Viver em Paz é o resultado de um seminário para professores de colégios de formação de professores organizado pela UNESCO com o fim de promover o intercâmbio de experiências inovadoras em educação internacional; e a UNESCO deseja agradecer a seu autor, Pierre Weil, Presidente da Fundação Cidade da Paz, Universidade Holística Internacional de Brasília, por sua experiência, dedicação e energia infatigáveis que continuam com tamanha amplitude, em prol do desenvolvimento da educação para a Paz.”
Sumário do prefácio à edição inglesa da Arte de Viver em Paz.

JOSÉ APARECIDO DE OLIVEIRA (Ex-Governador de Brasília, ex-Ministro da Cultura e ex-Embaixador do Brasil)
“…a atividade internacional do professor Pierre Weil no domínio da pesquisa e das ciências modernas é uma garantia de sua contribuição decisiva à edificação da Fundação Cidade da Paz e da Universidade Holística Internacional de Brasília.”
Sumário do discurso de recepção ao Prof. Pierre Weil, em Brasília.

ESCRITÓRIO INTERNACIONAL PARA A EDUCAÇÃO
Uma publicação do Escritório Internacional para a Educação, dedicado à Educação para a Cultura da Paz, cita a Arte de Viver em Paz, de Pierre Weil, como sendo o primeiro ensaio de uma visão e de uma abordagem interdisciplinar da Educação para a Paz.
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Budō
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Artes marciais
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Budō (em japonês: 武道; lit. caminho marcial) são as artes ou caminhos marciais de origem japonesa.
São considerados a versão moderna do antigo bujutsu (em japonês: 武術; lit. técnica marcial), as artes marciais tradicionais.
Índice
[esconder]
• 1 Etimologia
o 1.1 Budō
o 1.2 Budō e bujutsu
• 2 História
• 3 Alguns budō
• 4 Ver também

Etimologia
Budō
Budō é um composto da raiz bu (em japonês: 武 :ぶ), que significa a guerra ou as artes marciais, e do (em japonês: 道 :どう), o caminho de sentido ou forma. Especificamente, Do é derivada do sânscrito marga budista (o que significa o “caminho” para a iluminação). O termo remete à idéia de formulação de proposições, submetê-los à crítica filosófica e, em seguida, na sequência de um “caminho” para realizá-los. Não significa um “modo de vida”. fazer no contexto japonês, é um termo experiencial, experimental, no sentido de que a prática (o modo de vida) é a norma para verificar a validade da disciplina cultivada através de uma determinada forma de arte. O budō moderno não tem nenhum inimigo externo, só o inimigo interno, uma de ego que deve ser combatido (estado de Mushin-Muga ).
Budō e bujutsu
Bujutsu é um composto de raízes bu (em japonês: 武) e jutsu (em japonês: 术:じゅつ) que significa ciência, ofício, ou arte. O budō é mais freqüentemente traduzido como “o caminho da guerra”, ou “caminho marcial “, enquanto bujutsu é traduzido como “ciência da guerra” ou “ofício marcial”. No entanto ambos, budō e bujutsu, são utilizados com o termo “arte marcial”.
O budō e o bujutsu tem uma diferença bastante delicada. Enquanto o bujutsu só dá atenção para a parte física de luta (a melhor maneira de derrotar um inimigo ), o budō também dá atenção para a mente e como se deve desenvolver-se. O budō moderno usa aspectos do estilo de vida dos samurais do Japão feudal e os traduz para o auto-desenvolvimento na vida moderna.
História
O bujutsu era um conjunto de disciplinas marciais que podiam ser treinadas apenas pelos bushi (ou samurais) visando seu uso em batalha. Alguns exemplos são: kenjutsu (técnica da espada), iaijutsu (técnica de desembainhar a espada), sojutsu (técnica da lança), kyujutsu (técnica do arco), naginatajutsu (técnica da alabarda), jujutsu (técnica suave), aikijujutsu (técnica suave com harmonização do ki), entre outros.
A partir do Xogunato Tokugawa (século XVII), com a estabilização e pacificação do Japão, o bujutsu começa a perder sua importância como instrumento de guerra e a ganhar uma conotação mais formadora e educacional. Após a restauração Meiji, que terminou com o Xogunato e a sociedade estratificada, a classe guerreira deixou de existir e, assim, nada mais restava das antigas circunstâncias que sustentavam as tradicionais técnicas de guerra. Elas haviam perdido completamente seu propósito original.
Para preservar o patrimônio marcial japonês foram necessárias mudanças para se conformar com os novos tempos. Uma das mudanças foi a dos objetivos. A nova finalidade não poderia ser mais a guerra, já que boa parte das técnicas, já naquela época, eram anacrônicas tendo em vista os equipamentos e armamentos modernos. Outra mudança foi em relação ao público que tinha acesso às antigas técnicas: os samurais já não existiam.
A nova finalidade foi explicitar o caráter formador e educacional em detrimento da busca pela eficiência letal. Através do treino das técnicas se cultivaria corpo, mente e espírito para o auto-desenvolvimento. E as técnicas estavam abertas para toda a sociedade. Por essas razões, muitas técnicas foram adaptadas e algumas até eliminadas. Não deveriam ser mais, técnicas que visavam a guerra e a morte, exclusivas dos samurais, mas caminhos educacionais para o aperfeiçoamento humano que estavam ao alcance de qualquer um. Esta é a origem do budō.
Alguns budō
O judô (柔道 - caminho suave) foi um dos primeiros budō modernos. Jigoro Kano percebeu o valor educacional do budō e, no caso dele, compilou diversos estilos de jujutsu e idealizou uma disciplina para o novo Japão.
Seguindo este exemplo, vieram diversas outras como o kendô (剣道 - caminho da espada), o iaidô (居合道 - caminho de desembainhar a espada), o kyudo (弓道 - caminho do arco), o naguinata-do (薙刀道 - caminho da alabarda), o aikidô (合気道 - caminho da harmonização do ki), o karatê-dô (空手道 - caminho das mãos vazias) e assim por diante.
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SAÚDE HOLISTICA
A vida é um dom. As nossas qualidades naturais, como amor, paz, felicidade e harmonia devem ser compartilhadas com a comunidade, a família e a escola”
Brahma Kumaris
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Universidade Espiritual Mundial Brahma Kumaris, conhecida no Brasil como Organização Brahma Kumaris,[1] é uma entidade não governamental criada na Índia em 1937, com o objetivo de promover valores humanos, morais e espirituais universais.
Está presente de forma oficial em 103 países e desenvolve atividades, sem sedes, em outros 25 países. Realiza um amplo espectro de programas educativos que melhoram a qualidade de vida dos indivíduos, da família e da comunidade, independente de cor, gênero, idade e tradições políticas e religiosas.
Objetivos
O objetivo central é fomentar uma sociedade digna e livre baseada em uma cultura de valores humanos, éticos e espirituais. Na base dos trabalhos, está o reconhecimento de que bondade e espiritualidade são qualidades de todo ser humano. A Brahma Kumaris oferece uma variedade de cursos e programas educativos que trazem a cada um o cultivo e a prática dos valores como meio para desenvolver ao máximo seus recursos internos e habilidades pessoais.
Também, em nível internacional, está engajada em:
• promover os direitos humanos;
• criar uma cultura de paz, na sensibilização para a cooperação e a solidariedade,
• apoiar a integração da mulher na sociedade em todos os níveis;
• motivar a participação, bem-estar e plenitude dos idosos;
• dissolver o racismo;
• utilizar os recursos naturais do planeta de forma sustentável;
• saúde holística.
A base do estudo da Organização Brahma Kumaris é a meditação Raja Yoga. O Raja Yoga é uma linha de meditação datada de 5000 AEC.
Nossos valores guiam nossos pensamentos e nossos pensamentos são as sementes de nossas palavras e ações. Isso é tão importante que cada um deveria perguntar-se: quais são os meus valores na vida?
— Dadi Janki – diretora administrativa da UEMBK
História
Em 1936, alguns homens, mulheres e crianças que viviam em Hyderabad (agora parte do Paquistão), tiveram a ousadia de abraçar um novo estilo de vida, após Dada Lekrhaj (mais tarde conhecido como Brahma Baba), um respeitado e rico membro da comunidade Sidhi ter experimentado um série de visões surpreendentes que revelaram verdades espirituais sobre a natureza da alma e Deus.
Dada Lekrhaj era uma pessoa profundamente espiritual com grande inclinação aos valores espirituais, mesmo estando envolvido numa sociedade com crescente apelo a aspectos materiais. Naquele ano, o então joalheiro Dada Lekrhaj tinha sessenta anos de idade quando começou a ter notáveis experiências sobre a identidade do ser, a alma. Estas experiências começaram desde o início a marcar sua vida. Sentia um estado de paz, quietude, amor espiritual e sentimentos de irmandade. Em nenhum momento adotou a postura dos seres “iluminados”, gurus, sábios, guias espirituais, etc. Proclamava que nenhum ser humano poderia interpretar o papel de Deus, que nenhum ser humano deveria apresentar-se frente aos demais como Deus. Segundo ele, Deus é “a alma suprema”, o “oceano de todas as qualidades, do amor, da felicidade, da paz, da verdade, do equilíbrio”.
Em 1937, o grupo inicial que havia se formado mudou-se para Karachi (agora parte do Paquistão). Brahma Baba fundou um comitê de oito mulheres (a maioria nos seus vinte anos) para administrar o que, mais tarde viria a se tornar a Universidade Espiritual Mundial Brahma Kumaris. Por 14 anos, os alunos experimentaram um treinamento intenso em todos os aspectos de uma vida espiritual baseada em vegetarianismo, celibato, não fumar nem beber álcool, e meditação regular.[2]
Em 1950, Brahma Baba decidiu mudar a sede. Ele queria um lugar quieto e Monte Abu, conhecida por sua herança espiritual antiga, fornecia uma localização ideal, aninhada no alto das montanhas Aravali do Rajastão. Seu nome popular é “Madhuban”, que significa a “Floresta de Mel”.
Em 1952, dois grupos pequenos de mulheres mudaram-se para Bombaim e Délhi para abrirem os primeiros centros fora de Monte Abu. Durante os vinte anos seguintes, cerca de 400 centros da Universidade foram estabelecidos pela Índia.
Em 1971, centros permanentes foram estabelecidos no Reino Unido e em Hong Kong, que desencadearam em seguida uma expansão mundial e um crescimento consistente e progressivo, tanto geograficamente como em número de integrantes.
A OBK é uma organização internacional não-governamental (ONG) com status consultivo geral no conselho econômico e social das Nações Unidas desde 1998 e no UNICEF desde 1983. Também está afiliada ao departamento de informação pública das Nações Unidas. A Brahma Kumaris provê um marco espiritual e de assessoria no contexto de sua relação com as Nações Unidas, o mesmo que a grupos, causas e agências.
Na Índia, a Brahma Kumaris se caracteriza particularmente por seus programas de alcance comunitário para aldeias administrados pelo J. Wattammull Memorial Global Hospital and Research Center (GHRC), onde se atende a comunidade local, e em geral, a todos que necessitem, estabelecido em 1991 e localizado em Monte Abu. Em 2004, a Brahma Kumaris estabeleceu um hospital especializado em oftalmologia, o G.V. Mody Rural Health Care Centre & Eye Hospital, em Abu Road. Os programas e atividades são apoiados pela Janki Foundation for Global Health Care, do Reino Unido, e a Fundação Ponto de Vida (Point of Life Foundation, POL), EUA.
Desde o estabelecimento da Organização, as mulheres foram inspiradas e formadas por Brahma Baba a desenvolver suas vidas e tomar papéis diretivos baseados na espiritualidade. Apesar de nos dias atuais haver esse maior número de mulheres em cargos de decisão, isso era algo que não se ouvia naquela época – especialmente naquela parte do mundo. Brahma Baba negava particularmente o conceito de que apenas os homens podiam alcançar uma vida espiritual elevada através da prática da pureza. Estes princípios diretivos continuam até os dias atuais. Qualquer pessoa, sem importar o gênero, que deseja adotar uma vida espiritual é bem-vinda. Para o indivíduo, o tema central é o estudo e a prática da meditação Raja Yoga.
Sobre a Meditação Raja Yoga
A base do estudo da Organização Brahma Kumaris é a meditação Raja Yoga. Assim como existem formas de yoga que buscam melhorar o tônus muscular e a mobilidade do corpo físico, a Raja Yoga lida com organização, transformação e fortalecimento internos das faculdades de pensamento, decisão e traços de personalidade mais sutis.
A palavra “yoga” é derivada da raiz “yog” em sânscrito e significa “ligação”, “união” ou “conexão”. A palavra “raja” significa “soberano”, “rei”. Portanto, “Raja Yoga” significa “o rei das uniões”, ou a ligação mental entre a alma humana e o “ser supremo”.
O Raja Yoga que é comumente conhecido ao redor do mundo foi comparado e sistematizado por um sábio indiano, Patanjali, por volta de dois mil anos atrás. Também é conhecido como Ashtanga Yoga; isto é, o Yoga de Oito Partes, referindo-se às oito partes em que está dividido. Apesar de ele enfatizar que o objeto do yoga seja estabelecer a alma em sua natureza verdadeira, ele atribui pouca importância ao papel principal de Deus na prática do yoga. Apesar de em seu “yoga-sutras” (tratado sobre o yoga), Deus é apresentado com um ser especial, o imortal, aquele que não nasce, o professor supremo e original, em nenhum momento Patanjali afirma que o objeto do yoga é forjar uma ligação mental com esta alma suprema. O yoga é meramente colocado como uma forma de concentrar e controlar as várias modificações da mente. Para ele, Deus é apenas uma dos muitos objetos possíveis da concentração.
Segundo Patanjali, duas das oito partes que desenvolvem a concentração e que são a meta do yoga são “ásana” (postura física) e “pránáyáma” (controle da respiração). Contudo, existe uma má conceituação que, a fim de disciplinar a mente, o indivíduo tenha que primeiro disciplinar o corpo e controlar os sentidos. Para aqueles que praticam Rája Yoga, existe a experiência que, ao primeiro disciplinar o vaguear da mente e estabilizar-se na consciência da verdadeira identidade do ser, automaticamente há o controle sobre os órgãos do sentido.
É um esforço muito pessoal, já que acontece no nível do ser interior. Assim, pode ser praticado por pessoas de qualquer convicção religiosa e até por aqueles sem nenhuma. Afinal de contas, antes de ser um cristão, budista, judeu ou muçulmano, cada um simplesmente é um ser. A meditação Raja Yoga opera no nível do ser e de seu relacionamento com Deus.
Uma das raízes possíveis da palavra “meditar” está no latim medire, que significa “curar”. Todo o processo da meditação Raja Yoga é uma cura interna que envolve a aquisição de poder para largar tudo o que seja negativo na constituição do ser. Também significa “ser capaz de se conhecer e de dialogar consigo mesmo”. Através da prática, o indivíduo torna-se capaz de falar com o ser interior e desenvolver uma ligação com o ser supremo para a cura do ser. Entende-se que não existe nenhuma fórmula mágica que possa produzir calma mental, mas é um processo de passo-a-passo com três requisitos básicos: entendimento do conhecimento espiritual, prática desse entendimento por meio da meditação e paciência para esperar que os resultados fiquem aparentes.
Para as pessoas que praticam de forma regular a meditação Raja Yoga, o estudo se divide em quatro partes ou áreas principais: conhecimento dos aspectos internos e externos da vida humana; a prática da meditação diária; a assimilação consciente das características e dos valores que fomentam um comportamento de qualidade e não-violento; servir a humanidade.
Projetos Internacionais
• Só um Minuto (2006): projeto internacional que promove uma mudança pessoal e global mediante a energia de uma mente calma e pacífica começando com a experiência de apenas um minuto. É um movimento em expansão de pessoas que sentem a necessidade de fazer uma pausa e de refletir em meio ao frenético estilo de vida moderno. Também traz uma oportunidade a todas as pessoas, organizações e instituições do planeta para conectar com um futuro baseado na paz e na harmonia entre nações e religiões.
• Vozes de Paz em Movimento (2003-2004): ciclo de diálogos dedicados à Década Internacional de uma Cultura de Paz e Não-Violência para as Crianças do Mundo.
• Imagens e Vozes de Esperança (1999-2007): uma iniciativa de diálogo mundial que pretende conectar e ampliar a comunidade de jornalistas, artistas e profissionais dos meios de comunicação que entendem seu trabalho na mídia como uma forma de dar à sociedade esperança para o futuro.
• Fórum Mundial de ONGs sobre o Envelhecimento (Madrid, de 5 a 9 de abril de 2002): uma delegação de 30 membros de vários países da UEMBK participou do fórum. A abordagem da Organização Brahma Kumaris se centrou no tema “Participação, Bem-estar e Plenitude”.
• Ano Internacional da Cultura de Paz (2000): Brahma Kumaris é designada “Mensageira para o Manifesto 2000″ pela UNESCO. BK desenvolveu atividades, oficinas e seminários para promover o entendimento do manifesto, recolhendo mais de 70 milhões de assinaturas em todo o mundo.
• Ano Internacional para as pessoas idosas (1999): “Em direção a uma sociedade para todas as idades”. Foram organizados diálogos entre gerações.
• Despertar o Espírito da Dignidade Humana (1998): em comemoração ao cinquentenário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Como um passo adiante, para uma maior observação e prática dos direitos humanos, a iniciativa traz um entendimento e compromisso pessoal mais profundos em relação aos direitos humanos.
• Compartilhando nossos Valores por um Mundo Melhor (1994): um projeto internacional em homenagem ao 50º aniversário das Nações Unidas, com a meta de elevar a consciência dos valores mais elevados, como qualidades originais inerentes ao indivíduo.
• Cooperação Global por um Mundo Melhor (1988): projeto internacional em que participaram 129 países, teve como objetivo aumentar a comunicação e cooperação entre as nações, entre comunidades e indivíduos.
• Um Milhão de Minutos de Paz (1986): dedicado ao Ano Internacional da Paz das Nações Unidas. Foram alcançados mais de um bilhão de minutos de paz procedentes de milhares de pessoas em 88 países.
Referências
1. ↑ No Brasil, a OBK atua desde 1979, com 27 sedes nas principais capitais e algumas cidades do interior, tendo recebido a partir de 1991, títulos de utilidade pública estadual e municipal em diferentes locais, bem como o título de utilidade pública federal (conforme Diário Oficial da União de 9 de março de 2000).
2. ↑ Os alunos da Brahma Kumaris incorporam uma ou várias destas práticas em seu estilo de vida segundo seu próprio entendimento e vontade. Estas práticas nunca se colocam como uma condição obrigatória para estar participando dos cursos e seminários que a BK oferece.
Bibliografia
• Apresentação da Brahma Kumaris (novembro de 2006). Revista Vida Plena, número 27.
• Adriana Sandini Mioto (março de 2002). Artigo. Revista Rainha dos Apóstolos, número 931.
• Entrevista Aida Gluer (1999). Revista Rua Grande.
• Entrevista Mohini Panjabi (março de 2004). Revista Marie Claire, número 156.
• Entrevista Mohini Punjabi (24 de outubro de 1999). Jornal O Estado de Minas, seção Gerais/Especial.
• O’DONNELL, Ken. Caminhos para uma Consciência mais Elevada. 7ª ed. [S.l.]: Ed. Brahma Kumaris, 2007.
• O’DONNELL, Ken. New Beginnings. Monte Abu, Rajastão, Índia: Literature Department, Brahma Kumaris Ishwariya Vishwa Vidyalaya.
• Seu nome significa Jóia de Luz: Compilação. São Francisco, Califórnia, Estados Unidos: Organização Brahma Kumaris.
• STRANO, Anthony e NARAINE, Gayatri. Vivendo Valores – Um Manual: Consultores BK Jayanti Kirpalani e BK Mohini Panjabi. 6ª ed. Monte Abu, Rajastão, Índia: Organização Brahma Kumaris, 2005.
Ligações externas
• Web site internacional oficial de BK (em inglês)
• Web site no Brasil (em português)
• Web site em Portugal (em português)
• Web site oficial na Índia (em português)
• E-Learning site (em português)
• Projeto Só um Minuto (em português)
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JUSTIÇA
“JUSTIÇA É RESOLVER O CONFLITO COM O MENOR SOFRIMENTO POSSIVEL”
(Juiza TRF)
Disponivel em: . Acesso em 19 fev 2012.
O termo justiça (do latim iustitia, por via semi-erudita), de maneira simples, diz respeito à igualdade de todos os cidadãos. É o principio básico de um acordo que objetiva manter a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal (constitucionalidade das leis) ou na sua aplicação a casos específicos da sociedade (litígio).
Em um sentido mais amplo pode ser considerado como um termo abstracto que designa o respeito pelo direito de terceiros, a aplicação ou reposição do seu direito por ser maior em virtude moral ou material. Justo é aquilo que é equitativo ou consensual, adequado e legítimo (aplicar o direito nas suas próprias fontes - as pessoas - em igualitariedade). A Justiça pode ser reconhecida por mecanismos automáticos ou intuitivos nas relações sociais, ou por mediação através dos tribunais e em ordem à equidade.
Sua ordem máxima, representada em Roma por uma estátua, com olhos vendados, visa seus valores máximos onde “todos são iguais perante a lei” e “todos têm iguais garantias legais”, ou ainda, “todos têm iguais direitos”. A justiça deve buscar a igualdade entre os cidadãos.
O Poder Judiciário no Estado moderno tem a tarefa da aplicação das leis promulgadas pelo Poder Legislativo. É boa doutrina democrática manter independentes as decisões legislativas das decisões judiciais, e vice-versa, como uma das formas de evitar o despotismo.
Segundo Aristóteles, o termo justiça denota, ao mesmo tempo, legalidade e igualdade. Assim, justo é tanto aquele que cumpre a lei (justiça em sentido estrito) quanto aquele que realiza a igualdade (justiça em sentido universal).
A justiça implica, também, em alteridade. Uma vez que justiça equivale a igualdade, e que igualdade é um conceito relacional (ou seja, diferentemente da liberdade, a igualdade sempre refere-se a um outro, como podemos constatar da falta de sentido na frase “João é igual” se comparada à frase “João é livre”), é impossível, segundo Aristóteles e Santo Tomás de Aquino praticar uma injustiça contra si mesmo. Apenas em sentido metafórico poderíamos falar em injustiça contra si, mas, nesse caso, o termo injustiça pode mais adequadamente ser substituído por um outro vício do caráter.
Justiça também é uma das quatro virtudes cardinais, e ela, segundo a doutrina da Igreja Católica, consiste “na constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido” (CCIC, n. 381).
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LUTA ENTRE O BEM E O MAL
Disponivel em: . Acesso em 19 fev 2012.
Postado por Flávio Lettieri em Empreendedorismo, Liderança, Motivação, Pró-atividade, Relações Interpessoais | outubro 6, 2009

É preciso assumir a sua posição!
Existe o bem e o mal? Seria o mal apenas a ausência do bem ou do conhecimento? Questões que acompanham o homem ao longo do tempo e presentes nos mitos, nas artes e nas reflexões filosóficas.
Como em uma arena de batalha ou em um campo de futebol, nessa eterna luta entre o bem e o mal parece existir três posicionamentos possíveis: aqueles que lutam pelo mal, aqueles que lutam pelo bem e aqueles que ficam na torcida.
Lutando pelo mal, existe uma minoria.
Na verdade, são poucos. Uma minoria capaz de fazer um enorme estrago. Pessoas que se movem por vaidade, orgulho, egoísmo e outros sentimentos menos nobres e enxergam as outras pessoas apenas como um recurso ou uma ameaça. Apesar de poucos, são assustadores e estão nos mais diversos lugares.
São os políticos inescrupulosos, alheios aos princípios éticos e comprometidos apenas com seus interesses pessoais. São os empresários gananciosos que, em nome da ambição, exploram o ambiente e as pessoas sem a devida contrapartida e sem qualquer responsabilidade com os recursos naturais ou humanos.
São os colegas de trabalho fofoqueiros, aqueles que gostam de puxar o saco do chefe para tirar proveito ou ainda aqueles que não pensam duas vezes quando podem puxar o nosso tapete para subir mais rápido e, se for preciso, até pisam na cabeça de quem está embaixo para dar mais impulso.
São também aqueles médicos incapazes de enxergar o paciente em toda a sua dimensão humana, os professores que não cumprem a missão de ensinar e educar, os religiosos que, ao invés de cuidar de nossas almas, querem sacrificar o nosso bolso ou tantos outros que, deliberadamente ou por omissão, prejudicam seus pares.
Do outro lado, combatendo a mentira, a injustiça e a ignorância, estão os soldados do bem: políticos, empresários, médicos, educadores, religiosos, etc.
Também não são muito numerosos e poderiam ser divididos em dois grupos. Um menor, que compreende os heróis famosos e reconhecidos como Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Martin Luther King, Mandela ou Betinho. Pessoas que fizeram grandes sacrifícios em nome de um bem maior e coletivo. E o outro, o grupo maior, que compreende os heróis anônimos. Aqueles que fazem pequenos ou grandes sacrifícios para ajudar um grupo maior ou menor de pessoas em uma ação mais ampla ou mais pontual. Pessoas que lutam sistematicamente pelo bem coletivo.
Pessoas que conjugam, através de suas ações, verbos como ajudar, cooperar, confiar, oportunizar, ensinar e tantos outros que remetem ao espírito da solidariedade e da responsabilidade com o mundo e com o ser humano.
E, ainda temos o terceiro grupo, o das pessoas que ficam na torcida. Esse é, sem sombra de dúvidas, o mais numeroso.
Os participantes desse grupo, em quase sua totalidade, torcem para a vitória do bem. Ficam indignados com as ações do mal e se sentem amargurados e sensibilizados quando vêem as injustiças. Sentem suas almas dilaceradas quando assistem, quase sempre pela TV ou internet, aos casos de barbárie, aos atos de corrupção e às ações de destruição do planeta.
Assim como os apaixonados pelo futebol torcem pela vitória de seu time, eles torcem com todas as suas forças e com seu todo o seu entusiasmo para que o bem triunfe sobre o mal.
E, assim, permanecem. Torcendo e esperando. Na maioria das vezes, acreditando que não tem nada que possam fazer para ajudar sem perceber que, ao longo da história da humanidade, em todos os momentos em que o bem prevaleceu, o que fez a real diferença foi a transformação dos torcedores em combatentes.
As mudanças ocorrem quando os torcedores resolvem deixar esse papel passivo e se unem às forças do bem.
A grande beleza de tudo isso é que, na vida real, diferente do campo de futebol, os espectadores podem assumir o papel de protagonistas a qualquer momento. Podem escolher fazer a diferença para o seu time.
Quando queremos contribuir com o bem, basta começarmos a agir.
Podemos escolher entre ser um herói famoso ou anônimo. Entre fazer grandes ou pequenas ações. Entre ajudar o mundo, um país, uma comunidade, uma pessoa, não importa quem ou o que.
O importante é criar essa cadeia de movimento. É mover a energia do bem.
Qualquer pequena ação é muito maior do que a omissão.
Dar um basta em uma fofoca no ambiente de trabalho, ajudar alguém a se perceber com mais dignidade ou levar um prato de comida para quem tem fome pode não parecer tão impactante quanto criar um movimento global para salvar o planeta, mas, com certeza, pode fazer uma grande diferença na vida de alguém.
Para mudar o mundo, é preciso pensar de forma global, agindo localmente.
E diante de todo o bem e o mal do mundo, a primeira coisa a ser feita é responder à pergunta básica: de que lado queremos ficar?
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COMPREENSÃO
Satori
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Satori (悟り?) (悟 chinês wù ; coreano 오) é um termo japonês budista para iluminação. A palavra significa literalmente “compreensão”. É algumas vezes livremente tratada como sinônimo de Kensho, mas Kensho refere-se à primeira percepção da Natureza Búdica ou Verdadeira Natureza, algumas vezes conhecida como “acordar”. Diferentemente do kensho, que não é um estado permanente de iluminação mas uma visão clara da natureza última da existência, o satori refere-se a um estado de iluminação mais profundo e duradouro. É costume portanto utilizar-se a palavra satori, ao invés de kensho, quando referindo-se aos estados de iluminação do Buda e dos Patriarcas.
Segundo D. T. Suzuki, “Satori é a raison d’être do Zen, sem o qual o Zen não é Zen. Portanto todo o esforço, disciplinário ou doutrinal, é dirigido ao satori.”[1]
Ver também
• Samadhi
• Bodhi
• Moksha
• Nirvana
Referências
1. ↑ Suzuki, Daisetz Teitaro: An Introduction to Zen Buddhism, Rider & Co., 1948
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Síndrome Metabólica - Exercicios Físicos
Disponivel em: . Acesso em 19 fev 2012.
Veja também:
http://www.efdeportes.com/efd102/af.htm
www.scielo.br/pdf/rbme/v10n4/22048.pdf
ftp://ftp.usjt.br/pub/revint/365_55.pdf
Na década de 80, um pesquisador chamado Reaven, observou que doenças frequentes como hipertensão, alterações na glicose e no colesterol estavam, muitas vezes, associadas à obesidade. E mais que isso, essas condições estavam unidas por um elo de ligação comum, chamado resistência insulínica. A valorização da presença da Síndrome se deu pela constatação de sua relação com doença cardiovascular. Quando presente, a Síndrome Metabólica está relacionada a uma mortalidade geral duas vezes maior que na população normal e mortalidade cardiovascular três vezes maior.
A insulina é o hormônio responsável por retirar a glicose do sangue e levá-la às células do nosso organismo. A ação da insulina é fundamental para a vida. Mas, a insulina também é responsável por inúmeras outras ações no organismo, participando, por exemplo, do metabolismo das gorduras. Resistência insulínica corresponde então a uma dificuldade desse hormônio em exercer suas ações. Geralmente ocorre associada à obesidade, sendo esta a forma mais comum de resistência.
Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica. Pela dificuldade de ação da insulina, decorrem as manifestações que podem fazer parte da síndrome. Não existe um único critério aceito universalmente para definir a Síndrome. Os dois mais aceitos são os da Organização Mundial de Saúde (OMS) e os do National Cholesterol Education Program (NCEP) - americano. Porém o Brasil também dispõe do seu Consenso Brasileiro sobre Síndrome Metabólica, documento referendado por diversas entidades médicas.
E você, Tem Síndrome Metabólica?
Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo:
• Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem;
• Hipertensão Arterial - pressão arterial sistólica ³ 130 e/ou pressão arterial diatólica ³ 85 mmHg;
• Glicemia alterada (glicemia ³110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;
• Triglicerídeos ³ 150 mg/dl;
• HDL colesterol £ 40 mg/dl em homens e £50 mg/dl em mulheres
Eu tenho Síndrome metabólica: e agora?
Pelo fato da Síndrome Metabólica estar associada a maior número de eventos cardiovasculares é importante o tratamento dos componentes da Síndrome. É fundamental que seja adotado um estilo de vida saudável, evitando fumo, realizando atividades físicas e perdendo peso. Em alguns casos o uso de medicação se faz fundamental. Um endocrinologista pode avaliar e orientar seu caso especificamente.
Consultoria: Mônica de Oliveira - Comissão de Novas Lideranças
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CUIDADO COM A EMOÇÃO
Eutresse (baixa ansiedade) e Distresse (alta ansiedade)
* Roque Theophilo
O Eutresse que não deixa de ser um tipo de ansiedade que é um mal-estar físico e psíquico; aflição, agonia é uma emoção que somente é necessária quando é eutresse (estresse benigno) necessário, pois impulsiona a pessoa a agir em alguma direção, porém quando se manifesta em demasia diante de qualquer estímulo estressante então é alta ansiedade ou distresse(estresse maligno) e, interfere nas funções e no desempenho de alguns órgãos.
A liberação de hormônios induzido por tensão emocional desencadeia respostas cardiovasculares acentuadas como: palpitações, dores precordiais, dispnéias (falta de ar), tontura, sudorese, extremidades frias, fadiga.
Pode ocorrer bradicardia (diminuição da função do coração ou batimento cardíaco lento) e hipertensão levando ao colapso circulatório. Essas manifestações somáticas evidenciam uma hiperatividade do sistema nervoso central autônomo ou vegetativo endócrino. Pacientes em distúrbios cardio-circulatórios podem ter sua sintomatologia agravada pela presença concomitante da ansiedade. Pacientes não portadores de doenças cardíacas podem apresentar os sintomas psicossomáticos cardiovasculares da ansiedade, o que é alarmante gerando muito medo e angústia.
Se estabelece um círculo vicioso que envolve o estado emocional e as repercussões de índole neurovegetativo (físicos). Doenças cardiovasculares como a hipertensão, a cardiopatia isquêmica, podem modificar profundamente a personalidade das pessoas pelo temor que desperta.
Um estudo realizado nos Estados Unidos, com a participação de 2024 doentes, dos quais 866 foram submetidos a tratamento psicológico e 1156 acompanhados somente pelo cardiologista mostrou que o grupo com acompanhamento psicológico apresentou redução de 70% na mortalidade e 84% nas taxas de recorrência de eventos cardíacos, além de redução de estresse, pressão arterial sistólica, freqüência cardíaca e nível de colesterol.
Este estudo demonstra que o tratamento psicológico visando a mudança do comportamento, somado a uma boa aderência ao tratamento médico, boa alimentação e exercícios físicos podem prolongar muito a vida das pessoas. Numa visão psicossomática, o homem é um todo, composto de corpo, mente e que vive inserido na sociedade, portanto deve existir um trabalho multidisciplinar composto por profissionais de saúde de diferentes áreas como o médico, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, educador fisico, viabilizando um trabalho de prevenção antes e após a doença instalada.
Disponivel em: . Acesso em 19 fev 2012.
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DISCIPLINA BUDISTA
O CAMINHO ÓCTUPLO
(sânsc. Ashtanga-marga)
Disponivel em: . Acesso em 19 fev 2012
INTRODUÇÃO AO BUDISMO
Uma visão da doutrina budista através dos textos
Este é um trabalho de seleção e ordenação de textos
de vários autores e mestres budistas por
Karma Tenpa Darghye.
É assim chamado por ser dividido em oito partes. Este é o caminho do meio, o caminho do despertar, que conduz ao estado de nirvana; a extinção total do sofrimento.
“Primeiro, é preciso conhecer a existência do sofrimento. Depois, deve-se destruir sua causa. Para isso, deve-se compreender que a cessação do sofrimento é possível. Para consegui-la, deve-se então praticar o caminho. Eu conheci a existência do sofrimento, destruí sua origem, compreendi sua cessação e pratiquei o caminho. Assim, obtive a iluminação insuperável, completa e perfeita. O sofrimento, a causa, a cessação e o caminho são as quatro verdades nobres. Sem conhecê-las, ninguém pode conseguir a iluminação. Quem compreendê-las perfeitamente, pode se libertar de todos os sofrimentos”.
O nobre caminho óctuplo oferece um compreensivo guia prático para o desenvolvimento das qualidades e habilidades benéficas no coração humano, que devem ser cultivadas para levar o praticante à meta final, a liberdade e felicidade supremas do nirvana. (…)
O progresso pelo caminho não permite uma simples trajetória linear. Ao invés disso, o desenvolvimento de cada aspecto do nobre caminho óctuplo encoraja o refinamento e fortalecimento dos outros aspectos, conduzindo o praticante cada vez mais à frente na espiral ascendente da maturidade espiritual que culmina no despertar.
WHAT IS THERAVADA? – John Bullit
PRAJNA, a Sabedoria
1. Visão correta (sânsc. samyak-drishti): O conhecimento das quatro verdades nobres, da interdependência etc. constituem a visão correta da realidade.
2. Intenção correta (sânsc. samyak-samkalpa): é a atitude de renunciar às atitudes negativas e cultivar a bondade e a não-agressão.
SHILA, a Ética
3. Fala correta (sânsc. samyak-vach): não se deve mentir, difamar, falar rudemente ou tagarelar, mas falar sim de maneira honesta, harmoniosa, reconfortante e significativa.
4. Ação correta (sânsc. samyak-karmata): não matar, não roubar, não ter má conduta sexual, não tomar drogas ou tóxicos, etc.
5. Meio de vida correto (sânsc. samyak-ajiva): o meio de vida deve seguir os preceitos citados anteriormente.
SAMADHI, a Concentração
6. Esforço correto (sânsc. samyak-vyayama): não se deve viver de modo negativo ou repetir os erros da passado, mas sim desenvolver cada vez mais as atitudes positivas.
7. Atenção correta (sânsc. samyak-smiriti): é a contemplação do corpo, dos sentimentos, da mente, dos fenômenos.
8. Concentração correta (sânsc. samyak-samadhi): é a meditação praticada com o esforço correto e com a atenção correta.
BUDISMO – Dr Georges da Silva/Rita Homenko
Deve ter ficado claro que as Quatro Nobres Verdades são o conceito central do Budismo. O que Budha ensinou durante 45 anos abarca essas verdades, quer dizer Dukkha; o sofrimento ou insatisfação, sua produção, seu cessar e o caminho para abandonar este estado inaceitável. O que chamamos homem é, em último termo, uma combinação de mente e corpo, ou dos cinco agregados do apego. No plano humano, Dukkha não existe nem pode existir independentemente do homem, sua mente e seu corpo. Portanto, resulta claro que Dukkha não é senão o próprio ser humano. Como foi dito “os cinco agregados do apego são dukkha”. Sabemos que a 2a. N.V. é Tanha o desejo ou a sede, que é a produção de Dukkha. E onde surge esse desejo? Onde estão os cinco agregados do apego, ai se produz este desejo. A 3a. N.V. é a aniquilação, o cessar do desejo, Nirvana - a liberação final - Isto também não é algo exterior ao homem. A 4a. N.V. é o caminho que nos permite escapar deste estado insatisfatório, destas existências repetidas, Samsara. Muito bem, se fizermos uma análise atenta, perceberemos que, o que aqui se pretende é mostrar (Samsara e sua causa), e (Nirvana e o caminho que conduz a ele). Samsara não é senão uma sucessão dos agregados do apego, mentais e corporais; em outras palavras, as existências repetidas. Nesse sentido, Samsara é outro nome do homem cuja substância compõe os agregados do apego. Esta é a 1a. N.V. Na 2a. N.V. captamos a causa e condição de samsara. Na 3a. N.V. apreciamos o cessar de Samsara, que é a suprema emancipação da escravidão - Nirvana -. É bom destacar que, Samsara se opõe diretamente a Nirvana. O homem que está preso aos prazeres dos sentidos não esta liberado de Samsara. Ao contrário, o que se libertou, experimenta a, bem-aventurança do Nirvana, aqui e agora. A 4a. N.V. É O Nobre Óctuplo Caminho, é o único aspecto que ocupa da prática. O Caminho é um conjunto de meios que nos permitem sair do enredamento de Samsara e realizar Nirvana. Não há atalhos que conduzam a Paz e Felicidade Verdadeiras. É uma disciplina gradual, uma instrução em palavras, atos e pensamentos que proporcionam uma autêntica sabedoria, que culmina na iluminação total, na realização do Nirvana.
BUDISMO – Dr Georges da Silva/Rita Homenko
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CONTROLE DA VIOLÊNCIA
Assista o Vídeo - A História da Não-Violência Ativa
http://www.smartsite.com.br/sys_client/120/1672.aspx
O QUE É A NÃO VIOLENCIA ATIVA?
Jainismo, Tolstoi, Gandhi, M.L.King, Silo
No mundo de hoje, a violência cresce e se espalha por todos os campos, gerando um clima de medo, incerteza, asfixia e isolamento.Não se trata apenas de violência física, da guerra e da criminalidade. Existem também as violências econômicas, raciais, religiosas, psicológica, a violência domestica, familiar e a violência interna. Não violência não é pacifismo, não violência não é um simples slogan para manifestações.A não violência não é a atitude resignada de quem evita, por temor o enfrentamento e a discussão.A não violência é uma grande filosofia de vida e uma metodologia de ação, que sempre foi inspirada em profundas condições morais e religiosas, e que hoje representa a única resposta coerente a espiral de violência que nos rodeia.
Vejamos, rapidamente, algumas coisas que foram ditas sobre a não violência, e alguns movimentos para os quais a não violência foi fonte de inspiração.
JANAISMO
“Sentir compaixão por qualquer Ser Vivente é como senti-la por nos mesmos”
O Jainismo é, junto com o Hinduismo e o Budismo, uma das religiões históricas da Índia.
Para o Jainismo, em todo ser vivo existe um principio vital único e imortal.
Toda a ação que se cumpra, constitui-se numa causa que terá necessariamente um efeito.
Assim toda a ação violenta , que se choque contra este principio vital, repercute em quem a realiza.
Somente com ações não violentas é possível alcançar um estado de tranqüilidade e paz.
Por isso Ahimsa, a não violência, é fundamento da ética Jainista.A Ahimsa é o respeito total a toda forma de vida.
“Matar um ser vivo é como matar a si mesmo. Sentir compaixão por qualquer ser vivo é como senti-la consigo mesmo. Conhecendo esse principio de igualdade, trata sempre aos demais com respeito e compaixão.”
TOLSTOI
“Não faça aos demais o que não querem que façam a ti”
Tolstoi nasce em 1828, em Jasnaja Poljana, Rússia. Entre 1860 e 1880, escreve suas duas novelas mais famosas, “Guerra e Paz” e “Anna Karenina”. Mas é em seus outros livros como por exemplo “O Reino de Deus esta em vocês”, que encontramos uma profunda reflexão sobre a não violência.Enquanto sofria uma forte crise existencial, se aproxima do Cristianismo, buscando captar seu significado autentico e original, já perdido no Cristianismo oficial. Para Tolstoi a igreja havia se esquecido de dois princípios do Evangelho, simples, mas fundamentais: Amar aos seres humanos e não se opor ao mal com violência. Assim, o Cristianismo encontra-se entre nós mas não faz parte do coração e da vida dos homens. “E Cristo ensinou sua doutrina, que consiste não somente no fato de que é necessário não se opor ao mal com violência, senão que em um novo conceito de vida, cuja aplicação à vida social daria como resultado o desaparecimento da luta entre os homens. Não através da submissão de uma parte deles ás autoridades, mas proibindo que os homens, sobretudo aqueles que estão no poder, utilizem sua força contra qualquer um, não importa em que situação” Mas esta mensagem foi realmente aceita por muito pouco, e mesmo quando os estados passaram a adotar o Cristianismo, fizeram-no afetando a exterioridade da doutrina de forma utilitária.
“A contradição entre a consciência e a vida e, portanto, o desdobramento de nossa existência, chegou a um limite extremo.”
Por um lado se fala de humanidade, de compreensão, de justiça, e por outro se apóia, silenciosa ou manifestante, a uma sociedade baseada na violência. Aqueles que detêm o poder, utilizam sempre a violência quando esses se vêem ameaçado. Deste modo, a guerra se justifica como uma necessidade de impedir que os malvados cheguem ao poder, quando, na realidade, eles são os violentos, que não fazem outra coisa além de proteger sua situação aparentemente vantajosa. E manipularão a opinião publica para convencer a população de que é necessário utilizar a violência contra uma má intenção que põe a todos em perigo.Se não estivéssemos cegos pela hipocrisia, nos seriam claras as coisas mais simples da vida. “Compartilha o que tem com os outros, não acumule riquezas, não sejas soberbo, não roubes, não faças sofrer,não mates. Não faça a outro o que não quer que façam a ti. Tudo isso foi dito não há dezoito séculos atrás, mas há 5.000 anos atrás. E não poderiam existir duvidas sobre a verdade desta lei, se a hipocrisia não existisse. O único sentido da vida é servir a humanidade, participando no estabelecimento do Reino de Deus. Coisa que não se pode fazer se todos e cada um dos homens não reconhecem e não professam a verdade. O Reino de Deus não virá de maneira evidente, e não se poderá dizer: ‘esta aqui’ ou ‘ esta ali’,pelo simples fato de que o Reino de Deus esta dentro de vocês.”
GANDHI
“A não violência é a maior força a disposição da humanidade.”
Gandhi nasce na Índia, em 1869. Para conseguir o diploma de advogado, viaja a Londres em 1888. Seus interesses o levam a estudar textos religiosos e se acerca ao pensamento de Tolstoi, definindo a obra “O Reino de Deus esta em vocês” como um dos poucos livros capazes de transformar imediatamente uma pessoa.Em 1893, viaja a União Sul Africana por motivos de trabalho. Na África do Sul, o poder estava nas mãos de uma minoria de brancos que impunham um regime de apartheid absoluto, ao tempo em que discriminava não só a população local, mas também a pequena comunidade de cerca de 5000 hindus.É aqui onde Gandhi, enfrentando a segregação racial, e sofrendo inumeráveis agressões, começa sua atividade social. Os hindus deveriam suportar injustiças de todo o tipo: perseguições, impostos abusivos, restrições das liberdades pessoais, etc.
Gandhi torna-se líder dessa comunidade. No inicio, a luta baseava-se em petições, denuncias, publicações e cartas. Mas a medida em que aumentava os enfrentamos, Gandhi elaborou novas idéias de método de ação. Em 1906 uma lei obriga os asiáticos a terem um documento de identidade. Suas impressões digitais são tomadas, e se lhe submete a todo tipo de humilhações.Gandhi lança uma campanha de desobediência civil, e os hindus renunciam a se conformar com o imposto pela lei. As pressões foram aumentadas e o próprio Gandhi teve a primeira experiência do que ele chamava “Os Hotéis de sua Majestade”. Em 1913, grande parte das leis discriminatórias é abolida. Gandhi obtém assim a sua primeira vitória, mostrando a grande força da não violência. Em 1914, volta a Índia, onde já é famoso. A Índia era, naquele tempo, uma importante colônia inglesa, desde o ponto de vista militar, político e econômico. Os ingleses exploravam as riquezas naturais da Índia, enquanto o país se empobrecia progressivamente.O mal estar era geral e o Congresso não gozava de nenhum tipo de poder político. Graças à liderança de Gandhi, o Congresso desempenhou um papel decisivo no que seria a partir de então, o processo de independência da Índia. Neste, participou também a minoria mulçumana. Mas o mais importante é que de um movimento de elite, passou a ser um movimento de massas. As campanhas não violentas promovidas por Gandhi, que eram chamadas por ele de “Satyagraha”, que significa “Força da Verdade”, receberam o apoio de todo o país. Desobediência às leis injustas, manifestações, e, em primeiro lugar, a não colaboração com o governo inglês. As escolas públicas ficaram desertas, os conflitos eram resolvidos fora dos tribunais, aqueles que tinham cargos administrativos se demitiam, os produtos ingleses eram boicotados, os velhos teares hindus voltaram a produzir e deste modo, não comprando mais nada produzido na Inglaterra, desfechavam um duro golpe no que, para os colonizadores, era o mais importante: a economia. Para a Gandhi, a não violência:
“Não significa doce submissão à vontade do mal. Significa utilizar todas as forças da alma contra a vontade do tirano. A não violência não é uma desculpa para o covarde, mas a suprema virtude dos bravos. A pratica da não violência requer muito mais coragem do que a pratica das armas. Também a vingança é sintoma de fraqueza: um cachorro late e morde quando tem medo. Um homem que não teme ninguém, considera inútil irar-se quanto àqueles que tentam, em vão ofendê-lo.” Para Gandhi, a não violência é muito mais que uma forma de luta ou um meio para obter um objetivo político. A não violência é luta contra a injustiça, afirmação de amor ao próximo, é a busca da verdade.
“Uma profunda experiência me convenceu que não a outro Deus além da verdade. As pequenas e fugazes centelhas da verdade que fui capaz de captar, dificilmente pode dar uma idéia do esplendor da verdade, um milhão de vezes mais intenso que o esplendor do sol que vemos todos os dias com nossos olhos. Na verdade o que consegui captar é um tênue raio deste potente fulgor. Mas, com base em toda minha experiência, posso dizer com certeza isso: uma visão perfeita da verdade pode somente derivar de uma completa realização da Ahimsa, da não violência.”
Este foi um caminho difícil, que, ao final da Segunda Guerra Mundial, levou a Índia à independência. Não era a independência que Gandhi havia sonhado. O país se dividiu na União Hindu, com maioria Hindu, e Paquistão com maioria mulçumana. E foi precisamente neste clima de violência religiosa que Gandhi foi assassinado por um extremista hindu, em 1948. Mas Gandhi já havia demonstrado ao mundo a grande força da Ahimsa, a grande força da luta não violenta.
M.L.KING
“A não cooperação com o mal é uma obrigação moral, tanto como é a cooperação com o bem.”
Martin Luther King nasce em 1929 em Atlanta, Geórgia. Graduou-se em Teologia e Filosofia. Durante os estudos descobre Gandhi e fica fascinado com a idéia da não violência.Como pastor batista, mais que um pensador, foi um homem de ação. Sua atividade social se desenvolveu durante os anos 50 e 60 do século passado, anos em que nos democráticos Estados Unidos da América existia um duro regime segregacionista que mantinha os negros a margem da sociedade. Em todos os locais públicos, inclusive os meios de transporte, tinham áreas reservadas, não gozavam dos mesmos direitos civis que os brancos e seus salários eram os mais baixos. Em geral, relegados a vários guetos, viviam envoltos em uma venenosa atmosfera de violência e discriminação.
Em 1954, King viaja a Montgomery, no Alabama. E é ai onde começa sua atividade política-social, colocando-se como líder do movimento de protesto contra a segregação racial nos meios de transportes públicos da cidade. O estopim do protesto foi à detenção da Sra Rosa Parks, que se sentou em um ônibus em um lugar reservado a pessoas brancas e negou-se a abandonar o assento. A população negra de Montgomery boicotou os meios de transportes, e o protesto durou mais de um ano. E as pessoas negras de Montgomery demonstraram uma grande convicção, permanência e maturidade, colocando em pratica as idéias de Martin Luther King : não violência é não responder as provocações. Provocações essas que foram de todos os tipos: Martin Luther King foi preso e condenado, sofreu ameaça e atentados, efetuaram-se prisões em massa, as autoridades e o meio de difusão davam noticias falsas para tentar dividir o movimento. “Este é o modo para sair desta obscura noite de opressão. Fazer dessa nação uma nação melhor significa que podemos nos colocar de pé e fazer saber a nossos oponentes que não aceitaremos a injustiça que combateremos com nossas vidas. Não nos rebaixaremos jamais ao nível da violência e do ódio e chegaremos a ponto de conseguir convencê-los de que um novo mundo esta nascendo.”
Depois de um ano de protesto, a Suprema Corte declarou ilegal o segregacionismo no meio de transportes. As reações à decisão da Suprema Corte foram muito violentas, entre elas, as manifestações da Ku KLux Klan.Mas as respostas do movimento foram também fortes e decididas:“Um dos maiores méritos da democracia americana é que temos o direito de protestar por nossos direitos. Este é um protesto não violento. Nos apoiamos em forças espirituais e morais, utilizando o método da resistência passiva e se recebemos violência nós não respondemos com violência.” O movimento dos negros se havia difundido também entre os estudantes: não colaboração, manifestação de protesto, atos breves, eram os métodos mais utilizados contra o segregacionismo. Um importante objetivo era a obtenção do voto real para a população negra.Martin Luther King continuo sofrendo uma serie interminável de abusos, que iam desde prisões injustificadas até ameaças e atentados. Finalmente, se começou a negociar e se chegaram aos primeiros acordos para abolir esse segregacionismo. As lutas se estenderam também aos estados do norte, culminando, em 1963, na Marcha de Washington, onde Martin Luther King deu seu famoso discurso “Eu tenho um sonho”.
“Eu tenho um sonho. Sonho que um dia nas montanhas vermelhas da Geórgia, os filhos dos antigos escravos e os filhos dos antigos donos de escravos, possam se sentar juntos à mesa da irmandade. Eu tenho um sonho. Sonho inclusive que um dia o estado no Mississipi, um estado deserto sufocado pelo calor da injustiça e da opressão, se converterá em um oásis de liberdade e justiça. Eu tenho um sonho. Sonho que meus quatros filhos pequenos viverão um dia em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pela qualidade de sua personalidade. Hoje eu tenho um sonho.”
SILO
“Ama a realidade que constróis e nada nem a morte deterá seu vôo.”
Silo, pseudônimo literário de Mario Rodrigues Cobos, nasceu em 1938 em Mendonza, Argentina, onde vive atualmente. As primeiras tentativas de tornar publica as suas idéias, foram reprimidas pelo cruel regime militar no poder durante os anos 60 na Argentina. Silo e alguns jovens que difundiam as suas idéias foram perseguidos e presos. Somente em 4 de maio de 1969 lhe foi permitido fazer um discurso publico, mas a 3 mil metros de altitude, próximo ao monte Aconcágua, cercado por veículos militares e metralhadoras.
“Não penses que falo de violência referindo-me somente ao ato armado da guerra, e de violência física. Há uma violência econômica. A violência econômica é aquela que te faz explorar as outras pessoas. A violência econômica se da quando roubamos de outros. Quando já não és irmão do outro, mas é a ave de rapina de teu irmão. Há ainda uma violência racial. Crês que não exerce violência quando persegues a outro que é de uma raça diferente da tua ? Crê que não exerces violência quando o difamas por ser de uma raça diferente da tua? Há uma violência religiosa…” Apesar da repressão e do silencio dos meios de comunicação, o pensamento de Silo se difundiu a partir da América Latina até o resto do Planeta. Em encontros e conferencias em vários paises e continentes, Silo explicou publicamente suas idéias.
“Nossa moral se baseia neste principio: ‘Trata aos demais como queres que te tratem’.”
Muitos jovens se entusiasmaram com suas propostas e lentamente começou a se desenvolver uma corrente de pensamento e ação conhecida como Movimento Humanista. Sua filosofia foi definida como Novo Humanismo ou Humanista Universalista. Suas propostas não estão dirigidas a uma cultura em particular, mas a todo planeta, onde pessoas de todas as latitudes sofrem pela violência exercida por uma minoria que domina e impõe seu modelo desumano.
“Em primeiro lugar, a chamada globalização nada mais é do que a extensão da influencia do império ianque que dia-a-dia, vai impondo seus parâmetros.”Ao contrario, as diversidades são muito importantes, são a riqueza da humanidade. “Convergir, em uma direção a Nação Humana Universal.”
Nos anos 90 o Movimento Humanista alcança o seu pleno desenvolvimento, e hoje luta pela defesa real dos direitos humanos, no campo social, político e cultural, em diversas regiões do planeta. “Esta proposta de considerar o ser humano como valor central e propiciar igualdade e oportunidades para todos, de reconhecer a diversidade, opondo-se a toda discriminação, de propiciar liberdade de pensamento e de lutar contra toda a forma de violência, caracterizam nosso pensamento e nossa ação nos aspectos mais gerais. Ao mesmo tempo, estas propostas acabam configurando um estilo de vida e um modo de relação do mais alto valor moral, que se pode expressar nesta frase: ‘Trata aos demais como queres que te tratem’.” Intensa é sua produção literária, em numerosos livros que expõem suas idéias.
Em 1999, no mesmo lugar onde 30 anos antes, havia pronunciado seu primeiro discurso, declara os fracassos dos ideais do Novo Humanismo, que não puderam ser realizados.“Se hoje temos de declarar nosso fracasso, também temos de anunciar uma nova civilização que esta nascendo à primeira civilização planetária da estória humana.”Cinco anos mais tarde, por ocasião da primeira celebração da Mensagem de Silo, esclarece: “Fracassamos, mas insistimos!Fracassamos, mas insistimos em nosso projeto de humanização do mundo. Fracassamos e seguiremos fracassando, uma e mil vezes, porque montamos nas asas de um passaro chamado intento, que voa sobre as frustrações, as debilidades, e as limitações. Este é um intento pelo qual vale a pena viver. Porque é a continuação das melhores aspirações das pessoas boas que nos precederam. Este é o intento que vale a pena viver, porque é o antecedente das futuras gerações que transformará o mundo.”
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Dá Tempo à Tua Vocação
Nunca dês ouvidos àqueles que, no desejo de te servir, te aconselham a renunciar a uma das tuas aspirações. Tu bem sabes qual é a tua vocação, pois a sentes exercer pressão sobre ti. E, se a atraiçoas, é a ti que desfiguras. Mas fica sabendo que a tua verdade se fará lentamente, pois ela é nascimento de árvore e não descoberta de uma fórmula. O tempo é que desempenha o papel mais importante, porque se trata de te tornares outro e de subires uma montanha difícil. Porque o ser novo, que é unidade libertada no meio da confusão das coisas, não se te impõe como a solução de um enigma, mas como um apaziguamento dos litígios e uma cura dos ferimentos. E só virás a conhecer o seu poder, uma vez que ele se tiver realizado. Nada me pareceu tão útil ao homem como o silêncio e a lentidão. Por isso os tenho honrado sempe como deuses por demais esquecidos.
Antoine de Saint-Exupéry, in ‘Cidadela’
Disponivel em: . Acesso em 19 fev 2012.
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ESPIRITO OLIMPICO
Celebrar o novo milénio é uma forma moderna de recordar aquilo que na cultura greco-romana se traduz no mito das idades em suas várias expressões, desde as propagandísticas, através da identificação do advento de um novo imperador com uma nova aetas ou com um novo saeculum, até à aspiração ao regresso de uma constelação benfazeja, tal como foi expressa na IV Bucólica de Virgílio. Recordar o espírito olímpico é, por outro lado, aderir a uma aspiração de harmonia, cultura e paz universais, numa permanente busca da concretização de uma utopia, na crença na capacidade humana de construir o ideal. Sem esquecer, pois, a importância da presença de um ideal messiânico , estamos a celebrar o homem na dimensão de promotor da paz e do progresso , na sua capacidade de realizar e de sonhar , e de sonhar até com ideais de glória. Estas vertentes de exaltação da capacidade humana têm fortes raízes na cultura greco-latina. Por isso, a presente colectânea de estudos pretende, também, ser uma manifestação de optimismo na permanência da cultura clássica como astro orientador do homem em todas as suas lutas por um futuro melhor.
Francisco de Oliveira
Disponivel em: . Acesso em 19 fev 2012.
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dojo-kun (mandamentos doutrinarios)

HITOTSU - JINKAKU KANSEI NI TSUTOMURU KOTO
Primeiro. Esforçar-se para formação do caráter.
HITOTSU - MAKOTO NO MICHI WO MAMORU KOTO
Primeiro. Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão.
HITOTSU - DORYOKU NO SEISHIN O YASHINAU KOTO
Primeiro. Criar o intuito de esforço.
HITOTSU - REIGI O OMONZURU KOTO
Primeiro. Respeito acima de tudo.
HITOTSU - KEKKI NO YU O IMASHIMURU KOTO
Primeiro. Conter o espírito de agressão.
Dojo kun (道场 训 Dōjō kun?) é o conjunto de regras a ser seguido pelos praticantes de caratê.[1] É inspirado no Bushido. Diz-se que foi compilado forma atual por Kanga Sakukawa, aproximadamente em 1750 e seriam obra original do monge budista Bodhidharma, ainda na Índia, antigamente eram mais de 20 regras, mas um sensei conseguiu resumir apenas em cinco, para os ocidentais também as poderem aprender.[2]
Quando você lê o Kun (mandamentos) provavelmente notará algo.
Cada linha começa com primeiro, porque? Por que não segundo, terceiro, quarto e quinto?
O mestre Funakoshi entendia que nenhum item do Kun fosse mais importante que o outro. Por isso, cada item foi numerado como sendo o primeiro.
Sensei Anko Itosu, quando se dirigiu aos administradores japoneses, no fito de divulgar o caratê por todo o Japão, referiu-se à sua arte marcial em forma de princípios que poderiam ser facilmente compeendidos. Assim, tal conjunto de princípios ficou conhecido como Tode jukun, ou os Dez Princípios do Tode.
1. O caratê não é praticado apenas para o benefício individual, pode ser usado para proteger sua família e seu mestre. Ele não é pensado para ser utilizado apenas contra um único bandido, mas sim, como uma forma de se evitar uma briga caso se venha a ser confrontado com um vilão ou um valentão.
2. O propósito do caratê é tornar os músculos e ossos duros como rochas e usar as mãos e pernas como lanças. Se as crianças iniciassem a treinar naturalmente nas proezas militares enquanto na escola fundamental elas ficariam aptas ao serviço militar…
3. O caratê não pode ser aprendido rapidamente…
4. Em caratê, treinamento das mãos e dos pés é importante, então você deve treinar meticulosamente com makiwara. Para fazer isso, abaixe seus ombros, abra os pulmões, reúna sua força, agarre o chão com os pés e concentre sua energia no baixo abdômen. Pratique utilizando cada braço de cem a duzentas vezes por dia.
5. Quando praticar as bases do caratê certifique-se de manter as costas eretas, ombros abaixados, colocar a força em suas pernas, manter-se firme e direcione a energia para o baixo abdômen.
6. Pratique cada uma das técnicas do caratê repetidamente. Aprenda bem as interpretações de cada técnica e decida quando e de que maneira aplicá-las quando necessário…
7. Vós deveis decidir se o caratê é para saúde ou para auxiliar nos deveres.
8. Quando treinar, faça como se estivesse no campo de batalha. Seus olhos devem ficar penetrantes, os ombros baixos e o corpo endurecido. Deve-se treinar sempre com intensidade e espírito como se realmente estivesse encarando o inimigo e desta forma naturalmente ficar-se-á pronto.
9. Se se usar excessivamente sua força no treinamento de caratê isso irá causar a perda de energia no baixo abdômen e será perigoso para o corpo. Os olhos e o rosto ficarão vermelhos. Ser cuidadoso para controlar o treinamento.
10. [...] O caratê auxilia no desenvolvimento de ossos e músculos. Ajuda tanto na digestão quanto na circulação…
Imbuído pelo conceito do “dô” e a exemplo do que fizeram os mestres do passado, em particular, seu instrutor directo, mestre Sakukawa, Gishin Funakoshi elaborou um código ético, Niju kun, o qual seria difundido em sua escola, mas se acabou por espraiar-se por outros dojôs. O nome significa literalmente as vinte regras e são as seguintes:
1. Não se esqueça que o caratê deve iniciar com saudação e terminar com saudação.
2. No caratê não existe atitude ofensiva.
3. O caratê é um apoio da justiça.
4. Conheça a si próprio antes de julgar os outros.
5. O espírito é mais importante do que a técnica.
6. Evitar o descontrole do equilíbrio mental.
7. Os infortúnios são causados pela negligência.
8. O caratê não se limita apenas à academia.
9. O aprendizado do caratê deve ser perseguido durante toda a vida.
10. O caratê dará frutos quando associado à vida cotidiana.
11. O carate é como água quente. Se não receber calor constantemente, esfria.
12. Não pense em vencer, pense em não ser vencido.
13. Mude de atitude conforme o adversário.
14. A luta depende de como se usam os pontos fracos e fortes.
15. Imagine que os membros de seus adversários são como espadas.
16. Para cada homem que sai do seu portão, existem milhões de adversários.
17. No início, os movimentos são artificiais, mas com a evolução tornam-se naturais.
18. O treino das técnicas deve ser de acordo com o movimento correto, pero na aplicação torna-se diferente.
19. Não se esqueça de aplicar corretamente: (1) alta e baixa intensidade de força; (2) expansão e contração corporal; (3) técnicas lentas e rápidas.
20. Estudar, praticar e aperfeiçoar-se sempre.

Vocabulário
• DOJO - local onde se pratica uma arte marcial; academia.
• KUN - mandamento; obrigação.
• HITOTSU - um; uma unidade.
• JINKAKU - caráter; personalidade.
• KANSEI - formação; conclusão; término; acabamento.
• TSUTOMURU - esforçar-se; empenhar-se; tentar arduamente.
• MAKOTO - verdade; sinceridade; honestidade.
• MICHI - caminho.
• MAMORU - obedecer; respeitar; guardar; cumprir; defender.
• DORYOKU - esforço; empenho.
• SEISHIN - espírito; alma; vontade; intenção; mentalidade.
• YASHINAU - alimentar; sustentar; manter; criar.
• REIGI - etiqueta; cortesia; civilidade; boa educação; respeito.
• OMONZURU - respeitar; ter muita consideração; apreciar; estimar; venerar; honrar.
• KEKKI - impetuosidade; arrebatamento; violência.
• YU - vigor; coragem.
• IMASHIMURU - repreender; proibir; reprimir; conter.
• KOTO - sufixo que transforma a expressão em uma ordem.
• NI - para.
• NO - de; do; da.
• O (WO) - indica objeto direto.
Nota: Informações sobre o significado do Dojo Kun foram publicadas na Budô Newsletter de março de 2007 (ANO I - Ed. 1)
Disponivel em: . Acesso em 19 fev 2012.
DOJOKUN SHINSHUKAN ==>
Reigui – Cortesia
Shisei – Sinceridade
Doryoku – Esforço
Sekinin – Reponsabilidade
Meiro – Alegria
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credo samurai
Credo do Samurai
Autor desconhecido
Eu não tenho pais, faço do céu e da terra meus pais.
Eu não tenho casa, faço do mundo minha casa.
Eu não tenho poder divino, faço da honestidade meu poder divino.
Eu não tenho pretensões, faço da minha disciplina minha pretensão.
Eu não tenho poderes mágicos, faço da personalidade meus poderes mágicos.
Eu não tenho vida ou morte, faço das duas uma, tenho vida e morte.
Eu não tenho visão, faço da luz do trovão a minha visão.
Eu não tenho audição, faço da sensibilidade meus ouvidos.
Eu não tenho língua, faço da prontidão minha língua.
Eu não tenho leis, faço da auto-defesa minha lei.
Eu não tenho estratégia, faço do direito de matar e do direito de salvar vidas minha estratégia.
Eu não tenho projetos, faço do apego às oportunidades meus projetos.
Eu não tenho princípios, faço da adaptação a todas as circunstâncias meu princípio.
Eu não tenho táticas, faço da escassez e da abundância minha tática.
Eu não tenho talentos, faço da minha imaginação meus talentos.
Eu não tenho amigos, faço da minha mente minha única amiga.
Eu não tenho inimigos, faço do descuido meu inimigo.
Eu não tenho armadura, faço da benevolência minha armadura.
Eu não tenho castelo, faço do caráter meu castelo.
Eu não tenho espada, faço da perseverança minha espada.
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CÓDIGO SAMURAI
Por muitos anos, entre 1192 a 1868, os samurais governaram o Japão e muito do que representa a cultura e o estilo japonês hoje, a despeito de toda a modernidade que dominou o seu dia-a-dia, ainda está fortemente carregado com os valores incutidos pelo código de honra dos samurais, o Bushidô. Embora a palavra samurai resgate a idéia geral de guerreiro, soldado ou capanga, o Bushidô foi escrito por eles para ressaltar a importância da filosofia, das artes e da ética nas artes marciais, ainda hoje preservados nos ensinamentos do karatê, judô, kendô, aikidô, hapkidô, etc.
Aos mais atentos e ligados às artes marciais, à história e cultura do Japão e ao código dos samurais, vai perceber que existem muitos elementos em comum que ajudam a explicar um pouco o estilo do empreendedor oriental. Boyé Laffayette em seu livro ‘O código Samurai: Princípios da Administração Japonesa’, traz alguns destes ensinamentos:
1) Os quatro G’s (Giri, Gisei, Gaman e Gambaru): Giri significa ‘obrigação, dever, justiça’ um forte laço que une as pessoas, desde as relações entre jovens e idosos ou entre pais e parentes, até a lealdade mútua entre empregado e empregador. Gisei significa ‘sacrifício’ e representa a força que faz o empreendedor abrir mão da companhia dos amigos, afastar-se da família e abandonar prazeres pessoais para se dedicar ao seu negócio, quando necessário. Gaman significa ‘tolerância, perseverança, resistência’ e remete para a necessidade de agüentar o que às vezes pode parecer insuportável, não perder a paciência nem a calma sob qualquer circunstância. Gambaru significa ‘esforço, persistência’, a capacidade de se envolver de forma profunda e determinada, não quebrar, não cair, manter-se firme e forte e não desistir jamais.
2) O entendimento do Ken (visão) e do Kan (conhecimento): Precisam vir sempre juntos para melhor entender a realidade. Através da visão do futuro, clara e significativa, o empreendedor pode vislumbrar melhor suas possibilidades e alternativas, que, junto com o conhecimento do contexto e dos detalhes da operação, ajudam a tomar as decisões mais sábias.
3) Melhoria contínua (kaizen): O samurai é um perfeccionista. Está sempre treinando e buscando a perfeição de forma a se tornar sempre um guerreiro melhor hoje do que era ontem. Da mesma forma, o empreendedor é um obstinado pela qualidade, seu orgulho pelo resultado do seu trabalho impõe um nível de excelência que representa sempre um desafio para ele.
4) Desprendimento (Mu): O ideal do desapego tem fortes raízes na cultura Zen budista que influenciou o Bushidô. Esta característica pode ser facilmente identificada na sociedade japonesa que reconhece claramente este fator como determinante para o sucesso japonês como civilização. O desprendimento referido aqui diz respeito à negação do individualismo e valorização do grupo. Os interesses do grupo devem sempre prevalecer aos interesses individuais. Esta é a essência do modelo de gestão participativa que tira posturas autoritárias do empreendedor em favor dos stakeholders, ou grupos de interesse, como clientes, fornecedores, parceiros, governo, funcionários, acionistas, etc.
5) Caráter: Outro princípio filosófico que o Bushidô importou do Zen foi a idéia de que o trabalho deve ser visto como uma forma de engrandecer o caráter das pessoas. De fato, empreendedores verdadeiros não são motivados pelos resultados financeiros, mas sim pela experiência adquirida, pelos contatos desenvolvidos, pelo aprendizado construído e pelos desafios impostos.
6) Atitude mental (Mushin): O código dos samurais diz: ‘É difícil derrotar os inimigos; é fácil derrotar a si mesmo’. Esta pode ser a mais valorizada virtude dos samurais para os japoneses, bem como a mais difícil de se desenvolver. Meditação, privações, confrontações com sentimentos como o medo e resistência à dor faziam parte deste processo. Todo o treinamento se concentrava no auto-conhecimento, que gerava auto-confiança e a decorrente segurança nas decisões em momentos de crise e dificuldade.
7) Confiança (Amae): Por natureza, o samurai acredita, em primeira instância, que as pessoas, de uma forma geral, são boas e honestas. O pressuposto básico que permeia todo início de relacionamento é a confiança. Comer e beber juntos, trocar presentes e lembranças de amizade, participação em fases da vida são formas de construir o ‘amae’. Normalmente o empreendedor também adota uma postura parecida com esta, que às vezes, é confundida no Brasil como ‘ingenuidade’, mas na verdade, é apenas a manifestação de confiança irrestrita. Eventualmente, as pessoas podem provar que não merecem tal confiança e embora o preço possa ser alto, o empreendedor prefere aprender desta forma sobre o caráter das pessoas.
Habilidades escondidas (Ude): Ao contrário da cultura ocidental, que valoriza a auto-promoção, o marketing pessoal, a exploração das próprias qualidades e habilidades, entre os japoneses é comum manter-se escondido, mostrando um perfil modesto, restrito, contido e reservado, sem vangloriar-se ou exibir-se gratuitamente, deixando para revelar suas mais importantes forças no momento apropriado, surpreendendo a todos e de forma estratégica. Por este motivo, símbolos de poder, como salas executivas, benefícios exclusivos ou qualquer evidência de superioridade são rechaçados na cultura oriental.
9) Intuição (Haragei): É comum atribuir a capacidade perceptiva e intuitiva ao empreendedor. Entre os samurais, esta característica é fundamental aos seus instintos. Haragei significa ‘pensar com o estômago’ e era um dos traços que famosos empresários japoneses como Konosuke Matsushita, Soichiro Honda ou Akio Morita compartilhavam. A observância a detalhes, a visão holística, o conhecimento tácito, a disciplina constante na educação fazem parte deste treinamento, herdado dos samurais.
10) Harmonia (Enman): Das artes marciais à cerimônia do chá, da culinária às manifestações artísticas como o ikebana, tudo o que permeia a cultura japonesa contém elementos que se traduzem em equilíbrio, harmonia e balanço. Nas relações de negócios, a paciência é uma virtude essencial que se traduz em longas rodadas de negociação e a busca da compreensão da posição do outro ajuda nos ajustes mútuos constantes para encontrar soluções ganha-ganha. A situação vitorioso-derrotado é indesejada, mesmo em situações de guerra. Até bem pouco tempo, um jogador japonês típico não comemorava os gols marcados por considerar uma falta de respeito para com o adversário.
Disponivel em: . Acesso em 19 fev 2012.
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DECLARAÇÃO INDIGENA SOBRE MEIO-AMBIENTE
Em 1854, “O Grande Chefe Branco” em Washington fez uma oferta por uma grande área de território indígena e prometeu uma “reserva” para os índios.
A resposta do Chefe Seattle, aqui reproduzida na íntegra, tem sido considerada uma das declarações mais belas e profundas já feitas sobre o meio-ambiente:
“Como você pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? A idéia é estranha para nós.
Se nós não somos donos da frescura do ar e do brilho da água, como você pode comprá-los?
Cada parte da Terra é sagrada para o meu povo.
Cada pinha brilhante, cada praia de areia, cada névoa
nas florestas escuras, cada inseto transparente, zumbindo,
é sagrado na memória e na experiência de meu povo.
A energia que flui pelas árvores traz consigo a memória
e a experiência do meu povo.
A energia que flui pelas árvores traz consigo as memórias
do homem vermelho.
Os mortos do homem branco se esquecem da sua pátria quando
vão caminhar entre as estrelas.
Nossos mortos nunca se esquecem desta bela Terra,
pois ela é a mãe do homem vermelho.
Somos parte da Terra e ela é parte de nós.
As flores perfumadas são nossas irmãs, os cervos, o cavalo,
a grande águia, estes são nossos irmãos.
Os picos rochosos, as seivas nas campinas, o calor do corpo do pônei,
e o homem, todos pertencem à mesma família.
Assim, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que
quer comprar nossa terra, ele pede muito de nós.
O Grande Chefe manda dizer que reservará para nós um lugar
onde poderemos viver confortavelmente.
Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos.
Então vamos considerar sua oferta de comprar a terra.
Mas não vai ser fácil.
Pois esta terra é sagrada para nós.
A água brilhante que se move nos riachos e rios não é
simplesmente água, mas o sangue de nossos ancestrais.
Se vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de que
ela é o sangue sagrado de nossos ancestrais.
Se nós vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de que
ela é sagrada, e vocês devem ensinar a seus filhos que ela é sagrada
e que cada reflexo do além na água clara dos lagos fala de coisas
da vida de meu povo.
O murmúrio da água é a voz do pai de meu pai.
Os rios nossos irmãos saciam nossa sede.
Os rios levam nossas canoas e alimentam nossas crianças.
Se vendermos nossa terra para vocês, vocês devem lembrar-se de
ensinar a seus filhos que os rios são irmãos nossos, e de vocês,
e consequentemente vocês devem ter para com os rios o mesmo
carinho que têm para com seus irmãos.
Nós sabemos que o homem branco não entende nossas maneiras.
Para ele um pedaço de terra é igual ao outro, pois ele é um estranho
que chega à noite e tira da terra tudo o que precisa.
A Terra não é seu irmão, mas seu inimigo e quando ele o vence,
segue em frente.
Ele deixa para trás os túmulos de seus pais, e não se importa.
Ele seqüestra a Terra de seus filhos, e não se importa.
O túmulo de seu pai, e o direito de primogenitura de seus filhos
são esquecidos.
Ele ameaça sua mãe, a Terra, e seu irmão, do mesmo modo, como
coisas que comprou, roubou, vendeu como carneiros ou contas brilhantes.
Seu apetite devorará a Terra e deixará atrás de si apenas um deserto.
Não sei.
Nossas maneiras são diferentes das suas.
A visão de suas cidades aflige os olhos do homem vermelho.
Mas talvez seja porque o homem vermelho é selvagem e não entende.
Não existe lugar tranqüilo nas cidades do homem branco.
Não há onde se possa escutar o abrir das folhas na primavera, ou
o ruído das asas de um inseto.
Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não entendo.
A confusão parece servir apenas para insultar os ouvidos.
E o que é a vida se um homem não pode ouvir o choro solitário
de um curiango ou as conversas dos sapos, à noite, em volta de uma lagoa.
Sou um homem vermelho e não entendo.
O índio prefere o som macio do vento lançando-se sobre a face do lago, e
o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva de meio-dia, ou
perfumado pelos pinheiros.
O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas
compartilham o mesmo hálito – a fera, a árvore, o homem,
todos compartilham o mesmo hálito.
O homem branco parece não perceber o ar que respira.
Como um moribundo há dias esperando a morte,
ele é insensível ao mau cheiro.
Mas se vendermos nossa terra, vocês devem se lembrar de que o ar
é precioso para nós, que o ar compartilha seus espíritos
com toda a vida que ele sustenta.
Mas se vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la separada e sagrada,
como um lugar onde mesmo o homem branco pode ir para sentir o vento
que é adoçado pelas flores da campina.
Assim, vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra.
Se resolvermos aceitar, eu imporei uma condição – o homem branco
deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e não entendo de outra forma.
Vi mil búfalos apodrecendo na pradaria, abandonados pelo
homem branco que os matou da janela de um trem que passava.
Sou um selvagem e não entendo como o cavalo de ferro que fuma
pode se tornar mais importante que o búfalo, que nós só matamos
para ficarmos vivos.
O que é o homem sem os animais?
Se todos os animais acabassem, o homem morreria
de uma grande solidão do espírito.
Pois tudo o que acontece aos animais, logo acontece ao homem.
Todas as coisas estão ligadas.
Vocês devem ensinar a seus filhos que o chão sob seus pés
é as cinzas de nossos avós.
Para que eles respeitem a terra, digam a seus filhos que a Terra
é rica com as vidas de nossos parentes.
Ensinem as seus filhos o que ensinamos aos nossos,
que a Terra é nossa mãe.
Tudo o que acontece à Terra, acontece aos filhos da Terra.
Se os homens cospem no chão, eles cospem em si mesmos.
Isto nós sabemos – a Terra não pertence ao homem –
o homem pertence à Terra.
Isto nós sabemos.
Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família.
Todas as coisas estão ligadas.
Tudo o que acontece à Terra – acontece aos filhos da Terra.
O homem não teceu a teia da vida – ele é meramente um fio dela.
O que quer que ele faça à teia, ele faz a si mesmo.
Mesmo o homem branco, cujo Deus anda e fala com ele como de
amigo para amigo, não pode ficar isento do destino comum.
Podemos ser irmãos, afinal de contas.
Veremos.
De uma coisa nós sabemos, que o homem branco pode um dia
descobrir – nosso Deus é o mesmo Deus.
Vocês podem pensar agora que vocês O possuem como desejam
possuir nossa terra, mas vocês não podem fazê-lo.
Ele é Deus do homem, e Sua compaixão é igual tanto para com
o homem vermelho quanto para com o branco.
A Terra é preciosa para Ele, e danificar a Terra é acumular desprezo
por seu criador.
Os brancos também passarão, talvez antes de todas as outras tribos.
Mas em seu desaparecimento vocês brilharão com intensidade,
queimados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e para algum
propósito especial lhes deu domínio sobre esta terra
e sobre o homem vermelho.
Esse destino é um mistério para nós, pois não entendemos quando os
búfalos são mortos, os cavalos selvagens são domados, os recantos
secretos da floresta carregados pelo cheiro de muitos homens, e a vista
das montanhas maduras manchadas por fios que falam.
Onde está o bosque?
Acabou.
Onde está a águia?
Acabou.
O fim dos vivos e o começo da sobrevivência.”
Extraído de The Irish Press, sexta-feira, 4 de junho de 1976.
Disponivel em: . Acesso em 19 fev 2012.
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CÓDIGO INDIGENA
Código de ética indígena
http://www.youtube.com/watch?v=95z9DOE1N54
by Fabricio Stefani Peruzzo on 8/11/2005
1. Levante com o Sol para orar. Ore sozinho. Ore com freqüência. O Grande Espírito o escutará, se você ao menos, falar.
2. Seja tolerante com aqueles que estão perdidos no caminho. A ignorância, o convencimento, a raiva, o ciúme e a avareza, originam-se de uma alma perdida. Ore para que eles encontrem o caminho do Grande Espírito.
3. Procure conhecer-se, por si próprio. Não permita que outros façam seu caminho por você. É sua estrada, e somente sua. Outros podem andar ao seu lado, mas ninguém pode andar por você.
4. Trate os convidados em seu lar com muita consideração. Sirva-os o melhor alimento, a melhor cama e trate-os com respeito e honra.
5. Não tome o que não é seu. Seja de uma pessoa, da comunidade, da natureza, ou da cultura. Se não foi ganhado nem foi dado, não é seu.
6. Respeite todas as coisas que foram colocadas sobre a Terra. Sejam elas pessoas, plantas ou animais.
7. Respeite os pensamentos, desejos e palavras das pessoas. Nunca interrompa os outros nem ridicularize, nem rudemente os imite. Permita a cada pessoa o direito da expressão pessoal.
8. Nunca fale dos outros de uma maneira má. A energia negativa que você colocar para fora no universo, voltará multiplicada a você.
9. Todas as pessoas cometem erros. E todos os erros podem ser perdoados.
10. Pensamentos maus causam doenças da mente, do corpo e do espírito. Pratique o otimismo.
11. A natureza não é para nós, ela é uma parte de nós. Toda a natureza faz parte da nossa família Terrenal.
12. As crianças são as sementes do nosso futuro. Plante amor nos seuscorações e ágüe com sabedoria e lições da vida. Quando forem crescidos, de-lhes espaço para que cresçam.
13. Evite machucar os corações das pessoas. O veneno da dor causada a outros, retornará a você.
14. Seja sincero e verdadeiro em todas as situações. A honestidade é o grande teste para a nossa herança do universo.
15. Mantenha-se equilibrado. Seu Mental, seu Espiritual, seu Emocional, e seu Físico, todos necessitam ser fortes, puros e saudáveis. Trabalhe o seu Físico para fortalecer o seu Mental. Enriqueça o seu Espiritual para curar o seu Emocional.
16. Tome decisões conscientes de como você será e como reagirá. Seja responsável por suas próprias ações.
17. Respeite a privacidade e o espaço pessoal dos outros. Não toque as propriedades pessoais de outras pessoas, especialmente objetos religiosos e sagrados. Isto é proibido.
18. Comece sendo verdadeiro consigo mesmo. Se você não puder nutrir e ajudar a si mesmo, você não poderá nutrir e ajudar os outros.
19. Respeite outras crenças religiosas. Não force suas crenças sobre os outros.
20. Compartilhe sua boa fortuna com os outros. Participe com caridade.
–Fonte Desconhecida.
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LEIS DO DESPORTO
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 9.615, DE 24 DE MARÇO DE 1998.
Institui normas gerais sobre desporto e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES INICIAIS
Art. 1o O desporto brasileiro abrange práticas formais e não-formais e obedece às normas gerais desta Lei, inspirado nos fundamentos constitucionais do Estado Democrático de Direito.

§ 2o A prática desportiva não-formal é caracterizada pela liberdade lúdica de seus praticantes.
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 2o O desporto, como direito individual, tem como base os princípios:
I - da soberania, caracterizado pela supremacia nacional na organização da prática desportiva;
II - da autonomia, definido pela faculdade e liberdade de pessoas físicas e jurídicas organizarem-se para a prática desportiva;
III - da democratização, garantido em condições de acesso às atividades desportivas sem quaisquer distinções ou formas de discriminação;
IV - da liberdade, expresso pela livre prática do desporto, de acordo com a capacidade e interesse de cada um, associando-se ou não a entidade do setor;
V - do direito social, caracterizado pelo dever do Estado em fomentar as práticas desportivas formais e não-formais;
VI - da diferenciação, consubstanciado no tratamento específico dado ao desporto profissional e não-profissional;
VII - da identidade nacional, refletido na proteção e incentivo às manifestações desportivas de criação nacional;
VIII - da educação, voltado para o desenvolvimento integral do homem como ser autônomo e participante, e fomentado por meio da prioridade dos recursos públicos ao desporto educacional;
IX - da qualidade, assegurado pela valorização dos resultados desportivos, educativos e dos relacionados à cidadania e ao desenvolvimento físico e moral;
X - da descentralização, consubstanciado na organização e funcionamento harmônicos de sistemas desportivos diferenciados e autônomos para os níveis federal, estadual, distrital e municipal;
XI - da segurança, propiciado ao praticante de qualquer modalidade desportiva, quanto a sua integridade física, mental ou sensorial;
XII - da eficiência, obtido por meio do estímulo à competência desportiva e administrativa.

CAPÍTULO III
DA NATUREZA E DAS FINALIDADES DO DESPORTO
Art. 3o O desporto pode ser reconhecido em qualquer das seguintes manifestações:
I - desporto educacional, praticado nos sistemas de ensino e em formas assistemáticas de educação, evitando-se a seletividade, a hipercompetitividade de seus praticantes, com a finalidade de alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo e a sua formação para o exercício da cidadania e a prática do lazer;
II - desporto de participação, de modo voluntário, compreendendo as modalidades desportivas praticadas com a finalidade de contribuir para a integração dos praticantes na plenitude da vida social, na promoção da saúde e educação e na preservação do meio ambiente;
III - desporto de rendimento, praticado segundo normas gerais desta Lei e regras de prática desportiva, nacionais e internacionais, com a finalidade de obter resultados e integrar pessoas e comunidades do País e estas com as de outras nações.

CAPÍTULO VI
DA ORDEM DESPORTIVA
Art. 47. No âmbito de suas atribuições, os Comitês Olímpico e Paraolímpico Brasileiros e as entidades nacionais de administração do desporto têm competência para decidir, de ofício ou quando lhes forem submetidas pelos seus filiados, as questões relativas ao cumprimento das normas e regras de prática desportiva.
Art. 48. Com o objetivo de manter a ordem desportiva, o respeito aos atos emanados de seus poderes internos, poderão ser aplicadas, pelas entidades de administração do desporto e de prática desportiva, as seguintes sanções:
I - advertência;
II - censura escrita;
III - multa;
IV - suspensão;
V - desfiliação ou desvinculação.
§ 1o A aplicação das sanções previstas neste artigo não prescinde do processo administrativo no qual sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa.
§ 2o As penalidades de que tratam os incisos IV e V deste artigo somente poderão ser aplicadas após decisão definitiva da Justiça Desportiva.

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CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940.
Código Penal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição, decreta a seguinte Lei:
PARTE GERAL
TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL

Exclusão de ilicitude (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Legítima defesa
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Emoção e paixão
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

CAPÍTULO II
DAS LESÕES CORPORAIS
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;

Lesão corporal seguida de morte
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Diminuição de pena
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

Lesão corporal culposa
§ 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
Pena - detenção, de dois meses a um ano.

CAPÍTULO IV
DA RIXA
Rixa
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos.

CAPÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA A HONRA
Calúnia
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
Exceção da verdade
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
Difamação
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Exceção da verdade
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.
Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Pena - reclusão de um a três anos e multa.

CAPÍTULO VI
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
SEÇÃO I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL
Constrangimento ilegal
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Aumento de pena
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas.
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência.
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida;
II - a coação exercida para impedir suicídio.
Ameaça
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.
Seqüestro e cárcere privado
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado:

CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO
Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo
Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

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CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.
ÍNDICE
Institui o Código Civil.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
P A R T E G E R A L
LIVRO I
DAS PESSOAS
TÍTULO I
DAS PESSOAS NATURAIS
CAPÍTULO I
DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE

CAPÍTULO II
DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.

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CÓDIGO DE ÉTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
É o instrumento regulador do exercício da Profissão que, entre outras coisas, define como beneficiário das ações os indivíduos, grupos, associações e instituições que compõem a sociedade, e como agente dinamizador das intervenções, o Profissional de Educação Física quando vinculado ao Sistema CONFEF/CREFs.
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 1º - A atividade do Profissional de Educação Física, respeitado o disposto na Lei nº 9.696, de 1º de Setembro de 1998, e no Estatuto do Conselho Federal de Educação Física - CONFEF, rege-se por este Código de Ética.
Parágrafo único - Este Código de Ética constitui-se em documento de referência para os Profissionais de Educação Física, no que se refere aos princípios e diretrizes para o exercício da profissão e aos direitos e deveres dos beneficiários das ações e dos destinatários das intervenções.
Art. 2º - Para os efeitos deste Código, considera-se:
I - beneficiário das ações, o indivíduo ou instituição que utilize os serviços do Profissional de Educação Física;
II - destinatário das intervenções, o Profissional de Educação Física registrado no Sistema CONFEF/CREFs.
Art. 3º - O Sistema CONFEF/CREFs reconhece como Profissional de Educação Física, o profissional identificado, conforme as características da atividade que desempenha, pelas seguintes denominações: Professor de Educação Física, Técnico Desportivo, Treinador Esportivo, Preparador Físico, Personal Trainner, Técnico de Esportes; Treinador de Esportes; Preparador Físico-corporal; Professor de Educação Corporal; Orientador de Exercícios Corporais; Monitor de Atividades Corporais; Motricista e Cinesiólogo.
CAPÍTULO II
Dos Princípios e Diretrizes
Art. 4º - O exercício profissional em Educação Física pautar-se-á pelos seguintes princípios:
I - o respeito à vida, à dignidade, à integridade e aos direitos do indivíduo;
II - a responsabilidade social;
III - a ausência de discriminação ou preconceito de qualquer natureza;
IV - o respeito à ética nas diversas atividades profissionais;
V - a valorização da identidade profissional no campo da atividade física;
VI - a sustentabilidade do meio ambiente;
VII - a prestação, sempre, do melhor serviço, a um número cada vez maior de pessoas, com competência, responsabilidade e honestidade;
VIII - a atuação dentro das especificidades do seu campo e área do conhecimento, no sentido da educação e desenvolvimento das potencialidades humanas, daqueles aos quais presta serviços.
Art. 5º - São diretrizes para a atuação dos órgãos integrantes do Sistema CONFEF/CREFs e para o desempenho da atividade Profissional em Educação Física:
I - comprometimento com a preservação da saúde do indivíduo e da coletividade, e com o desenvolvimento físico, intelectual, cultural e social do beneficiário de sua ação;
II - atualização técnica e científica, e aperfeiçoamento moral dos profissionais registrados no Sistema CONFEF/CREFs;
III - transparência em suas ações e decisões, garantida por meio do pleno acesso dos beneficiários e destinatários às informações relacionadas ao exercício de sua competência legal e regimental;
IV - autonomia no exercício da Profissão, respeitados os preceitos legais e éticos e os princípios da bioética;
V - priorização do compromisso ético para com a sociedade, cujo interesse será colocado acima de qualquer outro, sobretudo do de natureza corporativista;
VI - integração com o trabalho de profissionais de outras áreas, baseada no respeito, na liberdade e independência profissional de cada um e na defesa do interesse e do bem-estar dos seus beneficiários.
CAPÍTULO III
Das Responsabilidades e Deveres
Art. 6º - São responsabilidades e deveres do Profissional de Educação Física:
I - promover uma Educação Física no sentido de que a mesma se constitua em meio efetivo para a conquista de um estilo de vida ativo dos seus beneficiários, através de uma educação efetiva, para promoção da saúde e ocupação saudável do tempo de lazer;
II - zelar pelo prestígio da Profissão, pela dignidade do Profissional e pelo aperfeiçoamento de suas instituições;
III - assegurar a seus beneficiários um serviço profissional seguro, competente e atualizado, prestado com o máximo de seu conhecimento, habilidade e experiência;
IV - elaborar o programa de atividades do beneficiário em função de suas condições gerais de saúde;
V - oferecer a seu beneficiário, de preferência por escrito, uma orientação segura sobre a execução das atividades e dos exercícios recomendados;
VI - manter o beneficiário informado sobre eventuais circunstâncias adversas que possam influenciar o desenvolvimento do trabalho que lhe será prestado;
VII - renunciar às suas funções, tão logo se verifique falta de confiança por parte do beneficiário, zelando para que os interesses do mesmo não sejam prejudicados e evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia;
VIII - manter-se informado sobre pesquisas e descobertas técnicas, científicas e culturais com o objetivo de prestar melhores serviços e contribuir para o desenvolvimento da profissão;
IX - avaliar criteriosamente sua competência técnica e legal, e somente aceitar encargos quando se julgar capaz de apresentar desempenho seguro para si e para seus beneficiários;
X - zelar pela sua competência exclusiva na prestação dos serviços a seu encargo;
XI - promover e facilitar o aperfeiçoamento técnico, científico e cultural das pessoas sob sua orientação profissional;
XII - manter-se atualizado quanto aos conhecimentos técnicos, científicos e culturais, no sentido de prestar o melhor serviço e contribuir para o desenvolvimento da profissão;
XIII - guardar sigilo sobre fato ou informação de que tiver conhecimento em decorrência do exercício da profissão;
XIV - responsabilizar-se por falta cometida no exercício de suas atividades profissionais, independentemente de ter sido praticada individualmente ou em equipe;
XV - cumprir e fazer cumprir os preceitos éticos e legais da Profissão;
XVI - emitir parecer técnico sobre questões pertinentes a seu campo profissional, respeitando os princípios deste Código, os preceitos legais e o interesse público;
XVII - comunicar formalmente ao Sistema CONFEF/CREFs fatos que envolvam recusa ou demissão de cargo, função ou emprego motivadas pelo respeito à lei e à ética no exercício da profissão;
XVIII - apresentar-se adequadamente trajado para o exercício profissional, conforme o local de atuação e a atividade a ser desempenhada;
XVIX - respeitar e fazer respeitar o ambiente de trabalho;
XX - promover o uso adequado dos materiais e equipamentos específicos para a prática da Educação Física;
XXI - manter-se em dia com as obrigações estabelecidas no Estatuto do CONFEF.
Art. 7º - Desempenho das suas funções, é vedado ao Profissional de Educação Física:
I - contratar, direta ou indiretamente, serviços que possam acarretar danos morais para si próprio ou para seu beneficiário, ou desprestígio para a categoria profissional;
II - auferir proventos que não decorram exclusivamente da prática correta e honesta de sua atividade profissional;
III - assinar documento ou relatório elaborado por terceiros, sem sua orientação, supervisão ou fiscalização;
IV - exercer a Profissão quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício por pessoa não habilitada ou impedida;
V - concorrer, no exercício da Profissão, para a realização de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la;
VI - prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse a ele confiado;
VII - interromper a prestação de serviços sem justa causa e sem notificação prévia ao beneficiário;
VIII - transferir, para pessoa não habilitada ou impedida, a responsabilidade por ele assumida pela prestação de serviços profissionais;
IX - aproveitar-se das situações decorrentes do relacionamento com seus beneficiários para obter, indevidamente, vantagem de natureza física, emocional, financeira ou qualquer outra.
Art. 8º - No relacionamento com os colegas de profissão, a conduta do Profissional de Educação Física será pautada pelos princípios de consideração, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados de harmonia da categoria profissional, sendo-lhe vedado:
I - fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras a colegas de profissão;
II - aceitar encargo profissional em substituição a colega que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou os interesses da profissão, desde que permaneçam as mesmas condições originais;
III - apropriar-se de trabalho, iniciativa ou solução encontrados por colega, apresentando-os como próprios;
IV - provocar desentendimento com colega que venha a substituir no exercício profissional;
V - pactuar, em nome do espírito de solidariedade, com erro ou atos infringentes das normas éticas ou legais que regem a Profissão.
Art. 9º - No relacionamento com os órgãos e entidades representativos da classe, o Profissional de Educação Física observará as seguintes normas de conduta:
I - emprestar seu apoio moral, intelectual e material;
II - exercer com interesse e dedicação o cargo de dirigente de entidades de classe que lhe seja oferecido, podendo escusar-se de fazê-lo mediante justificação fundamentada;
III - jamais se utilizar de posição ocupada na direção de entidade de classe em benefício próprio, diretamente ou através de outra pessoa;
IV - denunciar aos órgãos competentes as irregularidades no exercício da profissão ou na administração das entidades de classe de que tomar conhecimento;
V - auxiliar a fiscalização do exercício Profissional;
VI - zelar pelo cumprimento deste Código;
VII - não formular, junto a beneficiários e estranhos, mau juízo das entidades de classe ou de profissionais não presentes, nem atribuir seus erros ou as dificuldades que encontrar no exercício da Profissão à incompetência e desacertos daqueles;
VIII - acatar as deliberações emanadas do Sistema CONFEF/CREFs;
IX - manter-se em dia com o pagamento da anuidade devida ao Conselho Regional de Educação Física - CREF.
CAPÍTULO IV
Dos Direitos e Benefícios
Art. 10º - São direitos do Profissional de Educação Física:
I - exercer a Profissão sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo, idade, opinião política, cor, orientação sexual ou de qualquer outra natureza;
II - recorrer ao Conselho Regional de Educação Física, quando impedido de cumprir a lei ou este Código, no exercício da Profissão;
III - requerer desagravo público ao Conselho Regional de Educação Física sempre que se sentir atingido em sua dignidade profissional;
IV - recusar a adoção de medida ou o exercício de atividade profissional contrários aos ditames de sua consciência ética, ainda que permitidos por lei;
V - participar de movimentos de defesa da dignidade profissional, principalmente na busca de aprimoramento técnico, científico e ético;
VI - apontar falhas nos regulamentos e normas de eventos e de instituições que oferecem serviços no campo da Educação Física quando os julgar tecnicamente incompatíveis com a dignidade da Profissão e com este Código ou prejudiciais aos beneficiários;
VII - receber salários ou honorários pelo seu trabalho profissional.
Parágrafo único - As denúncias a que se refere o inciso VI deste artigo serão formuladas ao CREF, por escrito.
Art. 11º - As condições para a prestação de serviços do Profissional de Educação Física serão definidas previamente à execução, de preferência por meio de contrato escrito, e sua remuneração será estabelecida em função dos seguintes aspectos:
I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a ser prestado;
II - o tempo que será consumido na prestação do serviço;
III - a possibilidade de o Profissional ficar impedido ou proibido de prestar outros serviços no mesmo período;
IV - o fato de se tratar de serviço eventual, temporário ou permanente;
V - a necessidade de locomoção na própria cidade ou para outras cidades do Estado ou do País;
VI - a competência e o renome do Profissional; VII - os equipamentos e instalações necessários à prestação do serviço;
VIII - a oferta de trabalho no mercado onde estiver inserido;
IX - os valores médios praticados pelo mercado em trabalhos semelhantes.
§ 1º - O Profissional de Educação Física poderá transferir a prestação dos serviços a seu encargo a outro Profissional de Educação Física, com a anuência do beneficiário.
§ 2º - É vedado ao Profissional de Educação Física oferecer ou disputar serviços profissionais mediante aviltamento de honorários ou concorrência desleal.
CAPÍTULO V
Das Infrações e Penalidades
Art. 12º - O descumprimento do disposto neste Código constitui infração disciplinar, ficando o infrator sujeito a uma das seguintes penalidades, a ser aplicada conforme a gravidade da infração:
I - advertência escrita, com ou sem aplicação de multa;
II - censura pública;
III - suspensão do exercício da Profissão;
IV - cancelamento do registro profissional e divulgação do fato.
Art. 13º - Incorre em infração disciplinar o Profissional que tiver conhecimento de transgressão deste Código e omitir-se de denunciá-la ao respectivo Conselho Regional de Educação Física.
Art. 14º - Compete ao Tribunal Regional de Ética - TRE - julgar as infrações a este Código, cabendo recurso de sua decisão ao Tribunal Superior de Ética - TSE.
Parágrafo único - Atuarão como Tribunais Regionais de Ética e Tribunal Superior de Ética, respectivamente, os Conselhos Regionais de Educação Física e o Conselho Federal de Educação Física.
CAPÍTULO VI
Disposições Finais
Art. 15º - O disposto neste Código atinge e obriga igualmente pessoas físicas e jurídicas, no que couber.
Art. 16º - O registro no Sistema CONFEF/CREFs implica, por parte de profissionais e instituições e/ou pessoas jurídicas prestadoras de serviços em Educação Física, total aceitação e submissão às normas e princípios contidos neste Código.
Art. 17º - Com vistas ao contínuo aperfeiçoamento deste Código, serão desenvolvidos procedimentos metódicos e sistematizados que possibilitem a reavaliação constante dos comandos nele contidos.
Art. 18º - Os casos omissos serão analisados e deliberados pelo Conselho Federal de Educação Física.
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CONSELHO DE EDUCAÇÃO FISICA

DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
CAPÍTULO I
DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA

CAPÍTULO II
DO CAMPO E DA ATIVIDADE PROFISSIONAL
Art. 6º - Compete exclusivamente ao Profissional de Educação Física, coordenar, planejar, programar, prescrever, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, orientar, ensinar, conduzir, treinar, administrar, implantar, implementar, ministrar, analisar, avaliar e executar trabalhos, programas, atividades físicas, planos e projetos, bem como, prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas, esportivas, desportivas e similares, conforme as características e as competências específicas de sua habilitação.
Art. 7º - O Profissional de Educação Física é especialista em atividades físicas, nas suas diversas manifestações - ginásticas, exercícios físicos, desportos, esportes, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga, ginástica laboral e do cotidiano e outras práticas corporais, sendo da sua competência prestar serviços que favoreçam o desenvolvimento da educação (formação cultural e educacional, educação e reeducação motora) e da saúde (prevenção primária, secundária e terciária, promoção, proteção, manutenção e reabilitação), contribuindo para a capacitação e/ou restabelecimento de níveis adequados de desempenho e condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários, visando à consecução do bem-estar e da qualidade de vida, da consciência, da expressão e estética do movimento, da prevenção de doenças, de acidentes, de problemas posturais, da compensação e recuperação de distúrbios funcionais, contribuindo ainda, para consecução da autonomia, da auto-estima, da cooperação, da solidariedade, da integração, da cidadania, das relações sociais e a preservação do meio ambiente, observados os preceitos de responsabilidade, segurança, qualidade técnica e ética no atendimento individual e coletivo.
§ 1º - Atividade física é todo movimento corporal voluntário humano, que resulta num gasto energético acima dos níveis de repouso, caracterizado pela atividade do cotidiano e pelos exercícios físicos. Trata-se de comportamento inerente ao ser humano com características biológicas e sócio-culturais. No âmbito da Intervenção do Profissional de Educação Física, a atividade física compreende a totalidade de movimentos corporais, executados no contexto de diversas práticas: ginástica, exercícios físicos, desportos, esportes, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas corporais.
§ 2º - O termo desporto/esporte compreende o sistema ordenado de práticas corporais que envolvem atividade competitiva, institucionalizada, realizada conforme técnicas, habilidades e objetivos definidos pelas modalidades desportivas segundo regras pré-estabelecidas que lhe dá forma, significado e identidade, podendo também ser praticado com liberdade e finalidade lúdica estabelecida por seus praticantes, realizado em ambiente diferenciado, inclusive na natureza (jogos da natureza, radicais, orientação, aventura e outros). A atividade esportiva aplica-se, ainda, na promoção da saúde e em âmbito educacional de acordo com diagnóstico e/ou conhecimento especializado, em complementação a interesses voluntários e/ou organização comunitária de indivíduos e grupos não especializados.
§ 3º - As atividades elencadas e quando fundamentadas na Lei nº. 6.533, de 24 de maio de 1978, e pelo Decreto nº. 82.385, de 05 de outubro de 1978, ficam isentas do exame por parte do CREF.
Art. 8º - O Profissional de Educação Física intervém segundo propósitos de prevenção (primária, secundária e terciária), promoção, proteção, manutenção e reabilitação da saúde, da formação cultural e educacional, da educação e reeducação motora, do rendimento físico-esportivo, do lazer e da gestão de empreendimentos relacionados às atividades físicas, recreativas e esportivas.
Art. 9º - O exercício da Profissão de Educação Física, em todo o Território Nacional, tanto na área privada, quanto na pública, e a denominação de Profissional da Educação Física são privativos dos inscritos no CONFEF e registrados nos CREF’s, detentores de Cédula de Identidade Profissional expedida pelo CREF competente, que os habilitará ao exercício profissional.

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Diretrizes e Bases da Educação Nacional
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
Da Educação
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
TÍTULO II
Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Seção III
Do Ensino Fundamental
Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública a partir dos seis anos, terá por objetivo a formação básica do cidadão mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.114, de 2005)
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Seção IV
Do Ensino Médio
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

Art. 36. O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste Capítulo e as seguintes diretrizes:

IV – serão incluídas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio.
§ 1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre:
I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna;
II - conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;

CAPÍTULO IV
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Art. 43. A educação superior tem por finalidade:
I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo;
II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;
VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição.

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CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
Seção I
DA EDUCAÇÃO
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a:

III - melhoria da qualidade do ensino;

V - promoção humanística, científica e tecnológica do País

Seção II
DA CULTURA
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.
§ 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.
§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.
§ 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à:
I defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro;
II produção, promoção e difusão de bens culturais; III formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões;
IV democratização do acesso aos bens de cultura;
V valorização da diversidade étnica e regional.
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
§ 1º - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.

Seção III
DO DESPORTO
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados:
I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento;
II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento;
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não- profissional;
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.
§ 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.
§ 2º - A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final.
§ 3º - O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social.

CAPÍTULO IV
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.

CAPÍTULO V
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.

CAPÍTULO VI
DO MEIO AMBIENTE
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

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18/2/12
DIREITOS HUMANOS
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III)
da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948
Preâmbulo
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum,
Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra tirania e a opressão,
Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações,
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a desenvolver, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e liberdades fundamentais e a observância desses direitos e liberdades,
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mis alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso,
A Assembléia Geral proclama
A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
Artigo I
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
Artigo II
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
Artigo III
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo V
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Artigo VI
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei.
Artigo VII
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo XII
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.

Artigo XVIII
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.
Artigo XIX
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.

Artigo XXII
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.

Artigo XXIV
Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e férias periódicas remuneradas.

Artigo XXV
1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle.

Artigo XXVI
1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.

Artigo XXVII
1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios.
2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.
Artigo XVIII
Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.
Artigo XXIX
1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas.
Artigo XXX
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.
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